domingo, 27 de janeiro de 2013

A Grande Arte e Bufo & Spallanzani


A Grande Arte (Exposure, Brasil / Estados Unidos, 1991) – Nota 6,5
Direção – Walter Salles
Elenco – Peter Coyote, Tcheky Karyo, Amanda Pays, Raul Cortez, Giulia Gam, Eduardo Conde, Raul Ruiz, Miguel Angel Fuentes, Cassia Kiss, Tony Tornado, Tonico Pereira.

O fotógrafo americano Peter Mandrake (Peter Coyote) chega ao Rio de Janeiro com a namorada Mariet (Amanda Pays) com o objetivo de fazer um livro de fotos sobre a cidade. Durante o trabalho, ele se aproxima da prostituta Gisela (Giulia Gam) que acaba assassinada. Para piorar, sua namorada é violentada. Em busca de vingança, Peter decide aprender o manuseio de facas com o francês Hermes (Tcheky Karyo) e passa a investigar os dois casos, situação que o levará a Santa Cruz de La Sierra na Bolívia. 

Baseado num romance de Ruben Fonseca, este filme marcou a estreia de Walter Salles na direção de um longa de ficção e apesar de ter chamado a atenção por ser uma co-produção americana e pelo elenco internacional, o filme fica aquém do esperado. O roteiro apresenta algumas soluções confusas e a narrativa não empolga, deixando o filme com cara de produção policial para tv. 

É uma pena, a premissa tinha potencial para um resultado bem melhor.

Bufo & Spallanzani (Brasil, 2001) – Nota 7
Direção – Flávio R. Tambellini
Elenco – José Mayer, Tony Ramos, Isabel Guéron, Zezé Polessa, Gracindo Júnior, Maitê Proença, Matheus Nachtergaele, Juca de Oliveira, Milton Gonçalves, Dirce Migliaccio.

Uma mulher (Maitê Proença) é assassinada dentro de um carro. O detetive responsável pelo caso é Guedes (Tony Ramos), que logo descobre que ela era esposa de um empresário do ramo de seguros, o canalha Eugênio Delamare (Gracindo Júnior). Em seguida, Guedes é procurado pelo escritor Gustavo Flávio (José Mayer) que confessa ser amante da mulher assassinada e que diz ter medo de ser assassinado também, pois tem certeza que a mulher foi morta a mando do marido que sabia do affair. Em paralelo, a trama volta alguns anos quando o investigador de seguros Ivan Canabrava (José Mayer também) descobre um golpe milionário na empresa de Delamare e passa a correr perigo pelo fato. 

Baseado num livro de Ruben Fonseca, este longa marcou a estreia na direção de Flávio R. Tambellini, filho do também diretor Flávio Tambellini, responsável por filmes produzidos nos anos setenta, como o policial “A Extorsão”. O diretor novato consegue criar um clima de suspense com as idas e vindas da história, mesmo com um roteiro que falha em alguns momentos, principalmente na solução da trama. 

Vale destacar no elenco a atuação de José Mayer, da bela e desinibida Isabel Guerón e até de Tony Ramos, que cria um polícia honesto e mostra que é bom ator, pena que na maioria do tempo desperdice seu talento trabalhando em novelas. 

O resultado é um interessante longa policial, com uma trama complexa e bons personagens.

4 comentários:

Gilberto Carlos disse...

Achei A grande arte interessante. Desde seu primeiro filme, Walter Salles já dava sinais de que tinha uma "queda" pelo cinema americano.
Buffo e Spallanzani também é muito bom.

Hugo disse...

Gilberto - Mesmo sendo interessante, "A Grande Arte" está abaixo do talento de Walter Salles.

Abraço

Nani disse...

Pela sinopse, achei que "A Grande Arte" pareceu meio forçado. Não me empolguei para ver

Hugo disse...

Nani - A Grande Arte é um longa um pouco pretensioso, mas apenas interessante.