Depois de algum tempo volto a escrever a sessão "Bombas". Sempre procuro listar alguns filmes ruins que assisti e deixar como dica, ou melhor, advertência para quem tem intenção de conferir.
Desta vez listei oito continuações desnecessárias de filmes que fizeram algum sucesso e que tentaram lucrar na cola do original e fracassaram.
Comando Delta 2 – Conexão Colômbia (Delta Force 2: The Colombian Connection, EUA, 1990) – Nota 5,5
Direção – Aaron Norris
Elenco – Chuck Norris, John P. Ryan, Paul Perri, Richard Jaeckel, Billy Drago, Mark Margolis.
O primeiro “Comando Delta” era baseado numa história real e tinha bom elenco com interessante cenas de ação, além da inusitada dupla Chuck Norris e Lee Marvin no papéis principais. Lee Marvin morreu e Norris junto com seu irmão Aaron e a produtora Canon resolveram tentar ganhar alguns trocados com esta continuação fraca. Aqui o Coronel Scott McCoy (Chuck Norris) lidera o Comando Delta numa missão na América Central com o obejtivo de resgatar agentes americanos que foram tomados de refém pelo traficante Ramon Cota (Billy Drago). Muito barulho, lutas e tiroteios, mas com uma história fraquinha e inverossímil.
Bruxa de Blair 2 – O Livro das Sombras (Book of Shadows: Blair Witch 2, EUA, 2000) – Nota 5
Direção – Joe Berlinger
Elenco – Kim Director, Stephen Barker Turner, Erica Leerhsen, Tristine Skyler, Jeffrey Donovan.
Após o sucesso do filme orginal, os produtores não quiseram perder tempo e filmaram rapidamente está sequência. A história mostra que a floresta onde se passa o primeiro filme ficou famosa e muitos curiosos resolveram visitar o local. Um grupo de quatro jovens contrata um guia para passar uma noite na floresta e filmar os misérios do local. No dia seguinte após alguns sustos, quando vão ver as gravações descobrem acontecimentos estranhos e daí começa o terror. Se fosse um filme de terror comum, contando a história de jovens lutando contra algo sobrenatural talvez fosse mais bem recebido, porém como se intitula uma sequência de “A Bruxa de Blair” acabou naufragando.
Soldado Universal II (Universal Soldier II: Brothers in Arms, EUA, 1998) – Nota 2
Direção – Jeff Woolnough
Elenco – Matt Battaglia, Chaundra West, Jeff Wincott, Gary Busey, Burt Reynolds, Barbara Gordon.
Esta continuação picareta sem Van Damme foi feita para tv e tem o fraco Matt Battaglia como o soldado Luc Devereaux, que desta vez se rebela ao descobrir que outros soldados “ressuscitados” estão traficando diamantes a mando de um diretor da CIA. O diretor Woolnough fez simultâneamente “Soldado Universal III”, que com certeza é outra bomba. A curiosidade é ver Gary Busey e Burt Reynolds aceitarem papéis de coadjuvantes numa produção tosca como esta. Como certeza eles estavam precisando de trabalho na época.
O Filho do Máskara (Son of the Mask, EUA, 2005) – Nota 2
Direção – Lawrence Gutterman
Elenco – Jamie Kennedy, Alan Cumming, Traylor Howard, Steven Wright, Kal Penn, Ben Stein.
O cartunista Tim Avery (Jamie Kennedy) percebe que seu pequeno filho consegue fazer coisas incríveis, a questão é que o garoto encontrou a Máscara de Loki que transforma quem a utiliza. O problema é que Loki (Alan Cumming) volta para buscar sua máscara. Esta continuação tardia do sucesso estrelado por Jim Carrey é um desperdício de tempo. A história praticamente não existe e as piadas completamente sem graça. A única coisa que se salva no filme são os efeitos especiais.
Anaconda 2 – A Caçada pela Orquídea Sangrenta (Anacondas: The Hunt for the Blood Orchid, EUA, 2004) – Nota 5
Direção – Dwight H. Little
Elenco – Johnny Messner, Kadee Strickland, Matthew Marsden, Salli Richardson Whitfield, Eugene Byrd, Morris Chestnut, Nicholas Gonzalez, Karl Yune, Denis Arndt.
Um grupo de cientistas viaja para as selvas de Borneo em buscas de uma orquídea que desabrocha a cada sete anos apenas e que pode ser o ingrediente principal para o soro da juventude. Além de enfrentar a selva, a situação se complica quando o grupo passa a ser caçado por anacondas gigantes. Se o filme original filmado no Amazonas com atores famosos já tinha um roteiro de filme B, esta sequência se entrega totalmente ao gênero. Dirigido por Dwight H. Little especialista em sequências e filmes de ação e terror de baixo orçamento, o longa tem um elenco basicamente de atores coadjuvantes de seriados de TV e um roteiro ridículo, tendo intersse apenas nas violentas cenas protagonizadas pelas anacondas.
Clube dos Cinco II (Secrets, Austrália, 1992) – Nota 5,5
Direção – Michael Pattinson
Elenco – Danii Minogue, Beth Champion, Noah Taylor, Malcolm Kennard, Willa O’Neill.
Para início de conversa este longa não é um continuação do clássico adolescente de John Hughes. A distribuidora brasileira tentou enganar o público utilizando este título. Esta produção australiana é até razoável, conta a história de cinco jovens fãs do Beatles que acabam trancados no porão de um hotel onde o grupo está hospedado durante os anos sessenta. O interessante é que eles não se conhecem, ou seja, a premissa é muito parecida com o “Clube do Cinco” verdadeiro. Como curiosidade, entre jovens está a irmã mais nova da cantora Kylie Minogue, Danii e o ator Noah Taylor que ficaria conhecido em “Shine – Brilhante” e hoje continua trabalhando em Hollywood.
9 ½ Semanas de Amor II (Love in Paris, EUA, 1997) – Nota 3
Direção – Anne Goursaud
Elenco – Mickey Rourke, Angie Everhart, Agathe DeLaFontaine, Steven Berkoff, Dougray Scott.
Refilmar ou produzir uma sequência de um clássico ou de um filme cult quase sempre tem como resultado um desastre. E esta continuação de “9 ½ Semanas de Amor” é uma verdadeira bomba. Aqui o personagem de Mickey Rourke, John Gray, vai à Paris após dez anos para procurar sua amada, porém acaba se encontrando com a misteriosa Lea (Angie Everhart) que parece saber tudo sobre sua vida e com ele inicia um jogo sexual perigoso e sem limites. Na época Rourke estava em baixa e esta tentativa de voltar ao topo foi um grande fracasso. O que o original tinha de charme, este perde rapidamente indo direto ao erotismo, com cenas que parecem aquelas de filmes eróticos feitos para TV, além da péssima história é claro. Vale apenas pelas curvas da belíssima Angie Everhart e nada mais.
Mutação 2 (Mimic 2, EUA, 2002) – Nota 5,5
Direção – Jean de Segonzac
Elenco – Alix Koromzak, Bruno Campos, Will Estes, Gaven Eugene Lucas, Jon Polito, Edward Albert, John Wood, Paul Schulze.
No filme original Nova Iorque era atacada por uma epidemia causada por baratas mutantes. Era um filme de terror e suspense dirigido com habilidade por Guillermo Del Toro e tinha Mira Sorvino no papel principal. Nesta continuação, após resolverem o problema do filme anterior com um microorganismo, este se desenvolveu e se transformou numa barata gigante que se alimenta dos humanos. Um pequeno grupo de pessoas acaba sendo perseguido pelo monstro, entre eles um policial vivido pelo brasileiro Bruno Campos, que fez “O Quatrilho” e há muitos anos está em Hollywood, trabalhando principalmente em séries, como “Will and Grace”. “Jesse” e “Nip/Tuck”. No final é um razoável filme de terror, daqueles que esquecemos rapidamente.
5 comentários:
Haha, chamem o Jeremy Renner para desarmar tantas bombas!
Sem dúvida, são verdadeiras bombas. E olhe que, em alguns desses casos, o filme que antecede também é uma bomba.
Abraço.
Cinema para Desocupados
felizmente não vi nenhum desses.
abraços!
Mateus - Só ele mesmo para nos salvar destas bombas...rs
Ciro - Sorte a sua...
Abraço
Vixe, quanta bomba junta, hehe. A pior para mim é A Bruxa de Blair, distorceu completamente o primeiro filme.
Amanda - A continuação de "A Bruxa de Blair" é um caça-níquel descarado.
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