9mm: São Paulo (Brasil, 2008 a 2009)
Criadores: Roberto D'Ávila, Carlos Amorim e Newton Cannito
Direção: Michael Ruman
Elenco: Norival Rizzo, Luciano Quirino, Clarissa Kiste, Marcos Cesana, Nicolas Trevijano.
Em 2008 o Canal Fox produziu este ótimo seriado policial tendo a cidade de São Paulo com cenário. A princípio foram exibidos quatro episódios que chamaram a atenção do público e fez com a Fox desse sinal verde para a produção de outro nove para completar a primeira temporada. No ano seguinte foram produzidos outros sete episódios para a segunda temporada, que por algum motivo foram ao ar apenas agora em 2011.
A história foca em cinco personagens, sendo o mais forte o veterano detetive Horácio (Norival Rizzo), sujeito rude que trabalhou num grupo de torturadores na época da ditadura e ainda perdeu um filho que era viciado em drogas. Os demais personagens são o delegado Eduardo Vilaverde (Luciano Quirino), que é negro e filho de um policial aposentado com quem não tem boa relação, a investigadora Luisa (Clarisse Kiste) que é divorciada e além de enfrentar o preconceito por ser mulher, tem de cuidar da filha adolescente. Temos ainda o detetive Tavares (Marcos Cesana), sujeito que cresceu num bairro pobre onde vários amigos se tornaram bandidos e precisa e usar seu jogo de cintura para se relacionar com estes dois mundos, o que nem sempre dá certo. O último personagem é o jovem investigador 3P (Nicolas Trevijano), sujeito de pavio curto que precisa lidar com um primo que é policial corrupto.
Os personagens são muito bem explorados pelo roteiro que mostra a vida e os problemas de cada um deles, tantos na questão profissional, quanto no pessoal, principalmente situações do passado que influenciam o dia a dia. A interpretação do quinteto também é de primeira, mostrando personagens muitos próximos da realidade, com erros e acertos, longe dos policiais heroicos que vemos normalmente em filmes e seriados.
O roteiro também é perfeito e muito próximo da realidade ao mostrar a dificuldade da polícia nas investigações, onde faltam estrutura e apoio, além da questão política e da corrupção. Aqui vemos claramente as conturbadas relações entre delegados, promotores, corregedoria e secretaria de segurança, que muitas vezes travam uma batalha política interna, vista como sendo mais importante do que a resolução dos crimes.
Além da questão política, os episódios tocam em diversos temas como assassinatos, sequestros, tráfico de drogas, facções criminosas, corrupção policial e até as torturas da época do ditadura.
O ponto mais fraco são alguns coadjuvantes um pouco exagerados, principalmente nos primeiros episódios. A escolha destes papéis melhora a partir da metade da primeira temporada, mas isso não diminui o impacto e a qualidade da série.
O final da série deixa margem para novos episódios, mesmo acreditando que isso não deva acontecer, tanto pela demora de dois na exibição da segunda temporada na tv, como pela morte do ator Marcos Cesana em 2002. Seu personagem Tavares tinha grande importância na trama e os produtores teriam de inventar algo para continuar a história sem ele.
Em 2008 o Canal Fox produziu este ótimo seriado policial tendo a cidade de São Paulo com cenário. A princípio foram exibidos quatro episódios que chamaram a atenção do público e fez com a Fox desse sinal verde para a produção de outro nove para completar a primeira temporada. No ano seguinte foram produzidos outros sete episódios para a segunda temporada, que por algum motivo foram ao ar apenas agora em 2011.
A história foca em cinco personagens, sendo o mais forte o veterano detetive Horácio (Norival Rizzo), sujeito rude que trabalhou num grupo de torturadores na época da ditadura e ainda perdeu um filho que era viciado em drogas. Os demais personagens são o delegado Eduardo Vilaverde (Luciano Quirino), que é negro e filho de um policial aposentado com quem não tem boa relação, a investigadora Luisa (Clarisse Kiste) que é divorciada e além de enfrentar o preconceito por ser mulher, tem de cuidar da filha adolescente. Temos ainda o detetive Tavares (Marcos Cesana), sujeito que cresceu num bairro pobre onde vários amigos se tornaram bandidos e precisa e usar seu jogo de cintura para se relacionar com estes dois mundos, o que nem sempre dá certo. O último personagem é o jovem investigador 3P (Nicolas Trevijano), sujeito de pavio curto que precisa lidar com um primo que é policial corrupto.
Os personagens são muito bem explorados pelo roteiro que mostra a vida e os problemas de cada um deles, tantos na questão profissional, quanto no pessoal, principalmente situações do passado que influenciam o dia a dia. A interpretação do quinteto também é de primeira, mostrando personagens muitos próximos da realidade, com erros e acertos, longe dos policiais heroicos que vemos normalmente em filmes e seriados.
O roteiro também é perfeito e muito próximo da realidade ao mostrar a dificuldade da polícia nas investigações, onde faltam estrutura e apoio, além da questão política e da corrupção. Aqui vemos claramente as conturbadas relações entre delegados, promotores, corregedoria e secretaria de segurança, que muitas vezes travam uma batalha política interna, vista como sendo mais importante do que a resolução dos crimes.
Além da questão política, os episódios tocam em diversos temas como assassinatos, sequestros, tráfico de drogas, facções criminosas, corrupção policial e até as torturas da época do ditadura.
O ponto mais fraco são alguns coadjuvantes um pouco exagerados, principalmente nos primeiros episódios. A escolha destes papéis melhora a partir da metade da primeira temporada, mas isso não diminui o impacto e a qualidade da série.
O final da série deixa margem para novos episódios, mesmo acreditando que isso não deva acontecer, tanto pela demora de dois na exibição da segunda temporada na tv, como pela morte do ator Marcos Cesana em 2002. Seu personagem Tavares tinha grande importância na trama e os produtores teriam de inventar algo para continuar a história sem ele.
2 comentários:
Outro dia vi um episódio, e penso que é louvável a tentativa. Principalmente no Brasil que são raras as séries com este enfoque, haja vista o curto espaço para exibição nos canais abertos.
http://algunsfilmes.blogspot.com/
Marcos - O seriado foi mais que uma tentativa, acabou sendo um acerto.
São 20 episódios que valem ser assistidos.
Abraço
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