sábado, 29 de abril de 2017

A Longa Caminhada de Billy Lynn

A Longa Caminhada de Billy Lynn (Billy Lynn’s Long Halftime Walk, Inglaterra / China / EUA, 2016) – Nota 7
Direção – Ang Lee
Elenco – Joe Alwyn, Garrett Hedlund, Kristen Stewart, Chris Tucker, Steve Martin, Vin Diesel, Makenzie Leigh, Arturo Castro, Mason Lee, Brian “Astro” Bradley, Tim Blake Nelson.

Guerra do Iraque, 2004. O soldado Billy Lynn (Joe Alwyn) se torna herói ao tentar salvar o sargento Breem (Vin Diesel) em meio ao fogo cruzado. O fato faz com que Billy e seus colegas de batalhão sejam levados de volta aos EUA para receberem homenagens e serem explorados como garotos propaganda do exército. 

O grupo de soldados é “convidado” a participar da cerimônia da Independência Americana durante uma partida de futebol americano no Texas. Durante um dia, os soldados e principalmente o Billy Lynn, tentam aproveitar a liberdade antes de voltarem para o campo de batalha. 

As críticas ruins e a irregularidade de três narrativas entrecortadas escondem um pouco a ótima premissa sobre a mentira e o absurdo que foi a Guerra do Iraque. As três narrativas mostram a confusão psicológica que o protagonista vivido por Joe Alwyn enfrenta. 

A narrativa principal segue o grupo de soldados durante a ridícula propaganda governamental. A segunda narrativa mostra a volta de Billy para casa durante alguns dias e como sua irmã (Kristen Stewart) tenta convencê-lo a desistir do exército ao perceber que o irmão está sofrendo de algum tipo de trauma de guerra. A terceira narrativa detalha a morte do sargento durante uma missão no deserto e como Billy se portou durante o combate. 

A narrativa do dia da propaganda chega a ser cínica, com os soldados rodeados de pessoas que desejam apenas lucrar com o sucesso do momento. Entre estes personagens coadjuvantes, vale destacar o comediante Steve Martin como o arrogante dono do time de futebol americano, Chris Tucker interpretando o típico empresário malandro e por fim a pequena participação de Tim Blake Nelson no papel de um empresário texano do petróleo. 

Não é um filme para agradar ao grande público, principalmente por misturar guerra, política, marketing, traumas e mentiras de uma forma que foge do lugar comum. 

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