OZ - A Vida é uma Prisão (OZ, EUA, 1997 a 2003) - Nota 9
Criado por Tom Fontana e Produzido por Barry Levinson
Elenco - Ernie Hudson, Terry Kinney, Harold Perrineau, Lee Tergesen, J. K. Simmons, Dean Winters, Rita Moreno, George Morfogen, Eammon Walker, B. D. Wong, Kirk Acevedo, Scott William Winters, Christopher Meloni, Adewale Akinnouye Agbaje, Zeljko Ivanek, Eddie Falco, Luiz Guzman, John Lurie, Austin Pendleton.
Assisti muitos filmes policiais, suspenses, ação, terror e coisas do gênero, mas poucas vezes vi em uma produção personagens tão malvados como na premiada série produzida pela HBO “Oz – A Vida é uma Prisão”. Me lembro do primeiro episódio quando foram apresentados os detentos do local, que pareciam ser iguais a personagens de outras produções sobre prisão, mas a cada episódio fomos surpreendidos com a força da interpretações e o mal enraizado na maioria deles, o que acaba deixando uma mensagem: Mesmo que a prisão seja criada com todas as condições para o infrator se regenerar isto é impossível, pois a presença daqueles que não querem mudam contaminam o restante.
A história se passa no moderno presídio de segurança máxima Oswald, chamada de “Emerald City” pelas autoridades e apelidada de “Oz” pelos detentos, é um projeto criado por Tim McManus (Terry Kinney) que com suas técnicas tenta ressocializar os condenados. Mesmo tendo o apoio do severo e honesto diretor Leo Glynn (Ernie Hudson), as diversas facções existentes dentro do presídio as poucos se armam, criam alianças e comandam o tráfico de drogas, cigarros e tudo o que for possível. Misturando isso com a corrupção dos guardas e funcionários, além da politicagem do governador James Devlin (Zeljko Ivanek de “Damages”), o projeto não chega a lugar algum e a violência continua a dominar o local.
A série é radical no modo de mostrar a convivência destes grupos, mesmo a prisão sendo limpa, bem cuidada e organizada de acordo com o projeto de McManus, isso não impede as atitudes de extrema violência, como surras, assassinatos e estupros, além de um rebelião que ocorre ao final da primeira temporada.
Um dos grupos em questão é o dos nazistas liderados pelo violento Schillinger (J. K. Simmons de “Homem-Aranha”) e durante algum tempo com apoio de Chris Keller (Christopher Meloni de “Law and Order: SVU”) um psicopata assassino, mas em virtude das alianças que se formam entre inimigos para matar outro inimigo em comum ou para dominar algo como o tráfico de mercadorias, eles acabam se tornando inimigos. Os negros são liderados por Simon Adebisi (Adewale Aakinnouoye Agbaje, o Mr. Eko de “Lost”) e por um algum tempo dominam a prisão, quando McManus tem de dividir o poder com o também negro Martin Querns (Reg E. Cathey). Os latinos tem no poder Raoul “El Cid” Hernandez (Luiz Guzman) e Enrique Morales (David Zayas), os italianos começam sendo liderados por Nino Schibetta (Tony Musante) e os muçulmanos que tinham Jefferson Keane (Leon) no início, depois seguem Karim Said (Eammon Walker).
Vale citar que ao longo das temporadas vários destes personagens morrem e são substituídos por outros tão perversos quanto. Além destes, a série tem outros personagens importantes avulsos, aqueles que precisam se cuidar sozinhos para não serem vítimas, neste caso os principais são Tobias Beecher (Lee Tergesen), que foi preso por ter atropelado uma pessoa, e chegando na cadeia é rapidamente violentado por Schillinger, com quem terá diversas brigas durante a série. Outro personagem importante é Ryan O’Reilly (Dean Winters), de descendência irlandesa e criado a base de golpes pelo pai bêbado, se tranforma numa espécie de coringa que negocia com aquele que lhe oferecer proteção ao algo em troca, além de ser o mentor de muitas vinganças no local.
Poderia citar muitos personagens que entraram e saíram da série, sendo interpretados por gente como Edie Falco (a Carmela de “Família Soprano”), Luke Perry, B. D. Wong como o Padre Mukada, a veterana Rita Moreno, entre outros, porém o personagem mais importante da série é o ladrão paraplégico Augustus Hill (Harrold Perrineau, o Michael de “Lost”), que faz o narrador dos episódios de uma forma sarcástica, uma espécie de menestrel da tragédia, que informa o “currículo” de cada novo detento.
A série que foi criada por Tom Fontana e tem produção de Barry Levinson (“Rain Man”) é um marco na tv a cabo americana e como sempre a HBO deu um passo a frente com esta série que elevou os níveis de violência e tensão ao último grau.
10 comentários:
A série pré-Prison Break que não fez o sucesso que merecia. Vi poucos episódios mas, do que vi, gostei!
Ciao!
Hugo, sinto vergonha por nunca ter assistido nenhum episódio de Oz. O pior é que adoro séries... ela entrará na minha lista dos "obrigatórios"...
Abraços e bom fds!
Assisti um episódio de Oz há muito tempo.... nem lembro ainda direito, mas gostei...
Wally - Já Prison Break eu assisto poucos episódios, mas tb gostei.
Kau e Sérgio - Pode assistir, a série é muito violenta mas tem um ótimo desenvolvimento.
Abraço
Ainda n vi prison break mas espero ver
e oz eh mt bom espero rever de novo
Tiago - Prison Break eu não acompanhei, mas tenho curiosidade.
Abraço
Vi a série três vezes e tenho um pack com todas as temporadas. Realmente a série é uma das melhores que já foram produzidas já que mostra o verdadeiro lado das prisões, mostrando a dura realidade da vida sem rodeios
Oz foi sem duvida a melhor série sobre a vida na prisão já feita. A realidade, a violência, tudo na serie é mostrado com uma frieza e realismo que é difícil de ver hoje em dia. É sempre bom ver e rever essa série. Um manual de como viver na prisão!
ps; vale a pena dar um bom crédito aos personagens Tobias beecher e Chris keller por suas atuaçoes que lembram um romance e à Ryan o reily pela suas táticas de sobrevivência na prisão.
Anônimo - Os personagens são fantásticos. É provavelmente a melhor série sobre prisão já produzida.
Abraço
Prison Break e uma serie inédita tenho todas temporadas e já vi todas e mesmo assim não canso de ver nunca vi OZ mas vou ver!!
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