sexta-feira, 24 de julho de 2009

Férias

Demorou, mas estou de férias há poucas horas e por um mês quero tranquilidade e sossego.

Vou viajar e na próxima semana é apenas praia, mar e sol.

No início de agosto voltarei ao blog com força total e com certeza será uma das poucas coisas que sentirei falta nesta semana. O prazer em escrever esse blog é imenso, sei que nem sempre agrado a todos, porque muitas vezes comento sobre filmes do fundo do baú, mas é ótimo compartilhar com os amigos e amigas informações e curiosidades sobre cinema.

Um abraço a todos.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Arquivo X - O Filme

Arquivo X – O Filme (The X Files, EUA, 1998) – Nota 7,5
Direção – Rob Bowman
Elenco – David Duchovny, Gillian Anderson, Martin Landau, William B. Davis, Mitch Pileggi, Blythe Danner, John Neville, Jeffrey DeMunn, Terry O'Quinn, Armin Mueller Stahl, Lucas Black, Dean Haglund, Bruce Harwood, Tom Braidwood, George Murdock.

Este filme foi feito para ligar a trama entre a quarta e quinta temporadas da série e tem Mulder e Scully (David Duchovny e Gillian Anderson) investigando um atentado num prédio federal em Dallas onde morreram algumas pessoas, porém a dupla fica perplexa ao saber que a explosão foi causada pelo próprio governo para encobrir o caso de um vírus alienígena que estava adormecido e poderia vir a tona.

O roteiro segue a trama de conspiração do governo e além de todos os personagens da série, apresenta o médico Alvin Kurtzweill (Martin Landau), que se mostrará figura chave na história.

O filme foi feito de uma forma que mesmo que não acompanhava a série poderia entender a história e criar o interesse de saber mais. Apesar de não ser um clássico, o longa é extremamente competente ao que se dispõe e mantém o ótimo nível da série.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Hospital de Heróis

Hospital de Heróis (Article 99, EUA, 1992) – Nota 7
Direção – Howard Deutch
Elenco – Ray Liotta, Kiefer Sutherland, Forest Whitaker, Lea Thompson, John C. McGinley, John Mahoney, Eli Wallach, Keith David, Kathy Baker, Noble Willingham, Julie Bovasso, Troy Evans, Lynne Thigpen, Jeffrey Tambor, Leo Burmester, Rutanya Alda.

Num hospital para veteranos da forças armadas, um grupo de médicos liderados por Richard (Rya Liotta) e Peter (Kiefer Sutherland), se rebela contra o tirano diretor (John Mahoney), que usa o regulamento do hospital (o “artigo 99” do título) para tentar expulsar os velhos soldados dos leitos e fazer o hospital lucrar com novos pacientes. Esta briga de idealistas contra capitalistas não deixará ninguém ileso.

Apesar de o resultado final ser apenas mediano, o filme vale pela reunião de bons atores ainda jovens (Sutherland, Whitaker, Lea Thompson) e um Ray Liotta no auge da carreira, pouco depois do grande sucesso de “Os Bons Companheiros”.

Posso destacar ainda duas curiosidades: Primeiro que o filme foi feito antes do sucesso das séries de tv sobre hospitais, já que “Chicago Hope” e “E.R.” são de 1994 e a segunda é sobre o ator John C. McGinley, que conhecido por papéis coadjuvantes de vilão, aqui ele interpreta um médico e por coincidência ficaria bem mais famoso muitos anos depois interpretando outro médico, porém na engraçada série “Scrubs”.

terça-feira, 21 de julho de 2009

À Meia-Noite Levarei Sua Alma

À Meia-Noite Levarei Sua Alma (Brasil, 1963) – Nota 8,5
Direção – José Mojica Marins
Elenco – José Mojica Marins, Magda Mei, Nivaldo Lima, Valéria Vasquez, Ilídio Martins Simões, Eucaris Moraes.

Numa pequena cidade do interior, o agente funerário Zé do Caixão (José Mojica Marins) é temido por todos. De temperamento violento e não acreditando em nada, ele enfrenta os moradores da cidade e zomba de suas crenças, comendo carne na sexta-feira santa, incitando espíritos, entre outras coisas. Ele tem como grande objetivo encontrar a mulher perfeita para dar a luz a seu filho e como sua esposa (Valéria Vasquez) não consegue engravidar, ele vê na jovem Terezinha (Magda Mei) a mulher que procura, porém para isso terá de tirar do caminho o noivo da jovem (Nivaldo Lima).

Pelo que conheço de cinema este é o primeiro filme de terror feito no Brasil, que apavorou as platéias da época e lançou o personagem Zé do Caixão, que é conhecido pelo público de hoje como uma espécie de palhaço, mas neste filme mostra que ele foi criado como um personagem extremamente sinistro e malvado.

Para quem gosta do gênero vale a pena conhecer e conferir este longa que é muito melhor que a maioria dos filmes de terror feitos na atualidade.

domingo, 19 de julho de 2009

Indiana Jones e o Templo da Perdição

Indiana Jones e o Templo da Perdição (Indiana Jones and the Temple of Doom, EUA, 1984) – Nota 10
Direção – Steven Spielberg
Elenco – Harrison Ford, Kate Capshaw, Ke Huy Quan, Amrish Puri, Roshan Seth, Philip Stone, Roy Chiao, David Yip, Ric Young, Dan Aykroyd.

Dos quatro filmes da série Indiana Jones este é o meu favorito. Desde a sensacional e uma da melhores sequências de ação da história do cinema que dá início ao filme, começando em um restaurante em Shangai, onde Indiana (Harrison Ford) arruma uma grande confusão por causa de um diamante com um gângster chinês e termina com ele, a cantora Willie Scott (Kate Capshaw, esposa de Spielberg) e o garoto Short Round (Ke Huy Quan) saltando de um avião e utilizando um bote salva-vidas como para-quedas, passando pela parte cômica a cargo da histérica dondoca Willie e do engraçado garoto Short Round, principalmente em cenas com insetos e comidas exóticas e até as mais fortes como as do ritual, fazem deste o melhor filme da série na minha opinião.

A história se desenrola a partir do momento em que Indiana e seus amigos saltam do avião e caem numa pequena vila na Índia, descobrindo que um novo marajá tomou conta de um palácio abandonado e trouxe à tona uma seita antiga que pratica sacrifícios humanos e que sequestrou todas as crianças do vilarejo para as usarem como escavadoras em busca das Pedras de Sankara, que conforme a história, trarão poder e riqueza a quem possui-las.

A trama sombria pode não ter agradado a todos, mas a mistura de ação e comédia, Harrison Ford no auge da carreira e as incríveis cenas de ação elevam o filme ao nível de um clássico. Não posso deixar de destacar outra grande cena, a da perseguição de carrinhos numa espécie de montanha russa por dentro das cavernas.

Como curiosidade dois fatos: O garoto Ke Huy Quan que faria também “Os Goonies” no ano seguinte, dava a impressão que seria um grande ator, porém ficou pelo caminho, tendo ainda mudado de nome para Jonathan Ke Quan, não conseguiu emplacar na carreira. E o segundo é a pequena e quase imperceptível participação de Dan Aykroyd, que aparece no meio da primeira sequência como o cara do aeroporto que indica para Indiana e seus amigos qual avião pegar para fugir dos chineses.

sábado, 18 de julho de 2009

Menina Má.com

Menina Má.com (Hard Candy, EUA, 2005) – Nota 7
Direção – David Slade
Elenco – Ellen Page, Patrick Wilson, Sandra Oh, Odessa Rae.

Este é o tipo de filme que divide opiniões. Um garota de 14 anos (Ellen Page) conhece um fotógrafo de 32 anos (Patrick Wilson) pela internet e marca um encontro em um café. Ao se encontrarem ela se oferece para ir a casa do fotógrafo que aceita e chegando lá a garota começa a seduzi-lo, ao mesmo tempo que ele tenta embebeda-la, porém o fotógrafo é quem acaba desmaiando e quando acorda percebe que a garota não é tão inocente quanto parece, inciando um suspense angustiante e diferente.

O filme discute temas fortes como desaparecimento de menores, pedofilia e tortura de uma forma que deixa o espectador grudado na cadeira em alguma cenas, tendo ainda ótimos diálogos e uma grande interpretação de Ellen Page, que confirmaria seu talento no posterior “Juno”.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Horas de Desespero (1955 e 1990)

Horas de Desespero (The Desperate Hours, EUA, 1955) – Nota 8
Direção – William Wyler
Elenco – Humphrey Bogart, Fredric March, Arthur Kennedy, Martha Hascott, Dewey Martin, Robert Middleton, Richard Eyer, Mary Murphy, Gig Young.

Horas de Desespero (Desperate Hours, EUA, 1990) – Nota 7
Direção – Michael CiminoElenco – Mickey Rourke, Anthony Hopkins, Kelly Lynch, Mimi Rogers, Lindsay Crouse, Elias Koteas, David Morse, Shawnee Smith, Danny Gerard, Dean Norris, John Finn.

Em mais uma postagem dupla, eu destaco este drama policial chamado "Horas de Desespero", filmado com sucesso por William Wyler em 1955 com Humphrey Bogart no papel principal e refilmado com críticas pelo hoje esquecido diretor Michael Cimino, com Mickey Rourke encabeçando o elenco. Para quem gosta do gênero, vale a pena comparar as versões.

Na versão original, um trio de perigosos bandidos (Humphrey Bogart, Dewey Martin e Robert Middleton) foge da prisão e se esconde na casa da família Hilliard num bairro de classe média. Violentos, eles dominam o pai (Fredric March), que precisa controlar a esposa (Martha Scott) e seu casal de filhos (Richard Eyer e Mary Murphy). A situação se complica em razão dos bandidos terem de esperar a namorada do líder chegar com o dinheiro para eles poderem fugir e enquanto isso o filho se rebela contra o pai acusando-o de covardia por aceitar as ordens dos bandidos.

Este suspense mantém a alta tensão durante toda a trama e tem com um dos pontos principais a disputa de poder entre os personagens de Bogart e March. O primeiro precisar controlar seus violentos parceiros, sendo um deles seu irmão, enquanto o pai tem de ser a voz da razão para tentar salvar sua família. Outro grande filme de William Wyler (“Ben-Hur”) que apesar de um pouco esquecido no tempo, merece ser relembrado.

Na refilmagem a história muda um pouco. Aqui o bandido Michael Bosworth (Mickey Rourke) está sendo julgado, porém extremamente charmoso acaba seduzindo sua advogada (Kelly Lynch) que o ajuda a fugir, mas ela acaba sendo capturada. Na fuga, Michael se esconde na casa da família Cornell e domina o casal (Anthony Hopkins e Mimi Rogers), trazendo dois parceiros, seu violento irmão (Elias Koteas) e o sinistro Albert (David Morse). A história se complica porque a polícia usa a advogada como isca para procurar o foragido, além do problemático casal refém que está se separando e não se entende, não conseguindo também controlar os filhos (Shawnee Smith e Danny Gerard).

Esta versão muda um pouco o foco e aumenta a violência, porém não consegue se igualar na qualidade.

Mickey Rourke foi muito criticado pelo papel de bandido violento, sendo que realmente ele parece exagerar em alguns momentos, mas no geral o filme é um bom misto de drama, suspense e policial.