sábado, 1 de junho de 2019

Traumas de Infância & A Síndrome de Berlim


Traumas de Infância (The Adderall Diaries, EUA, 2015) – Nota 5,5
Direção – Pamela Romanowsky
Elenco – James Franco, Ed Harris, Amber Heard, Jim Parrack, Timotheé Chalamet, Danny Flaherty, Christian Slater, Cynthia Nixon, Adam LeFevre, Michael Cristofer.

Stephen Elliott (James Franco) é um escritor famoso por causa de um livro em que descreve sua difícil relação com o pai (Ed Harris) durante a adolescência. Ele culpa o pai por seu vício em drogas. 

Uma determinada situação coloca a carreira de Stephen em perigo, ao mesmo tempo em que ele se envolve com uma jornalista (Amber Heard) que acompanha o julgamento de um sujeito (Christian Slater) acusado de matar e sumir com o corpo da esposa. 

Baseado em um livro do verdadeiro Stephen Elliott, este longa tem como ideia principal a questão da manipulação das nossas lembranças. As pessoas tendem a “moldar” suas lembranças, que com certeza serão diferentes de outras pessoas que viveram a mesma situação. 

Esta interessante premissa se perde em meio a um roteiro confuso que insere pitadas de sadomasoquismo, uso de drogas e personagens perturbados. 

É um filme que não convence, passando a impressão da  história real contada em livro ser apenas a versão vitimista da vida de um protagonista egoísta e sem caráter.

A Síndrome de Berlim (Berlin Syndrome, Austrália, 2017) – Nota 5,5
Direção – Cate Shortland
Elenco – Teresa Palmer, Max Riemelt, Matthias Habich, Emma Bading.

Passeando em Berlim, a fotógrafa australiana Clare (Teresa Palmer) se encanta com o simpático professor Andi (Max Riemelt). O que começa como um romance despretensioso se transforma em terror quando ela é feita refém pelo sujeito em um prédio abandonado. O tempo passa e Clare não sabe como fugir do local, sendo obrigada a realizar os desejos de Andi. 

Cansativo é a palavra que define este longa. A diretora australiana Cate Shortland mistura sexo e suspense em sequências estranhas em meio a uma narrativa arrastada. A vida dupla do personagem de Andi, que esconde seu lado obscuro dos amigos professores e de seu pai (Matthias Habich) poderia ter sido melhor explorada. O destaque fica para a sensualidade de Teresa Palmer e as locações em Berlim. 

É um filme que deixa bastante a desejar.

3 comentários:

Luli Ap. disse...

Fiquei curiosa com Traumas de infância, ainda mais que fala da vida de um escritor e já li sobre pessoas que moldam memórias e lembranças que as vezes não correspondem à realidade.
Já anotei aqui.

A síndrome de Berlim assisti e acho que foi uma boa ideia desperdiçada, enrolação e um final corrido. A sequência das cenas onde a aluna abre o livro, correndo de bike e depois a Clare no carro foi muito rápida :/

Ótimo fds pra ti e todos aí
https://cafecomleituranarede.blogspot.com.br

Marcelo Keiser disse...

Eu assisti a "A Síndrome de Berlim" e achei o seu conceito interessante. Mas o filme deixar a desejar demais em alguns aspectos. É difícil acreditar que a logística do personagem de Max Riemelt para o encarceramento seja capaz de funcionar da forma que foi feita. O roteiro precisava de mais atenção. Uma pena.

abraço

https://marcelokeiser.blogspot.com/2018/03/critica-sindrome-de-berlim-um-filme-de.html

Hugo disse...

Luli - Os dois filmes tem boas premissas, mas falham no desenvolvimento da história.

Marcelo - O roteiro tem vários furos e narrativa é bastante cansativa.

Abraço