A Grande Arte (Exposure, Brasil / Estados Unidos, 1991) –
Nota 6,5
Direção – Walter Salles
Elenco – Peter Coyote, Tcheky Karyo, Amanda Pays, Raul
Cortez, Giulia Gam, Eduardo Conde, Raul Ruiz, Miguel Angel Fuentes, Cassia
Kiss, Tony Tornado, Tonico Pereira.
O fotógrafo americano Peter Mandrake (Peter Coyote) chega ao
Rio de Janeiro com a namorada Mariet (Amanda Pays) com o objetivo de fazer um
livro de fotos sobre a cidade. Durante o trabalho, ele se aproxima da prostituta
Gisela (Giulia Gam) que acaba assassinada. Para piorar, sua namorada é
violentada. Em busca de vingança, Peter decide aprender o manuseio de facas com
o francês Hermes (Tcheky Karyo) e passa a investigar os dois casos, situação
que o levará a Santa Cruz de La Sierra na Bolívia.
Baseado num romance de Ruben
Fonseca, este filme marcou a estreia de Walter Salles na direção de um longa de
ficção e apesar de ter chamado a atenção por ser uma co-produção americana e
pelo elenco internacional, o filme fica aquém do esperado. O roteiro apresenta
algumas soluções confusas e a narrativa não empolga, deixando o filme com cara
de produção policial para tv.
É uma pena, a premissa tinha potencial para um
resultado bem melhor.
Bufo & Spallanzani (Brasil, 2001) – Nota 7
Direção – Flávio R. Tambellini
Elenco – José Mayer, Tony Ramos, Isabel Guéron, Zezé
Polessa, Gracindo Júnior, Maitê Proença, Matheus Nachtergaele, Juca de
Oliveira, Milton Gonçalves, Dirce Migliaccio.
Uma mulher (Maitê Proença) é assassinada dentro de um carro.
O detetive responsável pelo caso é Guedes (Tony Ramos), que logo descobre que ela
era esposa de um empresário do ramo de seguros, o canalha Eugênio Delamare
(Gracindo Júnior). Em seguida, Guedes é procurado pelo escritor Gustavo Flávio
(José Mayer) que confessa ser amante da mulher assassinada e que diz ter medo
de ser assassinado também, pois tem certeza que a mulher foi morta a mando do
marido que sabia do affair. Em paralelo, a trama volta alguns anos quando o
investigador de seguros Ivan Canabrava (José Mayer também) descobre um golpe
milionário na empresa de Delamare e passa a correr perigo pelo fato.
Baseado
num livro de Ruben Fonseca, este longa marcou a estreia na direção de Flávio R.
Tambellini, filho do também diretor Flávio Tambellini, responsável por filmes produzidos
nos anos setenta, como o policial “A Extorsão”. O diretor novato consegue criar
um clima de suspense com as idas e vindas da história, mesmo com um roteiro que
falha em alguns momentos, principalmente na solução da trama.
Vale destacar no
elenco a atuação de José Mayer, da bela e desinibida Isabel Guerón e até de
Tony Ramos, que cria um polícia honesto e mostra que é bom ator, pena que na
maioria do tempo desperdice seu talento trabalhando em novelas.
O resultado é
um interessante longa policial, com uma trama complexa e bons personagens.
4 comentários:
Achei A grande arte interessante. Desde seu primeiro filme, Walter Salles já dava sinais de que tinha uma "queda" pelo cinema americano.
Buffo e Spallanzani também é muito bom.
Gilberto - Mesmo sendo interessante, "A Grande Arte" está abaixo do talento de Walter Salles.
Abraço
Pela sinopse, achei que "A Grande Arte" pareceu meio forçado. Não me empolguei para ver
Nani - A Grande Arte é um longa um pouco pretensioso, mas apenas interessante.
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