sexta-feira, 7 de junho de 2019

A Natureza do Tempo

A Natureza do Tempo (En Attendant les Hirondelles, França / Argélia / Alemanha, 2017) – Nota 7
Direção – Karim Moussaoui
Elenco – Mohamed Djouhri, Hania Amar, Hassan Kachach, Mehdi Ramdani, Sonia Mekkiou, Aure Atika.

Na Argélia, três histórias são interligadas por pequenas situações. O veterano engenheiro Mourad (Mohamed Djouhri) precisa lidar com a ex-mulher, com o filho que está prestes a desistir do curso de medicina e com a esposa atual que deseja voltar para França. Ao se tornar testemunha de um determinado fato, Mourad é obrigado a tomar um decisão. 

A segunda trama segue o motorista de Mourad, Djalil (Mehdi Ramdani), que é contratado para levar a família do vizinho até uma cidade do interior para o casamento da filha mais velha (Hania Amar). O problema é que existe uma atração entre a jovem noiva e Djalil. 

A terceira trama tem como protagonista o médico Dahman (Hassan Kachach), que está prestes a se casar quando descobre que está sendo acusado por uma mulher de algo grave que ele teria cometido quando era jovem. 

O grande acerto desta produção argelina é a simplicidade da narrativa e a forma como as pequenas surpresas afetam a vida dos personagens, que são pessoas comuns. 

O diretor parece ter um fetiche por filmar automóveis em movimento. São várias sequências em que ele provavelmente com uma câmera em cima de um caminhão filma o automóvel de algum personagem em movimento pelas ruas da cidade e também pela estrada deserta. São interessantes também as locações que variam da cidade para o interior e a citada estrada. 

Por outro lado, o filme perde alguns pontos pela falta de fechamento para as histórias. Outro ponto estranho é uma sequência musical surreal no meio do deserto, que lembra as produções indianas. 

É um longa indicado para quem gosta de obras produzidas em países fora do eixo comum ao cinema.

2 comentários:

Luli Ap. disse...

Ounnn puxa eu tinha me interessado demais até a parte em que vc diz que não tem final para as histórias.
Fica em aberto?
Tipo a gente imagina o final ou simplesmente passa para outra narrativa?
Talvez seja exatamente assim a vida real...

Hugo disse...

Luli - As histórias não entregam respostas definitivas.

Bjs