Anjos de Cara Suja (Angels With Dirty Faces, EUA, 1938) –
Nota 8
Direção – Michael Curtiz
Elenco – James Cagney, Pat O’Brien, Humphrey Bogart, Ann
Sheridan, George Bancroft.
Em um violento bairro de Nova York, Rocky Sullivan (James
Cagney) é um gângster admirado pelas crianças, enquanto o Padre Jerry (Pat O’Brien)
faz de tudo para manter os garotos longe da vida de crimes. Os dois eram amigos
de infância, mas seguiram caminhos diferentes quando adultos. Quando o Padre
Jerry convence Rocky a não matar um inimigo e assim não se mostrar um péssimo exemplo
para as crianças, o fato desencadeia duras consequências na vida do gângster.
Esqueça a Manhattan moderna, aqui vemos uma Nova York pobre, com bairros violentos
tomados por bandidos e imigrantes. Neste contexto, o diretor Michael Curtiz
explora um tema comum as periferias do Brasil atual, onde os bandidos são
vistos com glamour por parte da população influenciando crianças e
adolescentes. Do outro lado, a Igreja tentando fazer um trabalho social para
salvar as crianças do mundo do crime.
Os diálogos entre os personagens de James
Cagney e Pat O’Brien são tão fortes como as cenas de violência, inclusive o
famoso clímax.
O papel de gângster neste filme marcou a carreira de James
Cagney, que se especializou em personagens durões.
Vale destacar ainda a
participação de Humphrey Bogart como um bandido rival de Cagney.
Scarface – A Vergonha de uma
Nação (Scarface, EUA, 1932) – Nota 8
Direção – Howard Hawks
Elenco – Paul Muni, Ann Dvorak,
Karen Morley, Osgood Perkins, C. Henry Gordon, George Raft, Boris Karloff.
Toni “Scarface” Camonte (Paul Muni) é um bandido ambicioso que não mede
atitudes para chegar ao topo do mundo do crime na Chicago dos anos trinta. Ele
assassina um rival para ganhar pontos com o chefão da organização, porém seu objetivo também é tomar o comando.
Ao mesmo tempo, Toni sente ciúmes da irmã (Ann Dvorak) que se está envolvida com outro bandido (George Raft).
Inspirado na carreira de Al Capone, este longa
dirigido pelo grande Howard Hawks criou um estilo para os filmes de gângsteres
que é explorado até hoje. A ambição pelo poder, a violência, a corrupção e as
traições são pontos que se tornaram obrigatórios nos filmes do gênero.
É
interessante destacar a violência acima do padrão normal dos filmes da época,
além da caracterização que marcou a carreira do então astro Paul Muni.
A refilmagem
comandada por Brian De Palma cinquenta anos depois também é um grande filme,
com a diferença de que a violência é levada as últimas consequências e o
personagem de Al Pacino sendo quase um psicopata.
4 comentários:
Não sabia que Scarface era refilmagem com Al Pacino.
Assisti ontem na Sky, Can Can.
Com Franky Sinatra ainda novinho.
Liliane - O original é um grande clássico do cinema, para muitos até melhor que o filme com Al Pacino.
Este filme com Frank Sinatra eu não assisti.
Bjos
Que belo revival, Hugo. Dois clássicos absolutos do gênero. Adoro filmes de Gangster, principalmente com James Cagney. "Anjos de Cara Suja" era bem violento na época e até para os padrões de hoje. O verdadeiro filme com caras durões. A Warner foi especialista no gênero.
Abraço.
Rodrigo - São filmes que se tornaram exemplos para o gênero. Muitas das ideias são utilizadas até hoje.
Abraço
Postar um comentário