sábado, 16 de julho de 2011

Noites Violentas no Brooklin & Garotos Mortos Não Podem Voar


Noites Violentas no Brooklyn  (Last Exit to Brooklyn, EUA / Inglaterra /Alemanha Ocidental, 1989) – Nota 7
Direção – Uli Edel
Elenco – Stephen Lang, Jennifer Jason Leigh, Burt Young, Peter Dobson, Jerry Orbach, Stephen Baldwin, Sam Rockwell, John Costelloe, Ricki Lake, Alexis Arquette.

Baseado num livro de Hubert Selby Jr (escritor do livro que deu origem a “Réquiem para um Sonho), este longa se passa no bairro do Brooklin em Nova York nos anos cinquenta, com vários personagens marginais tendo suas vidas cruzados. 

O personagem principal é o maquinista Harry Black (Stephen Lang), que é casado e faz parte do sindicato, porém muda sua vida quando se sente atraído por um travesti (Alexis Arquette), que por seu lado tem relação com um jovem (Peter Dobson). Na região ainda vive a bela prostituta Tralala (Jennifer Jason Leigh) que será vítima de um ato de violência, além do truculento Big Joe (Burt Young) que não aceita a gravidez da filha (Ricky Lake) e resolve dar uma lição no pai da criança (John Costelloe). 

O livro de Selby é considerado uma obra marginal por retratar com violência personagens que vivem à beira da sociedade numa época em que o preconceito era muito maior que nos dias atuais.

Garotos Mortos Não Podem Voar (Dead Boyz Can’t Fly, EUA, 1992) – Nota 6
Direção – Howard Winters (Cecil Howard)
Elenco – David John, Brad Friedman, Ruth Collins, Jason Stein, Daniel J. Johnson.

Buzz (Jason Stein) é um jovem desajustado que acaba ignorado durante uma entrevista de emprego e arma uma vingança junto com dois amigos drogados (Brad Friedman e Daniel J. Johnson). O trio invade o edifício onde está a agência de empregos, violenta e mata a secretaria do dono, uma bela loira que riu do jovem. Em seguida, Buzz faz os amigos acreditarem que no prédio existem drogas para serem roubadas. O trio toma de assalto um andar inteiro, entrando de sala em sala matando e torturando as vítimas em busca das drogas que não existem. O único sujeito que pode impedi-los é o faxineiro ex-veterano do Vietnã (David John). 

Este exercício de violência começa citando a quantidade de pessoas assassinadas no mundo no ano anterior e termina fazendo uma previsão de quantos morrerão violetamente no ano seguinte. No meio tempo o filme mostra cenas angustiantes de violência psicológica e física, dando a entender que a única de forma de combater o crime é através da violência. Esta idéia é reforçada pelo diretor dedicar o filme a dois amigos que foram assassinados em Nova York, local onde se passa a história, mostrada como uma cidade violenta cuidada por policiais incompetentes. 

A curiosidade é que o diretor assina como Howard Winters, porém por trás do pseudônimo está o diretor de filmes pornô Cecil Howard, que mostra ter algum talento para criar um clima angustiante, apesar das falhas na montagem e dos fracos atores, além do longa ser claramente uma produção B. Depois deste filme não há registro algum de outro trabalho de Howard, nem mesmo no universo pornô.

2 comentários:

Unknown disse...

filmes q nunca ouvi falar, sempre existem filmes desconhecidos para serem vistos. Otimo texto.

Hugo disse...

Celo - São trabalhos interessantes e violentos.

Abraço