segunda-feira, 4 de junho de 2018

O Relógio Verde & Envolto nas Sombras


O Relógio Verde (The Big Clock, EUA, 1948) – Nota 8
Direção – John Farrow
Elenco – Ray Milland, Charles Laughton, Maureen O’Sullivan, George Macready, Rita Johnson, Elsa Lanchester.

George Stroud (Ray Milland) é um executivo de uma grande editora que planeja sair de férias com sua esposa Georgette (Maureen O’Sullivan) após anos de trabalho sem descanso para o empresário Earl Janoth (Charles Laughton). 

Especialista em encontrar pessoas que se escondem por causa de escândalos ou que são foragidas da lei, George é pressionado por Janoth para aceitar mais um trabalho ao invés de sair de férias. A crise que se instala entre os dois aumenta quando a bela atriz Pauline (Rita Johnson), que é amante de Janoth, decide se aproximar de George. 

Este ótimo longa noir tem como ponto principal a rocambolesca trama, em que o protagonista vivido por Ray Milland utiliza toda sua inteligência e criatividade para resolver um crime que ocorre no meio da história. 

Destaque também para o trabalho do esquecido diretor John Farrow, que consegue imprimir um ritmo ágil e criar soluções divertidas para manter o suspense, com a maioria destas cenas filmadas dentro do edifício da editora. 

As atuações de Ray Milland e do grande Charles Laughton são outros positivos, com o segundo perfeito como o empresário arrogante. 

É uma ótima opção para que gosta de longas antigos do gênero.

Envolto nas Sombras (The Dark Corner, EUA, 1946) – Nota 7
Direção – Henry Hathaway
Elenco – Mark Stevens, Lucille Ball, Clifton Webb, William Bendix, Kurt Krueger, Cathy Downs.

Após cumprir dois anos de prisão, Bradford Galt (Mark Stevens) tenta retomar a vida como detetive particular. Ao ser seguido por um estranho (William Bendix), Galt acredita que o sujeito esteja trabalhando para seu antigo parceiro Tony Jardine (Kurt Krueger). 

Quando Jardine é assassinado, Galt se torna o principal suspeito. Com a ajuda de sua secretária (Lucille Ball), o detetive precisa descobrir quem encomendou o assassinato e assim provar sua inocência. 

Este competente longa de estilo noir inclui ainda um velho milionário (Clifton Webb) e sua jovem esposa interesseira (Cathy Downs), resultando numa trama repleta de mentiras, traições e violência. 

O diretor Henry Hathaway era uma verdadeiro operário de Hollywood. Dos anos trinta até o início dos setenta, Hathaway dirigiu quase setenta filmes, a maioria deles policiais e westerns, com destaque para “Os Filhos de Katie Elder” e o original “Bravura Indômita”, os dois protagonizados por John Wayne. 

A curiosidade neste longa que comento é a participação da atriz Lucille Ball em um papel sério. Ela que no início dos anos cinquenta, ainda nos primórdios da tv, ficaria famosa com o seriado “I Love Lucy”. Ela repetiu a personagem Lucy em diversos filmes para a tv e em cinco versões do seriado em épocas diferentes. 

4 comentários:

Pedrita disse...

ah, esse eu vi faz tempo. fiquei pregada na cama, pq em casa eu vejo na cama e não na cadeira, não queria largar. http://mataharie007.blogspot.com/2008/09/o-relgio-verde.html

Hugo disse...

Pedrita - Gostei bastante também da agitada trama.

Bjos

Luli Ap. disse...

Apesar de amar suspense, não sou muito boa em acompanhar filmes noir, sempre me perco no transcorrer da narrativa ou perco algum detalhe importante.
Mas vou anotar aqui, gostei da premissa dos dois filmes.
Bjs Luli

Hugo disse...

Luli - O gênero tem vários filmes bons. Este "O Relógio Verde" é um deles.

Bjos