Departamento Q: O Guardião das Causas Perdidas (Kvinden I Buret,
Dinamarca / Alemanha / Suécia / Noruega, 2013) – Nota 7,5
Direção – Mikkel Norgaard
Elenco – Nikolaj Lie Kaas, Fares Fares, Sonja Richter, Mike
Boe Folsgaard, Soren Pilmark, Troels Lyby.
Uma ação malsucedida da polícia resulta na morte de um informante e
dois detetives baleados. Carl Morck (Nikolaj Lie Kass) sobrevive sem sequelas,
enquanto seu parceiro (Troels Lyby) termina tetraplégico. Meses depois, ao
retornar para o trabalho, Carl é designado para o Departamento Q que fica em
uma sala no porão da delegacia. Seu trabalho será analisar e encerrar casos
antigos que não foram solucionados.
Para ajudá-lo, é enviado o detetive de
origem libanesa Assad (Fares Fares). Os dois renegados cruzam com o caso de uma
assessora política (Sonja Richter) que foi dada como morta, mas que jamais foi
encontrado o corpo. Eles encontram várias falhas na investigação e reabrem o
caso contra a vontade do próprio chefe (Soren Pilmark).
Este competente longa policial foi o primeiro de três filmes baseados em uma série de livros dinamarqueses que focam no trabalho da dupla de detetives. O longa
lembra a antiga série
“Cold Case”, porém com maior realismo e melhor
desenvolvimento de personagens. Assim como na série americana, a investigação
atual é entrecortada por flashbacks contando aos poucos o que realmente ocorreu
no caso que ficou sem solução. A trama é complexa e prende a atenção do início
ao fim.
Os personagens são muito bem desenvolvidos. O protagonista vivido por
Nikolaj Lie Kaas é o solitário com dificuldade de interagir com as pessoas, que
sofre pela recente separação da esposa, pelo parceiro que foi ferido e por isso
se enfia de cabeça na nova investigação.
Não espere cenas de ação, o ritmo da
narrativa é cadenciado e a tensão cresce nos momentos cruciais da história.
Departamento Q: O Ausente (Fasandraeberne, Dinamarca /
Alemanha / Suécia, 2014) – Nota 7,5
Direção – Mikkel Norgaard
Elenco – Nikolaj Lie Kaas, Fares Fares, Pilou Asbaek, David
Dencik, Danica Curcic, Soren Pilmark, Sarah Sofie Boussnina, Marco Ilso, Johanne
Louise Schmidt, Beate Bille.
Desta vez os detetives Carl (Nikolaj Lie Kaas) e Assad
(Fares Fares) reabrem o caso do duplo assassinato de um casal de irmãos gêmeos
filhos de um policial aposentado. Os jovens eram alunos de um internato e o
caso foi fechado com a condenação de um vagabundo que vendia drogas, mesmo
com as pistas indicando que havia mais de uma pessoa envolvida no crime.
Novamente o roteiro é complexo e até mais detalhado que no filme anterior. As
cenas em flashbacks que mostram os acontecimentos que levaram ao crime são
repletas de violência, sexo e crueldade. A investigação nos dias atuais foca em
um famoso empresário (Pilou Asbaek) e seu melhor amigo (David Dencik), além da
busca por uma testemunha (Danica Curcic) que desapareceu logo depois do crime.
A
dupla de protagonistas passa por dificuldades no trabalho, precisando provar
que realmente tem condições de resolver casos antigos. Além disso, o detetive
Carl se mostra cada vez mais atormentado pelos crimes que investiga e pela
falta de confiança nas pessoas.
O resultado é uma ótima opção para quem curte
tramas de investigação.
Departamento Q: Uma Conspiração de Fé (Flaskepost Fra P,
Dinamarca / Alemanha / Suécia / Noruega, 2016) – Nota 7,5
Direção – Hans Petter Moland
Elenco – Nikolaj Lie Kaas, Fares Fares, Pal Sverre Hagen,
Signe Anastassia Mannov, Jakob Ulrich Lohmann, Amanda Collin, Johanne Louise
Schmidt, Soren Pilmark, Jakob Oftebro.
Este terceiro longa começa com uma enigmática mensagem de
ajuda encontrada dentro de uma garrafa na praia. Os detetives Carl Morck
(Nikolaj Lie Kass) e Assad (Fares Fares) tentam decifrar a mensagem,
acreditando que tenha sido escrita por uma criança. Em paralelo, um casal de
crianças de uma família religiosa é sequestrado por um maluco que se passa por
missionário (Pal Sverre Hagen), que pode ser o responsável por outros
sequestros.
Dirigido pelo norueguês Hans Petter Moland, do ótimo
“O Cidadão do Ano”, este longa é um pouco diferente dos anteriores. O sequestro antigo citado
na garrafa é uma parte pequena da história, apenas um gancho utilizado como
pista para encontrar o criminoso. As cenas de ação aqui também são em maior
número, incluindo uma tensa sequência dentro de um trem.
O desenvolvimento dos
personagens também não é deixado de lado. O protagonista Carl está deprimido,
sendo muito afetado pelo caso envolvendo crianças.
Não sei se a série de filmes
vai continuar. Se parar aqui, os três filmes deixarão um ótimo divertimento
para quem curte o gênero.