Ninfomaníaca: Volume I (Nymphomaniac: Vol. I, Dinamarca /
Alemanha / França / Bélgica / Inglaterra, 2013) – Nota 7,5
Direção – Lars von Trier
Elenco – Charlotte Gainsbourg, Stellan Skarsgard, Stacy
Martin, Shia LaBeouf, Christian Slater, Uma Thurman, Sophie Kennedy Clark,
Connie Nielsen, Ananya Berg.
O solitário Seligman (Stellan Skarsgard) encontra uma mulher
(Charlotte Gainsbourg) machucada e desmaiada em um beco. Ele decide levá-la
para casa e quando ela acorda, conta que seu nome é Joe e que está naquela
situação por ser uma pessoa ruim. A declaração deixa Seligman intrigado, que em
seguida questiona o porquê. Este diálogo dá início a uma espécie de confissão de
Joe, que decide contar a história de sua vida, principalmente as diversas aventuras
sexuais.
Este primeira parte da polêmica
obra de Lars von Trier é a melhor, principalmente na relação criada entre Joe e
Seligman, que lembra muito uma confissão católica, com Seligman
apresentando as características de um padre, enquanto Joe é a pecadora. São
interessantes as analogias que Seligman encontra para as histórias contadas por
Joe, sejam as técnicas de pescaria ou as comparações religiosas.
Vale destacar a
desinibida atuação da estreante francesa Stacy Martin no papel da jovem Joe, que seduz
vários homens em sequências sem erotismo algum, onde a busca pelo prazer é o
ponto principal, mesmo que seja algo quase impossível dela alcançar.
A melhor
sequência é a participação de Uma Thurman, que rouba o filme no pouco tempo em
que aparece na tela.
Ninfomaníaca: Volume II (Nymphomaniac: Vol. II, Dinamarca /
Alemanha / França / Bélgica / Inglaterra, 2013) – Nota 7
Direção – Lars von Trier
Elenco – Charlotte Gainsbourg, Stellan Skarsgard, Stacy
Martin, Shia LaBeouf, Jamie Bell, Willem Dafoe, Mia Goth, Jean Marc Barr, Michael
Pass, Ananya Berg.
Esta sequência começa exatamente de onde parou o original,
com Joe (Charlotte Gainsbourg) contando para Seligman (Stellan Skarsgard) como
foi sua vida de casada quando ainda era jovem (interpretada por Stacy Martin) com o
confuso Jerome (Shia LaBeouf). A relação fica complicada quando Jerome não
consegue satisfazê-la sexualmente e abre as portas para que Joe tenha outros
amantes. A relação entre o casal fica cada vez pior, principalmente após Joe (agora
interpretada por Charlotte Gainsbourg) se envolve com K (Jamie Bell), um
sujeito masoquista, violento e cheio de regras. O capítulo final em que Joe cria
uma relação de trabalho com L (Willem Dafoe) e se envolve com a jovem P (Mia
Goth), muda um pouco o rumo da trama e faz o filme perder alguns pontos.
Apesar
das várias cenas de nu frontal em close e das sequências de sexo e
sadomasoquismo, pela propaganda eu esperava algo ainda mais polêmico, mas no
geral mesmo sendo extremamente ousado, não chega a ser tão forte e exagerado
como “Anticristo” por exemplo.
A sequência mais marcante deste longa é cena do
interrogatório com o francês Jean Marc Barr. A cena final também não deixa
espectador algum indiferente.
No geral, são dois bons filmes com a marca do
diretor, que sabe muito bem promover seus trabalhos.
4 comentários:
Verei pela Uma Thurman.
Kleiton - A sequência com Uma Thurman é muito boa.
Abraço
Adorei a primeira parte e não me incomodou o didatismo que muitos dizem, mas o desfecho me decepcionou.
Abrç.
Rodrigo - O desfecho foi mais uma forma para criar discussão.
Abraço
Postar um comentário