segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Nos Bastidores da Notícia

Nos Bastidores da Notícia (Broadcast News, EUA, 1987) – Nota 7
Direção – James L. Brooks
Elenco – William Hurt, Albert Brooks, Holly Hunter, Jack Nicholson, Robert Prosky, Lois Chiles, Joan Cusack, Christian Clemenson.

Jane (Holly Hunter) é uma produtora de tv que trabalha em um programa de notícias. Aaron (Albert Brooks) é o repórter investigativo. Os dois são muito amigos e acreditam no jornalismo com seriedade. 

Quando o canal contrata Tom (William Hurt) para ser o âncora do jornal local em Washington, tudo muda na relação entre os dois. Apesar de ter experiência como apresentador de tv, Tom sequer é jornalista. Ele mesmo confessa que conseguiu o emprego e a carreira por causa da apresentação pessoal. A atração que Jane passa a sentir por Tom, se transforma em uma batalha entre seus princípios e seu coração. 

Este longa foi lançado na época com grande expectativa, pois seria o primeiro trabalho de James L. Brooks após o grande sucesso de “Laços de Ternura”, que marcou sua estreia como diretor. O resultado acaba ficando no meio do caminho entre um drama romântico e uma crítica as mudanças que o jornalismo começava a enfrentar na época. 

O diferencial no triângulo entre os protagonistas são as neuroses que cada personagem carrega, valorizadas pelas boas interpretações. Na minha opinião, o ponto mais interessante é a forma como o jornalismo estava se transformando em entretenimento, colocando a notícia como detalhe e focando nos dramas rasos e nas aparências. O personagem de William Hurt personificava uma nova era que transformaria o jornalista puro em algo coadjuvante. 

Na parte final, o roteiro ainda faz uma crítica sobre como o ser humano é descartável no mercado de trabalho, outro fato que começava a virar rotina nos anos oitenta e que hoje infelizmente é algo comum. 

É um filme mais interessante pelas entrelinhas do roteiro do que como cinema.

6 comentários:

Liliane de Paula disse...

Não lembro se vi esse filme.
E talvez até encontre no OldFlix.

Ainda não vi desencanto que vc disse ter no Youtube.
As conexões estão lentas e para vê o seriado Crown, várias vezes, parava o filme.
Estou mudando de GVT(VIVO) para NET(CLARO) que se apresenta com maior velocidade.
Vamos vê.

Liliane de Paula disse...

Hugo, o elevador de serviço, no Edifício já é desligado há uns 15 anos, em torno das 21 h.
E também no elevador troquei por lâmpadas de LED.
Se a duração for maior, então, a economia será essa.
Mas as propagandas são enganosas. Diz que gastam menos.

Pedrita disse...

faz tempo que vi. lembro que gostei muito. beijos, pedrita

Liliane de Paula disse...

Hugo vi ontem Desencanto.
E vi que aquele Canal do YouTube tem bons filmes.
Já me cadastrei para receber sempre que o sr. Conrado(responsável pelo canal) postar alguma coisa (acho).
Gostei do filme.
A personagem da atriz é muito dramática.
E tudo é visto e contado pela ótica dela.
O marido, Fred, nem em casa, tira o palitó. Observou isso?
Devia ser costumo da época.

Hugo disse...

Liliane - Desencanto é um belíssimo filme. A escolha de narrar a história pela ótica da esposa era algo não muito comum na época. O marido dela era um tipo de patriarca antigo. Realmente ele fica vestido como se fosse a algum evento durante todo o filme.

Hugo disse...

Pedrita - É um verdadeiro clássico.