sábado, 2 de julho de 2011

Heroes

Heroes (Heroes, EUA, 2006 a 2010)
Criador - Tim Kring
Elenco - Jack Coleman, Milo Ventimiglia, Hayden Panettiere, Masi Oka, Sendhil Ramamurthy, James Kyson Lee, Adrian Pasdar, Zachary Quinto, Greg Grunberg, Ali Larter, Jimmy Lean Louis, Santiago Cabrera, Noah Gray Cabey.

Muitas séries apostam num episódio piloto impactante e um roteiro cheio de mistérios para garantir o sucesso de pelos menos a primeira temporada. Temos exemplos como "Lost" e "The Event". A dificuldade é manter o nível de suspense e ter história para seguir a série, quando isso não acontece a tendência é o cancelamento. Apesar de ter durado quatro temporados, um destes casos em que a ótima premissa é desperdiçada após a primeira temporada é "Heroes".

Seguindo a linha de "X-Men", a série tinha como protagonistas um grupo de pessoas que não se conheciam e tinham poderes paranormais. A jovem Claire (Hayden Panettiere) era imortal, Peter Petrelli (Milo Ventimiglia) tinha capacidade de imitar os poderes dos outros, seu irmão Nathan (Adrian Pasdar) era um político que podia voar, o policial Matt Parkman (Greg Grunberg) conseguia ler a mente das pessoas, Hiro Nakamura (Masi Oka) manipulava o tempo, entre diversos outros personagens.

O ótimo roteiro que cruzava a história de cada personagem guiando para um espécie de confronto final retratado nas telas de um pintor drogado (Santiago Cabrera). O suspense aumentava em virtude de três outros personagens fundamentais na trama. O pai de Claire, Noah Bennett (Jack Coleman) trabalhava para uma organização secreta que caçava os paranormais, o cientista Mohinder Suresh (Sendhil Ramamurthy) continuava o trabalho de seu pai que fora assassinado pesquisando a origem dos poderes nestas pessoas e o grande vilão da história era Sylar (Zachary Quinto), um maluco que assassinava os paranormais tomando deles os poderes, com o intuito de se tornar o mais poderoso.

A primeira temporada é nada menos que sensacional, os personagens são carismáticos, os episódios cada vez mais tensos, culminando com um climax que deveria ser o final da série na minha opinião. Foi a típica série em que os produtores e o criador pensaram apenas na primeira temporada e caso fizesse sucesso criariam a sequência da história, o que foi um grande erro. Para piorar, no ano em que seria lançada a segunda temporada houve a greve dos roteiristas e apenas onze episódios foram produzidos. Mesmo com pouco tempo, os roteiristas criaram vários novos personagens que abriram o leque da história e deixaram a impressão de estarem enrolando o espectador. Acontecia muita coisa, mas a história não saia do lugar. Além disso alguns personagens da primeira temporada foram lançados no tempo para locais absurdos, sem sentido com a trama, o que fez o nível de audiência despencar.

Com a desculpa da greve dos roteiristas, os fãs esperavam que uma terceira temporada completa fosse a volta da série ao auge, mas isso não se confirmou. Como a história já estava confusa e com um excesso de personagens, inclusive alguns que morriam e voltavam, não seria fácil colocar a série no rumo certo e uma decisão piorou ainda mais a situação. Resolveram inverter papéis, os vilões se arrependeram e alguns heróis se tornaram vilões, transformando a série no "samba dos heróis malucos". Consegui assistir parte apenas desta temporada e desisti, era absurdo ver uma série empolgante se transformar numa bagunça apenas para tentar se manter. Houve ainda uma quarta temporada antes de ser cancelada, mas não tive a mínima vontade de acompanhar.

5 comentários:

renatocinema disse...

Você foi perfeito: absurdo ver uma série empolgante se transformar numa bagunça.
A série começou genial e foi caindo, caindo até chegar ao fundo do poço.

Fui até o final. Mas, porque sou teimoso e não largo o osso.

Amanda Aouad disse...

Pois é, também concordo plenamente: "absurdo ver uma série empolgante se transformar numa bagunça".

A segunda temporada além de aumentar os personagens fazendo a série se perder, ainda repete a mesma estratégia. Na primeira temporada, eles precisavam salvar o mundo. Salvaram e aí o que restou para a segunda temporada? Ah, salvar o mundo de novo... Ficou repetitivo.

bjs

Hugo disse...

Renato - As vezes tb sou teimoso, mas neste caso minha paciência acabou no meio da terceira temporada.

Amanda - O objetivo da história na segunda temporada deixou claro que eles não sabiam como continuar a trama.

Abraço

Silvia Freitas disse...

Gostei pra caramba da primeira temporada de Heroes, mas odiei a segunda e parei de assistir. Ouvir dizer mesmo que virou uma bagunça, o bonzinho virou mau, o mau virou bonzinho....Desisti.

Hugo disse...

Silvia - Com certeza muita gente que acompanhou a primeira temporada acabou abandonando a série antes do final.

Abraço