Millennium (Millennium, EUA, 1996 a 1999)
Elenco - Lance Henriksen, Megan Gallagher, Terry O'Quinn, Brittany Tiplady, Klea Scott, Bill Smitrovich.
Criador - Chris Carter
Quando o seriado "Arquivo X" estava no auge em 1996, o criador Chris Carter tinha carta branca para novos projetos e apostou nesta ótima série que misturava violência e terror com pitadas de religião e paranormalidade.
O personagem principal é o ex-agente do FBI Frank Black (Lance Henriksen), que largou o emprego em San Francisco e se mudou para Seattle em busca de uma vida tranquila com a esposa (Megan Gallaher) e filha pequena (Brittany Tiplady), porém por ter um dom fora do comum, Frank acaba sendo convidado por Peter Watts (Terry O'Quinn, o Locke de "Lost) para participar do "Grupo Millennium", onde atuam ex-agentes do FBI dotados de habilidades específicas e até paranormais, como no caso de Frank, que consegue ver os crimes cometidos através dos olhos dos assassinos.
A primeira temporada se destacou pela violência dos crimes investigados e a quantidade de psicopatas caçados pela FBI com a ajuda do Grupo Millennium, porém o desenrolar da série levou a outras situações interessantes, como ao mostrar uma divisão dentro do grupo, com uma pequena parte acreditando que as atitudes do homem em relação à Terra faria com que a natureza devastasse o mundo através de catástrofes naturais e a grande maioria dos integrantes sendo religiosos, acreditavam que o apocalipse estaria próximo.
A grande sacada de Chris Carter foi utilizar a proximidade da virada do século para criar um seriado com clima de fim de mundo, mostrando que o mal vinha do próprio homem através dos crimes hediondos retratados a cada episódio, com o personagem de Lance Henriksen sofrendo cada vez que era testemunha destes crimes.
Apesar do sucesso da primeira temporada, parte da crítica não gostou da violência excessiva e aproveitando que na segunda temporada Chris Carter se afastou um pouco para escrever o roteiro e acompanhar as filmagens de "Arquivo X - O Filme", os novos responsáveis Glenn Morgan e James Wong (parceiros de Carter e que criariam o filme "Premonição") deram maior ênfase ao terror psicológico e mantiveram a qualidade dos roteiros. Mesmo assim, quando a terceira temporada foi ao ar, logo os produtores resolveram cancelar a série que ainda tinha potencial para continuar alegando que o excesso de violência fez a audiência cair.
Após o cancelamento, Carter que continuava a todo vapor com "Arquivo X", ainda desenvolveu outras duas séries que tinham potencial, mas foram abortadas após poucos episódios.
Em "Harsh Realm", Scott Bairstow era um veterano soldado da Guerra dos Balcãs que ao voltar para os Estados Unidos se descobria preso a uma realidade virtual criada pelo governo. Foram produzidos nove episódios e após apenas três deles irem ao ar, a séria foi cancelada.
Já "The Lone Gunmen" era um spin-off de "Arquivo X", que tinha como protagonistas três personagens eventuais dos seriado, os veteranos nerds chamados de "Pistoleiros Solitários", que investigavam crimes e principalmente acreditavam na teoria do segundo atirador do assassinato de Kennedy. Era uma série com mais potencial que "Harsh Realm", porém durou apenas treze episódios.
Depois destes fracassos e do final de "Arquivo X", Chris Carter se afastou da telinha e reapareceria para o público apenas em 2008 dirigido para o cinema "Arquivo X - Eu Quero Acreditar".
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