A Longa Caminhada de Billy Lynn (Billy Lynn’s Long Halftime
Walk, Inglaterra / China / EUA, 2016) – Nota 7
Direção – Ang Lee
Elenco – Joe Alwyn, Garrett Hedlund, Kristen Stewart, Chris
Tucker, Steve Martin, Vin Diesel, Makenzie Leigh, Arturo Castro, Mason Lee,
Brian “Astro” Bradley, Tim Blake Nelson.
Guerra do Iraque, 2004. O soldado Billy Lynn (Joe Alwyn) se
torna herói ao tentar salvar o sargento Breem (Vin Diesel) em meio ao fogo
cruzado. O fato faz com que Billy e seus colegas de batalhão sejam levados de
volta aos EUA para receberem homenagens e serem explorados como garotos
propaganda do exército.
O grupo de soldados é “convidado” a participar da
cerimônia da Independência Americana durante uma partida de futebol americano
no Texas. Durante um dia, os soldados e principalmente o Billy Lynn, tentam
aproveitar a liberdade antes de voltarem para o campo de batalha.
As críticas
ruins e a irregularidade de três narrativas entrecortadas escondem um pouco a
ótima premissa sobre a mentira e o absurdo que foi a Guerra do Iraque. As três
narrativas mostram a confusão psicológica que o protagonista vivido por Joe
Alwyn enfrenta.
A narrativa principal segue o grupo de soldados durante a
ridícula propaganda governamental. A segunda narrativa mostra a volta de Billy
para casa durante alguns dias e como sua irmã (Kristen Stewart) tenta
convencê-lo a desistir do exército ao perceber que o irmão está sofrendo de
algum tipo de trauma de guerra. A terceira narrativa detalha a morte do
sargento durante uma missão no deserto e como Billy se portou durante o
combate.
A narrativa do dia da propaganda chega a ser cínica, com os soldados
rodeados de pessoas que desejam apenas lucrar com o sucesso do momento. Entre
estes personagens coadjuvantes, vale destacar o comediante Steve Martin como o arrogante
dono do time de futebol americano, Chris Tucker interpretando o típico
empresário malandro e por fim a pequena participação de Tim Blake Nelson no
papel de um empresário texano do petróleo.
Não é um filme para agradar ao
grande público, principalmente por misturar guerra, política, marketing, traumas e
mentiras de uma forma que foge do lugar comum.
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