O grupo começou nos anos sessenta na tv com uma formação completamente diferente, tendo apenas Renato Aragão da formação consagrada. Nesta prévia, os outros integrantes eram o cantor Wanderley Cardoso, o ator Ivon Cury e o astro de luta-livre Ted Boy Marino.
O programa durou pouco e logo Renato Aragão partiu para o cinema, primeiro em carreira solo, depois em parceria com Dedé Santana no início dos anos setenta. Mussum e Zacarias entrariam no grupo na metade dos anos setenta e o grupo ficaria completo até a morte de Zacarias em 1990 e depois de Mussum em 1994.
Na lista de filmes abaixo contarei um pouco da trajetória do grupo no cinema, inclusive da rápida separação entre 1982 e 1983.
Bonga, o Vagabundo (Brasil, 1971)
Direção – Victor Lima
Elenco – Renato Aragão, Maria Claudia, Neila Tavares, Jorge Dória, Ronaldo Canto e Melo.
Antes de iniciar a parceria com Dedé Santana (que começaria no ano seguinte com "Ali Babá e os Quarenta Ladrões"), Renato Aragão estrelou esta comédia com pitadas de drama tentando seguir o estilo de Chaplin, sem comparação, é claro. Renato é Bonga, um vagabundo que aplica golpes para conseguir dinheiro e comida, sempre em situações inofensivas. Num certo dia ele acaba fazendo amizade com Ricardo (Ronaldo Canto e Melo), um rapaz de dinheiro que está sendo pressionado pelo pai (Jorge Dória) para casar. Ao mesmo tempo Bonga é apaixonado por uma garota (Maria Cláudia). O que começa como comédia, se transformar numa história melosa que tenta emocionar o público. É um filme um pouco diferente na carreira de Renato Aragão.
Simbad, o Marujo Trapalhão (Brasil, 1976)
Direção – J. B. Tanko
Elenco – Renato Aragão, Dedé Santana, Jorge Cherques, Carlos Kurt, Lutero Luiz, Edson Rabello, Rosina Malbouisson.
Na parceria com Dedé Santana, Renato Aragão estrelou diversos filmes nos anos setenta que eram paródias de clássicos da literatura ou do cinema americano. Aqui o protagonista é Kiko (Renato Aragão), funcionário de um circo que acaba sendo sequestrado por ter sido confundido com um trapezista Simbad (Edson Rabello). O vilão (Carlos Kurt eterno vilão nos filmes e no programa de tv) é uma espécie de califa que tem uma lâmpada mágica e precisa do verdadeiro Simbad para localizar a Pedra Filosofal e se tornar rico. Apesar da precariedade e do humor rasteiro, o longa fez sucesso.
Na parceria com Dedé Santana, Renato Aragão estrelou diversos filmes nos anos setenta que eram paródias de clássicos da literatura ou do cinema americano. Aqui o protagonista é Kiko (Renato Aragão), funcionário de um circo que acaba sendo sequestrado por ter sido confundido com um trapezista Simbad (Edson Rabello). O vilão (Carlos Kurt eterno vilão nos filmes e no programa de tv) é uma espécie de califa que tem uma lâmpada mágica e precisa do verdadeiro Simbad para localizar a Pedra Filosofal e se tornar rico. Apesar da precariedade e do humor rasteiro, o longa fez sucesso.
O Trapalhão no Planalto dos Macacos (Brasil 1976)
Direção – J. B. Tanko
Elenco – Renato Aragão, Dedé Santana, Mussum, Milton Carneiro, Carlos Kurt.
Este é o primeiro filme com Mussum, que faz um papel menor. Ele é um guarda que persegue Conde (Renato Aragão) e Alex (Dedé Santana) após confundi-los com ladrões de jóias. Na fuga a dupla entra em um balão e cai no Planeta dos Macacos. Esta paródia ao clássico americano tem cenas engraçadas, boas perseguições e o eterno vilão Carlos Kurt vestido de macaco.
O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão (Brasil, 1977)
Direção – J. B. Tanko
Elenco – Renato Aragão, Dedé Santana, Mussum, Monique Lafond, Francisco Di Franco, Carlos Kurt, Wilson Grey.
Pilo (Renato Aragão) e Duka (Dedé Santana) simulam brigas de rua para ganhar uns trocados, enquanto Fumaça (Mussum) recolhe o dinheiro das apostilas. Vendo uma destas lutas, a jovem Glória (Monique Lafond) decide contratar o trio para tentar resgatar seu pai, um arqueólogo que foi preso tentando encontrar as lendárias Minas dos Rei Salomão. Este foi o filme com maior sucesso de público do grupo e abriu as portas na TV para o programa de sucesso que foi ao ar até meados dos anos noventa.
Os Trapalhões na Guerra dos Planetas (Brasil, 1978)
Direção – Adriano Stuart
Elenco – Renato Aragão, Dedé Santana, Mussum, Zacarias, Pedrinho Aguinaga, Wilma Dias, Carlos Kurt, Emil Rached.
Esta paródia ao sucesso de “Guerra nas Estrelas” é provavelmente o filme mais trash do grupo. Começa com o quarteto fugindo de uma confusão e pegando carona num disco voador do príncipe Flick (Pedrinho Aguinaga) que pede ajuda ao grupo para resgatar a princesa Loya (Wilma Dias) das mãos de um ditador (Carlos Kurt novamente o vilão) em outro planeta. É o primeiro filme com a participação de Zacarias e com o programa de tv tendo sucesso absoluto no horário.
Os Saltimbancos Trapalhões (Brasil, 1981)
Direção – J. B. Tanko
Elenco – Renato Aragão, Dedé Santana, Mussum, Zacarias, Lucinha Lins, Eduardo Conde, Mario Cardoso, Mila Moreira, Ivan Lins, Carlos Kurt.
Quatro funcionários de um circo (Os Trapalhões) se tornam as grandes atrações do lugar pela capacidade de fazer rir, o que desperta a inveja dos demais integrantes do circo. O longa é baseado no contos do Irmãos Grimm e acabou sendo um dos mais bem trabalhados filmes do grupo, com uma história com pitadas de drama e uma na trilha sonora com canções de Chico Buarque interpretadas por Lucinha Lins, que também trabalha no longa.
O Cangaceiro Trapalhão (Brasil, 1983)
Direção – Daniel Filho
Elenco – Renato Aragão, Dedé Santana, Zacarias, Mussum, Regina Duarte, Nelson Xavier, Tânia Alves, José Dumont.
O pastor de cabras Severino de Quixadá (Renato Aragão) ajuda a salvar o cangaceiro Capitão (Nelson Xavier) e seu bando de uma emboscada do Tenente Bezerra (José Dumont). Severino acaba se juntando ao banco, que tem ainda os outros três trapalhões como cangaceiros. Este longa foi a volta do grupo ao cinema após a rápida separação ocorrida no ano anterior em virtude de um briga por dinheiro. Dedé, Mussum e Zacarias descobriram que recebiam menos que Renato Aragão, tanto no salário da TV quanto nas bilheterias dos filmes, pelo que se sabe a produção dos filmes estava nas mãos de Renato e seu filho. A separação demorou menos de um ano e mesmo assim que gerou dois filmes solos de Renato Aragão, “O Incrível Monstro Trapalhão” e “O Trapalhão na Arca de Noé”, além de um longa com os outros três trapalhões chamado “Atrapalhando a Suate”. Como os três filmes não fizeram sucesso, o grupo se reconciliou, porém dizem que nunca mais a relação entre eles foi a mesma.
Os Trapalhões e o Mágico de Oroz (Brasil, 1984)
Direção – Dedé Santana & Victor Lustosa
Elenco – Renato Aragão, Dedé Santana, Mussum, Zacarias, José Dumont, Arnaud Rodrigues, Maurício do Valle, Jofre Soares, Tony Tornado.
Este é um dos filmes mais bem trabalhados do grupo, seguindo o estilo de paródias de história famosas, aqui o grupo brinca com o “Mágico de Oz” transportando a ação para a seca nordestina e depois ao Rio de Janeiro. Didi (Renato Aragão) sai da uma pequena cidade do nordeste em busca de uma vida melhor e pelo caminho encontra os três amigos trapalhões. cada um caracterizado como o Leão Covarde, o Homem de Lata e o Espantalho, sendo o grupo transportado pelo Mágico de Oroz para o Rio de Janeiro onde começam sua aventura. Além de ter uma história bem trabalhada, o filme conta com bons coadjuvantes com boa carreira no cinema nacional, como José Dumont, Mauricio do Valle e Jofre Soares .
Os Trapalhões no Reino da Fantasia (Brasil, 1985)
Direção – Dedé Santana
Elenco – Renato Aragão, Dedé Santana, Mussum, Zacarias, Xuxa, Beto Carrero, Maurício do Valle.
Os Trapalhões montam um espetáculo no orfanato de Irmã Maria (Xuxa), com o intuito de arrecadar fundos. Quando a bilheteria é roubada, Didi e Dedé perseguem os bandidos e acabam no Mundo de Beto Carrero, onde enfrentam os bandidos no estilo do Velho Oeste Americano. Mesmo sendo infantil, tem boas cenas de ação, correria e pastelão que agradaram as fãs. O grupo aqui utiliza a fama de Xuxa que estava no auge com seu programa de TV para atrair o público infantil.
Os Trapalhões e o Rei do Futebol (Brasil, 1986)
Direção – Carlos Manga
Elenco – Renato Aragão, Dedé Santana, Mussum, Zacarias, Pelé, José Lewgoy, Luiza Brunet, Maurício do Valle, Milton Moraes.
O roupeio do time do Independência chamado Cardeal (Renato Aragão) é escolhido para ser o novo técnico do time pelos dirigentes, que na realidade querem ver o time perder. Com métodos malucos de treinamento, o time começa a ganhar atrapalhando os planos dos dirigentes. A presença de Pelé que faz o papel do goleiro é a grande atração do filme. Este também foi o último trabalho no cinema do diretor Carlos Manga, famoso pelos chanchadas dos anos cinqüenta.
6 comentários:
Assisti muuuitos filmes dos Trapalhões na Sessão da Tarde... Havia bem mais humor nos filmes brasileiros para crianças nesse tempo do que hj em dia.
Bjs ;)
Bons tempos aqueles em que ia ao cinema assistir Os Trapalhões. Um marco da nossa infância, sem dúvidas. É sempre bom relembrá-los, há um tempo eu fiz um post sobre o tema e, na época, você até comentou que ainda falaria sobre eles, hehe.
bjs
Excelent post, Hugo, os trapalhões marcaram a infância de muita gente. Gosto de todos os filme citados, mas senti falta de O Cinderelo Trapalhão.
Não curte esse?
vlw. Um abraço.
Qdo criança, era inevitável não ver o filme dos Trapalhões no cinema. Vi muitos, e ria muito tbm. Hj, claro, já não tem mais aquele brilho que só os 4 juntos tinham. Boa lembrança!
Ana - Era um humor mais infantil, diferente do que vemos hoje em dia.
Amanda - Eu lembro, sua postagem serviu de inspiração.
Celo - Eu coloquei na lista os filmes que assisti. Este "Cinderelo Trapalhão" eu não vi.
Silvia - Sem dúvida, a graça estava na química do quarteto.
Abraço a todos
Eu assistia todos os filmes deles, eram muito bons,realmente nem se compara 'os trapalhões' com a 'palhaçada do didi' ,digo, 'TURMA do didi' .Os saltimbancos então e as minas do rei salomão são meus preferidos!
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