terça-feira, 19 de julho de 2011

O Gato Preto & A Morta-Viva


O Gato Preto (The Black Cat, EUA, 1934) – Nota 7
Direção – Edgar G. Ulmer
Elenco – Boris Karloff, Bela Lugosi, David Manners, Jacqueline Wells.

Viajando no Expresso do Oriente, o casal Peter (David Manners) e Joan (Jacqueline Wells) são obrigados a dividir a cabine com o sinistro Dr. Vitus Werdegast (Bela Lugosi). Chegando em uma cidade próxima aos Montes Cárpatos, o trio passa a viajar de carro e sofre um acidente onde morre o motorista. Como estão perto da casa de um conhecido do Dr. Vitus, eles resolvem se abrigar no local naquela noite. A casa pertence ao estranho Hjalmar Poelzig (Boris Karloff), que logo fica atraído pela bela Joan, além de esconder um terrível e segredo e na verdade se um inimigo do Dr. Vitus, que deseja resolver um problema do passado. 

Baseado num conto de Edgar Allan Poe, o longa reúne dois mitos do gênero, o grande Boris Karloff que dedicou praticamente toda a sua carreira aos filmes de terror e está imortalizado pelo papel de “Frankenstein” e o húngaro Bela Lugosi, o eterno “Drácula”. Por sinal, o ator David Manners também trabalhou com Lugosi no clássico “Drácula” de 1931. 

Lógico que o filme não assusta nos dias de hoje, mas apenas o clima sinistro desta produção já vale a sessão. 

A Morta-Viva (I Walked with a Zombie, EUA, 1943) – Nota 7
Direção – Jacques Tourneur
Elenco – Frances Dee, James Ellison, Tom Conway, Edith Barrett, James Bell, Christine Gordon.

A jovem enfermeira Betsy Connell (Frances Dee) é contratada para trabalhar numa ilha do Caribe na casa da família Holland. Seu trabalho será cuidar de Jessica (Christine Gordon) que teve uma doença tropical e sua mente desligou. Ela ainda anda, mas não fala e nem ouve, vivendo praticamente como um zumbi. A bondade de Betsy mexerá com as outras pessoas da casa, o marido Paul (Tom Conway) é um sujeito amargo que vive em conflito com o meio-irmão Wesley (James Ellison), ficando a mãe (Edith Barrett) no meio da situação. Os habitantes locais são praticantes do vodu e toda a noite usam tambores para seus rituais, o que desperta a curiosidade em Betsy que começa a acreditar que pode salvar Jessica através do vodu. 

Este diferente filme foi dirigido pelo bom Jacques Tourneur que fez vários longas de suspense e terror durante a carreira, como “Sangue de Pantera” e “Farsa Trágica” e aqui cria uma clima de suspense interessante, utilizando a crença no vodu como um dos temas principais, fato raro em qualquer produção da época.

Outro ponto positivo da carreira de Tourneur é o uso da sugestão para assustar o público, o que com certeza aconteceu na época.

4 comentários:

Anônimo disse...

AHHH!! Eu estava há um tempão atrás desse filme "O Gato Preto"!!!
Li um livro do Poe (uns anos atrás), que foi sucesso absoluto na escola. :D
Todo mundo leu o livro fascinado por causa desse conto. ^^

Vou conferir!!
Ótima dica.

Bjs ;)

Hugo disse...

Ana - Para quem gosta do gênero é um filme bem legal, que as vezes passa no Canal TCM.

Bjos

Rodrigo Mendes disse...

Simplesmente adoro! E de "Os Assassinatos Da Rua Morgue" Idem!
Abs!

Hugo disse...

Rodrigo - Boa lembrança, "Os Assassinatos da Rua Morgue" também um clássico B do terror/suspense.

Abraço