quinta-feira, 22 de maio de 2014

Apenas Deus Perdoa

Apenas Deus Perdoa (Only God Forgives, Dinamarca / França / Tailândia / EUA / Suécia, 2013) – Nota 4
Direção – Nicolas Winding Refn
Elenco – Ryan Gosling, Kristin Scott Thomas, Vithaya Pansringarm, Gordon Brown, Yayaying Rhatha Phongam, Tom Burke.

Em Bangcoc na Tailândia, os irmãos Julian (Ryan Gosling) e Billy (Tom Burk) são donos de um academia de kickboxing que é apenas fachada para o verdadeiro negócio que é o tráfico de drogas. Billy é um psicopata que após um surto mata uma jovem prostituta e em seguida acaba assassinado pelo pai da garota que é apoiado pela polícia, principalmente por um violento oficial (Vithaya Pansringarm) que usa uma espada. 

A mãe dos irmãos, Crystal (Kristin Scott Thomas), segue para a Tailândia com o objetivo de vingar a morte do filho, porém Julian não deseja sujar suas mãos por causa do irmão assassino. A negativa do filho faz com que Crystal contrate assassinos para o serviço, o que faz explodir uma onda de violência e assassinatos. 

A linha que separa um filme cult de um longa pretensioso é tênue, muitas vezes um diretor talentoso cai nesta armadilha e entrega um trabalho cheio de estilo e ao mesmo totalmente vazio. É o caso desta obra do dinamarquês Nicolas Winding Refn, diretor cultuado pela crítica por causa da trilogia “Pusher” (que eu ainda não assisti) e pelo interessante “Drive”. Poucos se lembram que Refn caiu no mesmo erro do estilo acima da história no confuso “Medo X” de 2003, seu primeiro trabalho internacional que tinha John Turturro no papel principal. 

Este “Apenas Deus Perdoa” tem uma belíssima fotografia e muita violência estilizada, mas peca pela história simplória e sem sentido em várias sequências, além das interpretações exageradas, que se mostram claramente uma escolha do diretor. Os atores parecem engessados, se movimentam como robôs, em muitas cenas olhando para o vazio, num verdadeiro exagero dramático. 

Um longa se torna cult pelas circunstâncias e sempre que um diretor tenta forçar a barra neste sentido acaba quebrando a cara. Este longa é um exemplo claro.  

2 comentários:

! Marcelo Cândido ! disse...

Filme estranho, K.S.Thomas está ótima!

Hugo disse...

Marcelo - Estranho e pretensioso.

Abraço