quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

A Caixa

A Caixa (The Box, EUA, 2005) – Nota 5,5
Direção – Richard Kelly
Elenco – Cameron Diaz, James Marsden, Frank Langella, James Rebhorn, Holmes Osborne, Sam Oz Stone, Celia Weston.

Virginia, 1976, o casal Norma (Cameron Diaz) e Arthur (James Marsden) vive com o filho pré-adolescente Walter (Sam Oz Scott) em uma casa no subúrbio. Norma é uma corretora de imóveis e Arthur trabalha como cientista na Nasa, tendo a esperança de ser aprovado para se tornar astronauta. 

Num certo dia, alguém deixa um pacote na porta do casal e desaparece. Norma abre o pacote e descobre uma estranha caixa e um bilhete dizendo que alguém virá visitá-los no dia seguinte em determinado horário. No horário marcado, Norma recebe um sujeito com o rosto deformado que se apresenta como Arlington Steward (Frank Langella) que faz uma estranha proposta: A caixa tem um botão que ser for apertado alguém morrerá e quem apertar o botão receberá um milhão de dólares em dinheiro. O sujeito mostra o dinheiro e diz que a Norma terá um dia para decidir o que fazer. Se ela desistir, ele fará a proposta para outra pessoa. A cabeça de Norma entra em parafuso, enquanto o marido Arthur pensa que aquilo deve ser um trote de amigos. 

Esta instigante premissa é baseada num conto de Richard Matheson, escritor conhecido por histórias de terror, ficção e suspense e colaborador do antigo seriado “Além da Imaginação”, que por sinal já utilizou este conto em um episódio da série nos anos oitenta. 

Se o início deixa o espectador curioso, o desenrolar da trama decepciona. O que aparentava ser um suspense misturado com conspiração, se torna uma trama fria e pretensiosa, que mistura frases de efeito (Sartre é citado), filosofia barata e sequências sem explicação, até um final forte, mas ao mesmo tempo exagerado. 

O diretor Richard Kelly parece que não consegue se livrar das amarras do sensacional “Donnie Darko”, que ao invés de partir para projetos com estilo diferente, deixa a impressão de que deseja sempre criar algo cult e filosófico. Kelly errou feio no péssimo “Southland Tales” e aqui mesmo conseguindo um resultado melhor, ainda fica longe de comprovar o talento que parecia ter. 

7 comentários:

Amanda Aouad disse...

Apesar de tudo ainda tenho curiosidade em relação a esse filme. Quem sabe um dia...

bjs

Marcelo Keiser disse...

Depois de ver "Southland Tales", nem curiosidade tenho! rssrss

abraço

marcelokeiser.blogspot.com.br

Nani disse...

Pseudointelectual? Critocarei com prazer um dia!

Hugo disse...

Amanda - A premissa é ótima, mas o filme deixa a desejar.

Marcelo - Southland Tales é um absurdo de tão ruim.

Nani - É um ótimo exemplar para crítica fortes.

Abraço

Jenifer Torres disse...

O filme nos faz refletir bastante. Mas a trama é conduzida de forma um tanto quanto estranha.

bia santos disse...

Eu gostei muito desse filme.
Principalmente a parte em que o cara fala que vivemos em uma caixa, sentamos e olhamos para uma caixa, vamos trabalhar em uma caixa e no fim nossa morada eterna será uma caixa.
O dinheiro sempre fala mais alto, enfim, se alguém vai morrer, desde que não sejamos nós é fácil apertar o botão. Você apertaria?

Hugo disse...

Jennifer - Boa parte do filme é confuso e cheio de filosofia barata.

Bia - Com certeza não apertaria.

Abraço