segunda-feira, 17 de abril de 2017

Brutalidade & Rebelião no Presídio


Brutalidade (Brute Force, EUA, 1947) – Nota 7,5
Direção – Jules Dassin
Elenco – Burt Lancaster, Hume Cronyn. Charles Bickford, Sam Levene, Jeff Corey, John Hoyt, Roman Bohnen.

Na penitenciária de Westgate, localizada em uma ilha, os detentos sofrem violência física e psicológica comandada pelo capitão Munsey (Hume Cronyn), que se aproveita da passividade do diretor (Roman Bohnen). Revoltado com os maus tratos, Joe Collins (Burt Lancaster) lidera um grupo de detentos que planeja fugir do local.

Este é mais um dos vários bons filmes dirigidos por Jules Dassin. O roteiro escrito pelo também diretor Richard Brooks, além do plano de fuga, explora outras situações paralelas, como o jogo político de Munsey para puxar o tapete do diretor.

Outro ponto interessante são as cenas em flahsbacks que mostram a vida de alguns detentos antes de serem presos e o sofrimento por estarem longe de suas mulheres.

Vale destacar também a violenta e criativa sequência final da tentativa de fuga.

Rebelião no Presídio (Riot in Cell Block 11, EUA, 1954) – Nota 7,5
Direção – Don Siegel
Elenco – Neville Brand, Emile Meyer, Frank Faylen, Leo Gordon, Robert Osterloh.

Revoltado com as péssimas condições do presídio onde está detido, James V. Dunn (Neville Brand) comanda uma rebelião tomando vários guardas como reféns. Ele consegue chamar a atenção da imprensa e assim pressiona o comissário (Frank Faylen) a negociar. A situação piora quando os outros pavilhões da prisão também iniciam rebeliões. 

Este filme B é uma pequena pérola dirigida por Don Siegel (“Alcatraz – Fuga Impossível” e “Perseguidor Implacável”) que foca no eterno problema das rebeliões em prisão. Foi com certeza um dos primeiros filmes a tratar do tema de forma realista, mostrando todo o ódio que os detentos colocam para fora quando tem chances de dominar o local e os guardas. A destruição de camas, colchões e mesas, a disputa pelo comando da rebelião e por fim a violência entre eles mesmos são retratados duramente. 

A questão política também é ponto importante no roteiro. A negociação entre detentos e autoridades sofre mudanças de acordo com a pressão da imprensa. 

Para quem gosta de filmes B dos anos cinquenta e do tema prisão, esta obra é uma interessante e curiosa opção.

2 comentários:

Liliane de Paula disse...

Hugo, sei que vc é do Palmeiras.
E quando escrevi a postagem, lembrei de vc.
Sei que quem ama é tipo doença mesmo.
Quando o Náutico perdia meu pai, murchava.

Esse 2 filmes deve ser de lascar, de violento.

Acabei de vê a Série Netflix, The Affair.
Não entendi o final.
Mas, se passei o seriado todo chamado a Alison de mulher safada, no final vi que tinha razão.

Assisti "JKF- a história não contada" , filme de 2013.
Não gostei e não entendi o que não tinha sido contado.
As cenas no Hospital são horríveis, mesmo naquela época.

Hugo disse...

Liliane - Eu até pensei em seguir a série "The Affair", mas pela sinopse me pareceu um dramalhão. Como são muitas opções de séries, acabei deixando esta de lado.

Eu gostei de "JKF - A História Não Contada". A proposta foi mostrar como o assassinato de Kennedy gerou consequências para várias pessoas comuns naquele dia.