sábado, 5 de novembro de 2016

Capitão Fantástico

Capitão Fantástico (Captain Fantastic, EUA, 2016) – Nota 8
Direção – Matt Ross
Elenco – Viggo Mortensen, George MacKay, Samantha Isler, Annalise Basso, Nicholas Hamilton, Shree Crooks, Charlie Shotwell, Frank Langella, Ann Dowd, Kathryn Hann, Steve Zahn, Missi Pyle, Erin Moriarty.

Ben (Viggo Mortensen) cria seis filhos em uma casa no meio da floresta. Sendo ao mesmo tempo pai, professor e treinador dos filhos, Ben os ensina a viver com o que a natureza lhes oferece. 

Este estilo de vida sofre uma reviravolta quando ele recebe a notícia de que sua esposa cometeu suicídio. Ela estava internada em um hospital psiquiátrico para tratamento por ser bipolar. 

O sogro (Frank Langella) culpa Ben pelo problema da filha e o proíbe de ir ao funeral. Mesmo assim, a pressão dos filhos que desejam ser despedir da mãe é mais forte e Ben decide levá-los para participarem da cerimônia. 

O roteiro escrito pelo diretor Matt Ross faz o espectador pensar sobre os dois lados da mesma moeda. O que é melhor, levar uma vida comum preso as obrigações do sistema ou abandonar tudo e abraçar a natureza como forma de viver melhor? 

Este conflito é delineado em vários momentos, como quando a família de Ben encontra um casal de tios (Kathryn Hann e Steve Zahn) e seus filhos adolescentes que apresentam o videogame para as crianças, a rápida sequência na lanchonete e o encontro do filho mais velho (George MacKay) com uma garota (Erin Moriarthy). 

A relação entre pais e filhos também faz pensar. Por mais que os pais acreditem que estejam procurando o melhor para os filhos, nem sempre eles desejam a mesma coisa. 

Esta sensível história é valorizada pelas interpretações de todo o elenco, inclusive das crianças, com destaque para Viggo Mortensen, ator mais conhecido por seu trabalho na trilogia “Senhor dos Anéis”, mas que a cada ano se arrisca em filmes que fogem do lugar comum, inclusive produções rodadas fora dos Estados Unidos.

Finalizando, fica a expectativa da sequência da carreira de Matt Ross como diretor, que aqui se mostra extremamente promissora.

2 comentários:

Liliane de Paula disse...

Já vi que esse filme é muito bom.
Lógico que criar filhos longe do mundo não é uma maneira de protege-los.
É sim, de perde-los.

Hugo disse...

Liliane - O filme é interessante por discutir este tema de um forma diferente. Vale a sessão.