sexta-feira, 5 de abril de 2019

Bullet & Gridlock’d – Na Contramão


Bullet (Bullet, EUA, 1996) – Nota 5,5
Direção – Julien Temple
Elenco – Mickey Rourke, Adrien Brody, Ted Levine, Tupac Shakur, John Enos III, Manny Perez, Jerry Grayson, Suzanne Shepherd.

Após cumprir oito anos de prisão, Bullet Stein (Mickey Rourke) ganha a liberdade. Rapidamente ele volta ao mundo do crime e entra em conflito com um antigo parceiro (Tupac Shakur). Bullet ainda precisa lidar com os problemas familiares.

A difícil relação com os pais, a amizade com o irmão mais jovem (Adrien Brody) que tem um grande talento para a pintura e as diferenças como o paranoico irmão mais velho (Ted Levine) que vive recluso sofrendo com as lembranças da Guerra do Vietnã. 

O roteiro escrito pelo astro Mickey Rourke apresenta uma premissa batida, mas ao tempo interessante misturando o mundo do crime com problemas familiares. Por mais que a história tenha até um desenvolvimento aceitável, o filme perde pontos pelas atuações ruins e as péssimas cenas de violência. Rourke interpreta o personagem canalha e sofredor comum a sua filmografia, enquanto Adrien Brody parece perdido como o irmão artista e Ted Levine exagerado interpretando o maluco. 

É um filme que envelheceu mal.

Gridlock’d – Na Contramão (Gridlock’d, EUA, 1997) – Nota 7
Direção – Vondie Curtis Hall
Elenco – Tim Roth, Tupac Shakur, Thandie Newton, Charles Fleischer, Vondie Curtis Hall, Howard Hesseman, James Pickens Jr, John Sayles, Tom Towles, Tom Wright, Lucy Liu, Bookem Woodbine

Após testemunharam a overdose de uma amiga (Thandie Newton), os músicos Stretch (Tim Roth) e Spoon (Tupac Shakur) decidem abandonar o vício em heroína. Eles tentam entrar em um programa de desintoxicação do governo, mas são barrados pela burocracia estatal. Em paralelo, a dupla se torna alvo de policiais por causa da overdose da amiga e de traficantes de quem eles compravam as drogas. 

O roteiro escrito pelo ator e diretor Vondie Curtis Hall mistura uma trama policial comum com uma crítica contra a política governamental de reabilitação de viciados da época. As situações que a dupla enfrenta para tentar entrar no programa são um misto de absurdo e descaso mostrados de uma forma sarcástica. 

Esta pitada de comédia ganha pontos pela ótima química entre Tim Roth e o falecido rapper Tupac Shakur, aqui com certeza no seu melhor papel no cinema. 

O ritmo ágil e as locações na periferia de Detroit são outros destaques deste competente longa. 

4 comentários:

Liliane de Paula disse...

Acho que Mickey Rourke só fez um filme (o belíssimo 9.1/2 semanas de amor)onde aparece com o rosto que tinha, antes de enveredar pela fase de lutador e ter o rosto completamente deformado e até assustador.
Acho que agora só dá para fazer filmes assim.
Vi um filme em que ele era um pai (ex-lutador) tentando voltar a ter uma relação familiar. Não lembro do nome.

Nunca vi Tupac Shakur.
Nem sabia que era ator.
A Netflix tem um Documentário sobre ele até seu assassinato.

Thandie Newton parece que tem uma carreira irregular.
Lembro dela em poucos filmes.
Teve um papel importante no maravilhoso Seriado ER.

Hugo disse...

Liliane - Mickey Rourke foi um dos maiores astros da segunda metade dos anos oitenta. Depois teve uma série escolhas pessoais e profissionais erradas.

Tupac Shakur trabalhou em alguns filmes. Não vi o doc sobre a vida dele.

Luli Ap. disse...

Hummmmm esses vou passar, uma pena que o primeiro tenha ficado datado e tenha interpretações sofríveis.
Já em Gridlock'd acho que não vou gostar da mistura de um tema como Detox com comédia :)

Hugo disse...

Luli - São filmes pesados.

Bjs