sexta-feira, 23 de maio de 2014

Filmes Antigos com Carros e Motos

Perseguições e corridas com carros e motos sempre foram exploradas pelo cinema, seja em filmes independentes ou grandes produções.

Nesta postagem comento seis filmes antigos em que a velocidade é um dos pontos principais.



Agarra-me se Puderes (Smokey and the Bandit, EUA, 1977) - Nota 7,5
Direção – Hal Needham
Elenco – Burt Reynolds, Sally Field, Jerry Reed, Jackie Gleason, Mike Henry, Paul Williams, Pat McCormick.

Bandit (Bur Reynolds) e seu parceiro Snowball (Jerry Reed) são contratados por dois picaretas (Pat McCormick e Paul Williams) para transportarem 400 caixas de cerveja de forma ilegal do Texas para Georgia. No meio do caminho, Bandit resolve dar carona para Carrie (Sally Field), que está fugindo do casamento com o bobalhão Junior (Mike Henry). O problema é que Junior é filho de um xerife da região (Jackie Gleason), que decide a todo custo capturar a nora fugitiva, inclusive utilizando todos os policiais que estão sob seu comando. 

Clássico B dos anos setenta, este longa foi um dos maiores sucessos da carreira do astro Burt Reynolds, parte pelo seu carisma irônico somado a química com uma espevitada Sally Field, mas principalmente pelas diversas sequências de perseguições de automóveis e as dezenas de veículos policiais destruídos. 

O diretor Hal Neddham era dublê e aqui estreava comandando o filme certo para sua experiência. O restante da carreira de Needham seguiu o mesmo estilo, inclusive com outros trabalhos com Reynolds, com maior destaque para a comédia “Quem Não Corre, Voa”.

Desta Vez te Agarro (Smokey and the Bandit II, EUA, 1980) – Nota 6
Direção – Hal Needham
Elenco – Burt Reynolds, Sally Field, Jerry Reed, Jackie Gleason, Dom DeLuise, Paul Williams, Pat McCormick, David Huddleston, Mike Henry.

O grande sucesso do filme anterior, principalmente no sul dos Estados Unidos, gerou esta inevitável sequência que segue o mesmo estilo do original. Desta vez Bandit (Burt Reynolds), sua namorada Carrie (Sally Field) e Snowball (Jerry Reed) tem a missão de transportar um elefante da Flórida até o Texas, novamente sendo perseguidos pelo xerife (Jackie Gleason) e seus policiais. A novidade é a presença de Dom DeLuise como um médico beberrão que pega carona com os contrabandistas na viagem repleta de perseguições. É divertido para quem deseja ver dezenas de batidas de automóveis.

The Wraith – A Aparição (The Wraith, EUA, 1986) – Nota 7
Direção – Mike Marvin
Elenco – Charlie Sheen, Nick Cassavetes, Sherilyn Fenn, Randy Quaid.

Uma pequena cidade do Arizona é aterrorizada pela gangue de Packard (Nick Cassavetes). Após um desentendimento, Packard mata um garoto que estaria flertando com a bela Keri (Sherilyn Fenn), jovem por quem o assassino tem interesse. Pouco tempo depois, surge na estrada que corta a cidade um estranho automóvel negro que passa a perseguir a gangue de Packard, ao mesmo tempo em que o jovem Jake (Charlie Sheen) também chega ao local com sua potente motocicleta. Jake se aproxima de Keri e se torna alvo de Packard, criando uma situação que terminará em violência. 

Clássico B do cinema do adolescente dos anos oitenta, este longa mistura ação, violência e ficção pontuada por uma trilha sonora de rock pesado e um interessante visual que explora as estradas americanas. 

Como informação, este foi o primeiro filme de Charlie Sheen como protagonista, tendo sido lançado no mesmo ano em que ele ficou famoso com “Platoon”, onde dividia a tela com Willem Dafoe e Tom Berenger. 

As Máquinas Quentes (Little Fauss and Big Halsy, EUA, 1970) – Nota 6,5
Direção – Sidney J. Furie
Elenco – Robert Redford, Michael J. Pollard, Lauren Hutton, Noah Beery Jr.

Durante um corrida de motos no deserto, o jovem Little Fauss (Michael J. Pollard) faz amizade com o corredor profissional Halsy (Robert Redford), um talentoso motociclista que está impedido de correr profissionalmente desde que foi pego competindo após beber. Para burlar a suspensão, Halsy faz uma proposta para Fauss. Eles trocariam de identidade e Fauss seria seu mecânico. A princípio a troca funciona e os dois fazem sucesso nas corridas, até que surge a bela Rita (Lauren Hutton) que acaba se envolvendo com Halsy e magoando Fauss que decide se afastar. 

Com uma história clássica de amizade abalada por causa de uma mulher, intercalada com interessantes cenas de corridas de motos, este longa é um despretensioso divertimento que tem a curiosidade de apresentar uma dupla de protagonistas totalmente oposta, com o então galã Robert Redford e o estranho Michael J. Pollard. 

Dragster (Heart Like a Wheel, EUA, 1983) – Nota 7
Direção – Jonathan Kaplan
Elenco – Bonnie Bedelia, Beau Bridges, Leo Rossi, Hoyt Axton, Anthony Edwards, Paul Bartel.

Shirley Muldowney (Bonnie Bedelia) foi influenciada pelo pai (Hoyt Axton) e cresceu apaixonada por carros. Já adulta e casada com Jack (Leo Rossi), ela inicia sua carreira nas corridas de dragster, mas preciso enfrentar o machismo da associação que não aceita mulheres competindo. A obstinação de Shirley a faz entrar em conflito com o próprio marido e mais tarde com o chefe de sua equipe, Connie (Beau Bridges), que também se torna seu amante. 

Baseado na história real da primeira mulher que conseguiu licença para competir com carros de forma profissional nos Estados Unidos, este esquecido trabalho do diretor Jonathan Kaplan (“Acusados” com Jodie Foster e “As Barreiras do Amor” com Michelle Pfeiffer) é um interessante drama sobre uma personagem forte, que enfrentou o preconceito sem medo. 

As cenas de disputa de dragster também são destaque. Para quem não sabe, corridas de dragster são disputas de carros especiais em uma reta. Dois carros se alinham em paralelo e vence aquele que chegar primeiro ao final da reta.  

O Carro – A Máquina do Diabo (The Car, EUA, 1977) – Nota 6,5
Direção – Elliot Silverstein
Elenco – James Brolin, Kathleen Lloyd, John Marley, R. G. Armstrong, John Rubinstein.

Numa pequena cidade americana, surge um carro negro com vidros escuros que passa a atacar quem cruza seu caminho. Logo a polícia da cidade está atrás do veículo, porém é impossível ver quem é o motorista. 

Este curioso suspense segue fórmula semelhante a “Encurralado” de Spielberg, ao colocar um carro como vilão (no longa de Spielberg era uma caminhão), escondendo o motorista e deixando no ar que o carro era algo maligno. 

O diretor Elliot Silverstein (“Dívida de Sangue”, “Um Homem Chamado Cavalo”) consegue manter o clima de suspense até o final, mesmo com um roteiro extremamente simples.

2 comentários:

Pedrita disse...

é muito divertido esse filme. beijos, pedrita

Hugo disse...

Pedrita - É um clássico da sessão da tarde.

Bjos