Oro (Oro, Espanha, 2017) – Nota 7
Direção – Agustin Diaz Yanez
Elenco – Raul Arévalo, Bárbara Lennie, Oscar Jaenada, Jose
Coronado, José Manuel Cervino, Antonio Dechent, Luis Callejo, Anna Castillo,
Juan José Ballesta, Andrés Gertrudix.
Floresta Amazônia, século XVI. Uma expedição espanhola
liderada por Don Gonzalo (José Manuel Cervino) procura uma lendária cidade de
ouro.
Cansado pela idade, Don Gonzalo tenta manter seu poder em meio a um grupo
heterogêneo de espanhóis e indígenas que sonham com o ouro e alguns também em
possuir a bela esposa do líder (Bárbara Lennie), que por seu lado deseja o soldado
Martin Dávila (Raul Arévalo).
O violento capitão Gorriamendi (Oscar Jaenada)
comanda alguns homens, enquanto o veterano sargento Bastaurrés (Jose Coronado)
tenta manter a paz em meio a um inevitável conflito.
Esta produção espanhola me
surpreendeu de forma positiva. O roteiro explora com competência a
questão da ambição por riqueza e poder, além da luta entre homem e natureza,
sem contar os confrontos com os indígenas.
As ótimas locações, as boas cenas de
ação, a violência e o clima de tensão são destaques. A recriação do que seria
uma expedição é bastante realista, com os soldados brutos, sujos e prontos para matar
ou morrer.
Para quem gosta do gênero, este longa é uma boa opção.
Os Últimos das Filipinas (1898. Los Últimos de Filipinas,
Espanha, 2016) – Nota 6,5
Direção – Salvador Calvo
Elenco – Luis Tosar, Javier Gutierrez, Alvaro Cervantes,
Karra Elejalde, Carlos Hipólito, Eduard Fernandez.
Ilha de Baler, Filipinas, 1898. Um grupo que luta pela
independência do país ataca e mata praticamente todo um batalhão de soldados
espanhóis. Tentando ainda manter a colônia, a Espanha envia um novo batalhão
liderado pelo capitão De Las Morenas (Eduard Fernandez) e pelo tenente Martin
Cerezo (Luis Tosar). O grupo recheado de jovens soldados inexperientes, logo se
vê encurralado pelos locais no terreno de uma igreja. É o início de uma longa
batalha.
Baseado na história real do último regimento espanhol que lutou nas
Filipinas, este longa tem uma boa premissa, algumas situações interessantes e
uma narrativa bastante irregular. Ao mesmo tempo em que a longa duração de mais
de duas horas deixa o filme um pouco cansativo, o roteiro também se mostra
picotado por perder tempo em detalhes ao ter que cobrir um conflito que durou
bastante tempo.
A passagem do tempo se mostra confusa e algumas situações como a
questão dos alimentos é muito mal explicada. A cenas de batalha são sangrentas
e a relação entre os soldados tensas. O roteiro ainda coloca em
discussão a questão da obediência cega dos militares frente a uma luta praticamente perdida.
Pela qualidade da produção e a boa premissa, era esperado um filme bem melhor.
2 comentários:
Gostei da premissa dos dois filmes, pena que Os últimos das Filipinas 1898 seja cansativo, mas Oro entrou na lista dos desejados para assistir.
Gosto de películas realistas e ainda mais que vc disse que surpreendeu.
Indicação devidamente anotada.
Bjs Luli
https://cafecomleituranarede.blogspot.com.br
Luli - Os filmes tem boas premissas, mas "Oro" é bem melhor desenvolvido.
Bjs
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