segunda-feira, 7 de março de 2011

Família Soprano


Família Soprano (The Sopranos, EUA, 1999 à 2007)
Criador - David Chase
Elenco - James Gandolfini, Edie Falco, Lorraine Bracco, Michael Imperioli, Jamie Lynn Sigler, Robert Iler, Dominic Chianese, Tony Sirio, Steve Van Zandt, Aida Turturro, Drea de Matteo, Steve R. Schirripa, John Ventimiglia, Sharon Angelo, Frank Vincent, Vincent Pastore, Maureen Van Zandt, Nancy Marchand, Jerry Adler, Joe Pantoliano, Katherine Narducci, David Proval, Peter Bogadnovich, Steve Buscemi, Annabella Sciorra, Cara Buono, Lillo Brancato, Peter Riegert, John Heard, Michael Rispoli, Robert Patrick, Tim Daly, Julianna Margulies, Robert Loggia, Gregory Allan Williams, Paul Mazursky, Paul Schulze, Vincent Curatola, Federico Castelluccio.

Quando o canal HBO lançou "Família Soprano", muitos acreditavam ser uma série que focaria na comédia, assim como o filme "A Máfia no Divã" com Robert DeNiro que tinha uma premissa semelhante, porém os espectadores tiveram uma surpresa agradável e acompanharam as seis temporadas de uma série que marcou a tv. Junto com outras premiadas séries como "Oz - A Vida é uma Prisão" e "À Sete Palmos" lançadas naquela época, a HBO elevou o padrão de qualidade das séries de tv,

A história tem como protagonista o mafioso Tony Soprano (James Gandolfini), que é casado com Carmela (Edie Falco) e tem um casal de filhos adolescentes, Meadow (Jamie Lynn Sigler) e A. J. (Robert Iler). Nas duas primeiras temporada Tony tem ainda de cuidar da mãe dominadora e manipuladora (Nancy Marchand), além de precisar ser forte para aguentar os problemas dentro da máfia, onde ele é o terceiro no comando, abaixo de Jack Aprile (Michael Rispole) que está doente e morre ainda na primeira temporada e de seu tio Corrado "Junior" Soprano (Dominic Chianese), que assume a organização em seguida.

Por causa de todos estes problemas, Tony começa ter crises de "Síndrome do Pânico" e mesmo com sua condição de mafioso, acaba sendo obrigado a se tratar com uma psiquiatra, a Dra. Jennifer Melfi (Lorraine Bracco), com quem ele criará uma relação de amor e ódio durante as temporadas e terá diálogos impagáveis.

Estes detalhes são apenas o ponto de partida de uma saga repleta de personagens riquíssimos, inclusive os diversos coadjuvantes e uma história que mistura praticamente todos os temas. Amor, paixão, sexo, violência, lealdade, traição, drama familiar, racismo, corrupção e até humor negro neste verdadeiro caldeirão organizado pelo magnífico roteiro do criador David Chase.

Todos os ingredientes de filmes sobre a máfia estão aqui, mas ao mostrar os problemas pessoais de cada personagem, o criador leva o espectador a ver os mafiosos como pessoas comuns, que por determinados motivos entraram naquela organização e precisam esconder suas fraquezas da qualquer forma, nem mesmo que seja usando a violência, pois caso contrário a vítima pode ser ele mesmo.

Um detalhe significativo na história é a desmistificação do mundo dos mafiosos, aqui vemos a vida destes sujeitos em família e enfrentando problemas do dia a dia. A questão da lealdade e honra tão citado nos filmes do gênero, é mostrada nesta série apenas como algo utilizado para quem tem poder punir os subalternos e quando alguém importante ou parente dos comandantes quebra esta corrente, tudo é feito para salvar o sujeito.

Um dos pilares do sucesso da série foi a importância dada aos coadjuvantes, tanto em tempo de participação nos epísódios, quanto na qualidade das interpretações. Além dos personagens principais citados, temos muitos outros marcantes, como os sujeitos violentos quase psicopatas Ralph (Joe Pantoliano), Richie Aprile (David Proval) e Paulie Gualtieri (Tony Sirico), o drogado Christopher Moltisanti (Michael Imperioli) sobrinho de Tony Soprano e sua namorada Adriana (Drea de Matteo), o primo Tony B (Steve Buscemi), o dono da boate Bada Bing, Silvio (o músico Steve Van Zandt), a complicada irmã de Tony (Aida Turturro), entre outros.

São tantas histórias que ligam estes personagens durante as seis temporadas, que fica difícil escrever sobre os acontecimentos, vale apenas ressaltar como resumo que as duas primeiras temporadas focam muito no problema psicológico de Tony, na questão familiar e de sucessão entre os mafiosos, com episódios repletos de violência. As duas temporadas seguintes colocam outros temas na mesa, como as atitudes que Tony já como chefe da família mafiosa precisa tomar para se manter no topo, as maquinações com políticos, empresários e famílias mafiosas rivais, para manter a paz e aumentar os lucros do negócio ilícito. Por final, as duas últimas temporadas deixam a ação um pouco de lado ao mostrar os problemas de Tony com sua esposa, o crescimento dos filhos e o FBI tentando prendê-lo sem sucesso. Toda esta história resulta numa cena final que pode ser interpretada de mais uma forma, deixando para imaginação do espectador.

Finalizando, a série teve pequenas participações famosas, como dos diretores Paul Mazursky e Peter Bogadnovich, da linda Annabella Sciorra como uma amante de Tony, Julianna Margullies e Robert Patrick, além de ter reunido um quantidade impressionante de atores ítalo-americanos.

7 comentários:

sacolé disse...

Realmente, a HBO produz muitas obras boas. Pena eu ainda ter visto esta, me parece ótima.

Amanda Aouad disse...

É... Já ouvi falar muito da Família Soprano e sempre tive curiosidade de conhecer. O mal é não ter HBO em casa, a gente fica sempre deixando pra depois a procura por ela.

bjs

Hugo disse...

Jack - O padrão de qualidade da HBO é de primeira.

Amanda - Eu tb não tenho HBO há algum tempo, mas há alguns anos consegui acompanhar a série. Se tiver chance assista, tenho certeza que irá gostar.

Abraços

Silvano Vianna disse...

Muito bom.
Parei no começo da 3ª temporada, mas ainda pretendo ver até o final.

Hugo disse...

Silvano - Tente assistir, vale a pena.

Abraço

Luís Azevedo disse...

Os Sopranos são sem dúvida uma das melhores séries de sempre. Já vi tudo duas vezes e sempre que a encontro na TV por acaso não consigo mudar de canal! :)

Hugo disse...

Luís - A série tem um qualidade de primeira e merece ser vista mais de uma vez.

Abraço