domingo, 10 de setembro de 2017

A Cidade Perdida

A Cidade Perdida (The Lost City, EUA, 2005) – Nota 7
Direção – Andy Garcia
Elenco – Andy Garcia, Bill Murray, Tomas Milian, Inés Sastre, Enrique Murciano, Millie Perkins, Richard Bradford, Dustin Hoffman, Nestor Carbonell, Danny Pino, Julio Oscar Mechoso, Victor Rivers, Steven Bauer, Dominik Garcia Lorido, Tony Plana, Juan Fernandez, Jsu Garcia.

Havana, 1958. A família Fellove tenta se manter unida em meio a revolução cubana que está prestes a acontecer e que visa derrubar o ditador Fulgencio Batista (Juan Fernandez). 

O patriarca Federico (Tomas Milian) é um professor universitário que sonha em viver num país democrático ao lado da esposa (Millie Perkins) e dos três filhos. O mais velho é Fico (Andy Garcia), proprietário de uma famosa casa noturna que tenta seguir a vida sem se envolver com a política. 

Enquanto isso, seus dois irmãos se alinham a grupos revolucionários. Luís (Nestor Carbonell) se une a um grupo na cidade que pretende assassinar Batista, enquanto Ricardo (Enrique Murciano) segue para o interior do país com o objetivo de lutar ao lado de Fidel Castro e Che Guevara. 

O roteiro assinado pelo escritor cubano Guillermo Cabrera Infante detalha os dias que antecederam a revolução cubana, que derrubou uma ditadura capitalista para impor uma ditadura comunista ainda mais violenta e opressora. 

A família Fellove é uma espécie de exemplo do que ocorreu com a elite cubana e também com a classe média. Famílias foram esfaceladas e os opositores ao regime foram assassinados, presos ou fugiram do país, sem antes terem seus imóveis, terras e dinheiro tomados pelo terrível governo de Fidel Castro. 

O filme tem falhas. A narrativa irregular, a passagem do tempo um pouco confusa e a fraca cena de ação da invasão ao palácio do governo tiram pontos do longa, mas por outro lado, a história é forte, dolorosa e realista. 

Um diálogo entre o personagem de Andy Garcia e sua amada vivida por Inés Sastre explica bem o que ocorreu. Ele cita que Fidel é apenas o novo líder da mesma ditadura, enquanto ela responde dizendo que a democracia viria depois. Se passaram quase sessenta anos e os cubanos continuam esperando a democracia. 

2 comentários:

Liliane de Paula disse...

Essa é quase a história de Andy Garcia.
Gosto muito de Andy Garcia e em 2005 ele era muito bonito.

Nestor Carbonell estou conhecendo agora no Bates Motel.
Ela faz o delegado que casa com a mãe do louco Norman Bates.
E ele é bom.

Estou assistindo (gravei)"Um Estranho no ninho".

Hugo disse...

Liliane - Andy Garcia utilizou como inspiração a história de seus pais que fugiram de Cuba quando ele tinha apenas cinco anos.