sexta-feira, 9 de maio de 2014

Os Trombadinhas

Os Trombadinhas (Brasil, 1979) – Nota 4
Direção – Anselmo Duarte
Elenco – Pelé, Paulo Goulart, Paulo Villaça, Francisco Di Franco, Kátia D’Ângelo, Paulo Duarte, Sergio Hingst, Ana Maria Nascimento e Silva, Roberto Maia.

Ao voltar de uma viagem, o empresário Frederico (Paulo Goulart) é guiado por seu motorista pelo centro de São Paulo, quando um jovem trombadinha fugindo da policia é atropelado por seu veículo. Acreditando que os jovens infratores precisam ser ajudados para sair do crime, Frederico convence o astro do futebol Pelé a participar de um projeto. Para entrar em contato com os jovens, Pelé passa a patrulhar o centro de São Paulo ao lado policial Bira (Paulo Villaça). Enquanto o ex-jogador deseja descobrir quem é o adulto que chefia a gangue de trombadinhas, o policial acredita que a única forma de resolver o problema é batendo e prendendo os garotos. 

O argumento inicial tenta colocar em discussão a questão da responsabilidade criminal dos adolescentes, fato que continua atual, porém o roteiro confuso e o formato datado resulta até em risadas involuntárias em algumas sequências, como naquelas em que o astro Pelé briga com bandidos misturando o estilo dos filmes de Kung Fu com a câmera lenta que era comum nas cenas de ação da série “O Homem de Seis Milhões de Dólares”, que na época fazia grande sucesso na tv. 

O elenco apresenta ainda um vigarista (Sergio Hingst) que comanda uma gangue com pelo menos trinta adolescentes, um grande empresário (Francisco Di Franco) metido com tráfico de drogas e um jovem trombadinha (Paulo Duarte) com quem Pelé consegue se aproximar, resultando numa sequência ingênua e piegas. 

Para piorar, a edição cria um vai e vem da trama entre as cidades de São Paulo e Santos extremamente confuso, as vezes Pelé e o policial estão perseguindo trombadinhas no centro de SP e em seguida Pelé está na delegacia em Santos. 

Como informação, o longa tem ainda algumas sequências de perseguição de automóveis que serviram como uma espécie de propaganda para os carros da Chevrolet, empresa que patrocinou o longa. 

Finalizando, este foi o último trabalho do ator Anselmo Duarte como diretor. Ele que comandou “O Pagador de Promessas”, com certeza um dos melhores longas da história cinema nacional, nunca mais conseguiu chegar sequer próximo da qualidade deste clássico e encerrou sua carreira atrás das câmeras com esta pérola trash.   

3 comentários:

Pedrita disse...

fiquei curiosa. beijos, pedrita

Filme Lixo disse...

- É o Pelé ?
- Não, é o Jô Soares, sua piranha !!!!

Uma das melhores cenas do cinema brasileiro !

Hugo disse...

Pedrita - Vale apenas como curiosidade.

Filme Lixo - Este diálogo é clássico trash, assim como o filme.

Abraço