Capitão Fantástico (Captain Fantastic, EUA, 2016) – Nota 8
Direção – Matt Ross
Elenco – Viggo Mortensen, George MacKay, Samantha Isler,
Annalise Basso, Nicholas Hamilton, Shree Crooks, Charlie Shotwell, Frank
Langella, Ann Dowd, Kathryn Hann, Steve Zahn, Missi Pyle, Erin Moriarty.
Ben (Viggo Mortensen) cria seis filhos em uma casa no meio
da floresta. Sendo ao mesmo tempo pai, professor e treinador dos filhos, Ben os
ensina a viver com o que a natureza lhes oferece.
Este estilo de vida sofre uma
reviravolta quando ele recebe a notícia de que sua esposa cometeu suicídio. Ela
estava internada em um hospital psiquiátrico para tratamento por ser bipolar.
O
sogro (Frank Langella) culpa Ben pelo problema da filha e o proíbe de ir ao
funeral. Mesmo assim, a pressão dos filhos que desejam ser despedir da mãe é
mais forte e Ben decide levá-los para participarem da cerimônia.
O roteiro
escrito pelo diretor Matt Ross faz o espectador pensar sobre os dois lados da mesma moeda. O que é melhor, levar uma vida comum preso as obrigações do
sistema ou abandonar tudo e abraçar a natureza como forma de viver melhor?
Este
conflito é delineado em vários momentos, como quando a família de Ben encontra
um casal de tios (Kathryn Hann e Steve Zahn) e seus filhos adolescentes que apresentam o videogame para as crianças,
a rápida sequência na lanchonete e o encontro do filho mais velho (George
MacKay) com uma garota (Erin Moriarthy).
A relação entre pais e filhos também
faz pensar. Por mais que os pais acreditem que estejam procurando o melhor para
os filhos, nem sempre eles desejam a mesma coisa.
Esta sensível história é
valorizada pelas interpretações de todo o elenco, inclusive das crianças, com
destaque para Viggo Mortensen, ator mais conhecido por seu trabalho na
trilogia “Senhor dos Anéis”, mas que a cada ano se arrisca em filmes que fogem
do lugar comum, inclusive produções rodadas fora dos Estados Unidos.
Finalizando, fica a expectativa da sequência da carreira de
Matt Ross como diretor, que aqui se mostra extremamente promissora.
2 comentários:
Já vi que esse filme é muito bom.
Lógico que criar filhos longe do mundo não é uma maneira de protege-los.
É sim, de perde-los.
Liliane - O filme é interessante por discutir este tema de um forma diferente. Vale a sessão.
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