sábado, 31 de julho de 2010

Quando Explode a Vingança


Quando Explode a Vingança (Giù la Testa ou Duck You Sucker, Itália, 1971) – Nota 8,5
DireçãoSergio Leone
Elenco – James Coburn, Rod Steiger, Romolo Valli, Maria Monti.

Neste faroeste com pitadas de política, Sergio Leone leva sua trama para o meio da Revolução Mexicana em 1913, tendo como personagens principais o ladrão pé-de-chinelo Juan Miranda (Rod Steiger) e o irlandês especialista em explosivos John H. Mallory (James Coburn). Enquanto Juan é um sujeito falastrão e engraçado, que carrega com ele um bando de maltrapilhos que o ajudam nos assaltos, Mallory é um sujeito calado e misterioso. Sempre aplicando pequenos assaltos, Juan tem um plano de assaltar um banco e precisa da ajuda do irlandês no trabalho, porém na maioria das vezes os dois não se entendem, além disso, por um acaso Juan acaba se envolvendo sem querer na revolução. 

Este ótimo longa infelizmente foi um fracasso de crítica e público, muito em virtude da trama politica e da longa duração, mas para quem gosta do gênero é um filme imperdível, lembra em parte outro clássico do diretor, “Três Homens em Conflito”, com Steiger e Coburn fazendo papéis semelhantes aos de Eli Wallach e Clint Eastwood naquele. 

Aqui temos novamente todos os detalhes marcantes da filmografia de Leone, como a câmera fechada nos rostos marcados debaixo do sol, a violência através de ótimos tiroteios e explosões, além da sensacional sequência do acidente de trem e a sempre magnífica trilha sonora de Ennio Morricone. 

A nota triste é que em virtude do fracasso, Sergio Leone se afastou do cinema e voltou a dirigir um longa apenas em 1984,  fechando a chamada “Trilogia da América” com o grande “Era Uma Vez na América”. 

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Era Uma Vez no Oeste

Era Uma Vez no Oeste (Once Upon a Time in the West, Itália / EUA, 1968) – Nota 10
Direção – Sergio Leone

Elenco – Henry Fonda, Claudia Cardinale, Charles Bronson, Jason Robards, Gabrielle Ferzetti, Paolo Stoppa, Woody Strode, Jack Elam, Keenan Wynn, Frank Wolff, Lionel Stander.

No oeste americano, Morton (Gabrielle Ferzetti) conhecido como Barão, tem planos de expansão da ferrovia e contrata o pistoleiro Frank (Henry Fonda) para matar um dono de terras (Frank Wolff) que se nega a vender seu terreno. Frank mata o sujeito e tenta incriminar outro bandido, Cheyenne (Jason Robards), porém ao mesmo tempo a viúva, Jill McBain (Claudia Cardinale) volta para casa tentando reaver as terras e um estranho sujeito conhecido como Harmônica (Charles Bronson) persegue Frank atrás de vingança. 

Um dos melhores westerns da história, dirigido por um dos maiores diretores do gênero, que apesar de ser italiano, se consagrou num gênero tipicamente americano, sendo quase uma ironia, porque na Itália foram produzidas centenas de cópias destes filmes, quase todos de pouca qualidade. 

O longa começa com um sensacional duelo na estação de trem, passa pelas grandes interpretações, principalmente de Henry Fonda no único papel de vilão que fez na carreira e de Charles Bronson como um sujeito calado, que apenas espera o momento da vingança, tem a beleza de Claudia Cardinalle, o roteiro assinado pelos também diretores Dario Argento e Bernardo Bertolucci e a magnífica trilha sonora de Ennio Morricone, que usa e abusa da gaita que o personagem de Bronson toca durante todo o filme. 

Sergio Leone que vinha do sucesso da “Trilogia dos Dólares” com Clint Eastwood, aqui dá início a outra, a chamada “Trilogia da América”, que seguiria com o filme sobre a Revolução Mexicana “Quando Explode a Vingança” e seria finalizada com o também clássico “Era Uma Vez na América” com Robert DeNiro e James Woods. 

Grandes filmes de uma bela carreira que merecem serem vistos mais de uma vez.                                                                                            

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Bombas - Comédias de Poucas Risadas

Voltando a escrever sobre bombas cinematográficas, desta vez estou postando a resenha de algumas comédias que não cumprem o que gênero exige, fazer o espectador rir. Boa parte desta lista são filmes que passaram diversas vezes na sessões da tarde da Globo e do SBT.

Loucademia de Trânsito (Crash Course, EUA, 1988) – Nota 2
Direção – Oz Scott
Elenco – Brian Bloom, Charlie Robinson, Harvey Korman, Dick Butkus, Ray Walston, Alyssa Milano, Olivia d’Abo, B. D. Wong.
O sucesso de “Loucademia de Polícia” fez com que os outras comédias fossem traduzidas desta forma, mudando apenas o local da confusão. Neste caso a bagunça acontece quando um instrutor de auto-escola precisa ensinar um grupo de jovens colegiais. Besteirol ao estilo anos oitenta, porém com pouca graça. O destaque são as presenças da bela Alyssa Milano e B. D. Wong ainda bem jovens, além do veterano e hoje falecido Ray Walston fazendo um papel de professor.

Loucademia Funerária (Mortuary Academy, EUA, 1988) – Nota 3
Direção – Michael Schroeder
Elenco – Paul Bartel, Mary Woronov, Christopher Atkins, Perry Lang, Lynn Danielson, Tracey Walter, Cesar Romero.
Nesta outra comédia filhote de “Loucademia de Polícia”, dois irmãos herdam uma funerária e precisam se formar em um curso de agente funerário para ser tornarem donos do local. O problema é a maluca dupla de professores, vivido pelo casal Paul Bartel e Mary Woronov, que eram casados na vida real. O longa é ruim, mas tem algumas curiosidades no elenco. Paul Bartel escreveu o roteiro deste filme e dirigiu algumas comédias que se tornaram cult, como o original “Ano 2000 – Corrida da Morte” e “A Louca Corrida do Ouro’, sempre com Woronov no elenco. Christopher Atkins é o garoto de “A Lagoa Azul”, que não conseguiu decolar na carreira. O filme ainda tem uma pequena participação de Cesar Romero, o Coringa da série clássica “Batman”.

Um Lobo na Família (Walk Like a Man, EUA, 1987) – Nota 3
Direção – Melvin Frank
Elenco – Howie Mandel, Christopher Lloyd, Cloris Leachman, Colleen Camp, Amy Steel, Stephen Elliott, George DiCenzo.
Copiando parte da história original de Tarzan, os produtores tentaram transformar o comediante Howie Mandel em astro do gênero e falharam. Howie é Bobo Shand, que quando bebê foi perdido na floresta e acabou sendo criado por lobos até que sua família o encontrou e ele se tornou herdeiro de uma fortuna. Atualizado para os dias atuais, o estranho personagem de Howie lembra os papéis de Rob Schneider. Como curiosidade, Howie Mandel ficou famoso, porém como apresentador de talk-show.

Mestres da Desordem (Masters of Menace, EUA, 1990) – Nota 3
Direção – Daniel Raskov
Elenco – David Rasche, Catherine Bach, James Belushi, John Candy, Dan Aykroyd.
Na época o ator David Rasche era conhecido pela série “Sledge Hammer”, por aqui chamada “Na Mira do Tira” e estrelou está comédia sobre um advogado de um grupo de motoqueiros que se mete em várias confusões. O único detalhe interessante são as pequenas participações de comediantes famosos como James Belushi, John Candy e Dan Aykroyd, que ao consta eram amigos do diretor.

Hamburguer, o Filme (Hamburger: The Motion Picture, EUA, 1986) – Nota 2
Direção – Mike Marvin
Elenco – Leigh McCloskey, Dick Butkus, Randi Brooks, Chuck McCann.
Um aluno (Leigh McCloskey) que foi expulso de várias universidades, vê sua última chance de ser formar na Universidade Busterburger, especializada em hamburguer. Este filme com um roteiro dos mais estúpidos já filmados, passou diversas vezes nas sessões de cinema do SBT.

Confusões em Beverly Hills (Troop Beverly Hills, EUA, 1989) – Nota 4
Direção – Jeff Kanew
Elenco – Shelley Long, Betty Thomas, Mary Gross, Craig T. Nelson, Audra Lindley, Stephanie Beacham, Carla Gugino.
Um dona de casa rica (Shelley Long) entediada com a vida em Beverly Hills, resolve liderar as Bandeirantes, um grupo de crianças que sua filha participa, para levá-las a um passeio ao centro de Los Angeles, onde o grupo se meterá em grandes confusões. A atriz Shelley Long ficou famosa nos anos oitenta pelo papel de par romântico de Ted Danson na série “Cheers” durante algumas temporadas. Assim que deixou o seriado fez algum sucesso em comédias como “Um Dia a Casa Cai” com Tom Hanks e “Que Sorte Danada”, mas depois sua carreira declinou e ficou relegada a pequenos papéis em filmes e seriados de TV. Por sinal, ela era especialista em interpretar personagens irritantes, provavelmente isso ajudou no declínio da carreira.

Está Sobrando uma Mulher (Hello Again, EUA, 1987) – Nota 5
Direção – Frank Perry
Elenco – Shelley Long, Judith Ivey, Gabriel Byrne, Corbin Bernsen, Sela Ward, Austin Pendleton.
Nesta comédia novamente Shelley Long interpreta uma dona de casa, a certinha Lucy que morre em um trágico acidente e sua irmã Zelda (Judith Ivey) através de bruxaria consegue traze-la de volta. O grande problema é que Lucy encontra seu marido (Corbin Bernsen) casado com sua melhor amiga (Sela Ward). Apesar de algumas cenas engraçadas e o elenco de caras conhecidas, o filme é apenas uma fraca sessão da tarde. 

A Moto Mágica (The Dirt Bike Kid, EUA, 1985) – Nota 4
Direção – Hoite C. Caston
Elenco – Peter Billingsley, Stuart Pankin, Anne Bloom, Patrick Collins.
O garoto Jack (Peter Billingsley) compra uma velha moto e descobre que ela é mágica e começa a usá-la para enfrentar os bandidos e os corruptos da cidade. O garoto Billingsley teve alguma fama nos anos oitenta e hoje se tornou diretor, sendo responsável pelo também fraquinho “Encontro de Casais”.

Um Sequestro Muito Louco (Beverly Hills Brats, EUA, 1989) – Nota 4
Direção – Dimitri Sotorakis
Elenco – Burt Young, Martin Sheen, Peter Billingsley, Ramon Sheen, Terry Moore, Joe Santos.
O garoto Scooter (Peter Billingsley) é filho de uma famoso cirurgião plástico (Martin Sheen), que pensa apenas no trabalho e na esposa, madastra do garoto. Para chamar a atenção, Scooter contrata o velho Clive (Burt Young) para forjar um seqüestro e durante o esconderijo ele acaba criando um laço de amizade com o solitário sujeito. Comédia com pitadas de drama que vale apenas por ter no elenco Burt Young, o eterno Paulie da série “Rocky” e o ótimo Martin Sheen em um papel sem compromisso algum.

Galos de Briga (Bad Guys, EUA, 1986) – Nota 3
Direção – Joel Silberg
Elenco – Adam Baldwin, Mike Jolly, Michelle Nicastro, Ruth Buzzi, Norman Burton.
Dois policiais (Adam Baldwin e Mike Jolly) são expulsos da corporação após uma briga de bar. Tentando ganhar a vida, trabalham em vários lugares sem sucesso, até que uma jornalista (Michelle Nicastro) os convida para se tornarem lutadores. Filme que tenta utilizar o sucesso da Luta-Livre nos EUA como roteiro, mas não funciona em virtude do fraco roteiro e as péssimas piadas. 

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Swingers

Swingers (Swingers, Holanda, 2002) – Nota 6,5
Direção – Stephan Brenninkmeijer
Elenco – Ellen van der Koogh, Danny de Kok, Nienke Brinkhuis, Joep Sertons.

O casal Diana (Ellen van der Koogh) e Julian (Danny de Kok) recebem na casa de campo dos pais de Diana um outro casal, a voluptuosa loira Alex (Nienke Brinkhuis) e seu marido Timo (Joep Sertons) para um final de semana onde desejam serem iniciados no swing, O casal convidado é adepto do swing há anos, mas logo percebemos que existe algo de errado na relação deles, enquanto Diana e Julian desejam experimentar, muito mais Julian que se empolga com a bela loira, enquanto a insegura Diana fica na defensiva.

O interessante da trama é que aos poucos os personagens demonstram seus medos, desejos e frustrações, sentimentos que afloram na noite, onde deveria ser apenas de prazer. O filme tem boas cenas de sexo, bem sensuais, principalmente pelo belo corpo da loira Nienke Brinkhuis. A morena Ellen van der Koogh não é tão bonita, mas também está muito bem, tanto nas cenas quentes, como nas dramáticas.

É um filme que vale ser conhecido por ir além do sexo, mostrando as conseqüências emocionais na relação dos casais que resolvem participar deste jogo sexual.

terça-feira, 27 de julho de 2010

O Sobrevivente

O Sobrevivente (Rescue Dawn, EUA, 2006) – Nota 7,5
Direção – Werner Herzog
Elenco – Christian Bale, Steve Zahn, Jeremy Davies, Zach Grenier, Marshall Bell, Toby Huss, Pat Healy.

Este longa é baseado na história real de Dieter Dengler (vivido por Christian Bale), sujeito que desde criança sonhou se tornar piloto. Quando explodiu a Guerra do Vietnã se alistou como voluntário e logo na sua primeira missão foi abatido e teve de sobreviver nas selva e nos campos de concentração dos vietcongues. Assim que Dieter é capturado e chega ao campo de prisioneiros, tenta subverter a ordem, fugir é seu grande objetivo. No local ele encontra outros prisioneiros extremamente abalados física e psicologicamente, como Duane (Steve Zahn) e Gene (Jeremy Davies).

O estilo de Herzog (especialista em documentários também) e a interpretação de Bale são os pontos altos do longa. Como em vários filmes de sua carreira, Herzog utiliza a luta do homem contra o ambiente como um dos pontos principais, lembrando um pouco os filmes que fez com Klaus Kinsi na Amazônia, os ótimos “Aguirre – A Cólera dos Deuses” e “Fitzcarraldo”. Como Kinski já se foi, Bale foi uma ótima escolha.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Dupla Explosiva

Dupla Explosiva (From Paris With Love, França. 2010) – Nota 7,5
Direção – Pierre Morel
Elenco – John Travolta, Jonathan Rhys Meyers, Kasia Smutniak, Richard Durden.

Este longa de Pierre Morel lembra muito seu filme anterior, o divertido “Busca Implacável” e segue a receita de sucessos dos filmes de ação produzidos na França pelo também diretor Luc Besson. Geralmente um ou dois astros encabeçando o elenco, uma mocinha não muito honesta interpretada por alguma atriz do leste europeu, algumas lutas no estilo kung-fu, perseguições automobilísticas por Paris, uma chuva de balas e um roteio cheio de furos são os ingredientes destes longas.

É o típico filme que transformou vários atores em astros nos anos oitenta e que hoje atualizados na adrenalina continuam a divertir os fãs do gênero. Esqueça o roteiro e se divirta com a história maluca.

A trama começa com o certinho James Reece (Jonathan Rhys Meyers) trabalhando como assessor de um ministro e ao mesmo tempo fazendo um bico de espião para o governo americano. Esperando a chance de participar da ação de verdade, ele recebe a missão de acompanhar o agente Charlie Wax (John Travolta), um sujeito maluco que não segue regra alguma e deixa um rastro de mortos por onde passa. O resto da história é apenas um detalhe para as ótimas cenas de ação e para o espectador se divertir com um John Travolta totalmente careca, que parece também estar se divertindo e muito no papel de uma espécie de mercenário do governo.

domingo, 25 de julho de 2010

Amantes

Amantes (Two Lovers, EUA, 2008) – Nota 7,5
Direção – James Gray
Elenco – Joaquin Phoenix, Gwyneth Paltrow, Vinessa Shaw, Moni Moshonov, Isabella Rossellini, Elias Koteas, Bob Ari.

Leonard Kraditor (Joaquin Phoenix) tentou o suicídio após ser deixado pela noiva e voltou a viver com os pais (Moni Moshonov e Isabella Rossellini), um casal judeu. Ele trabalha na lavanderia do pai, que está prestes a se tornar sócio de outro judeu (Bob Ari) e a filha deste, a doce Sandra (Vinessa Shaw) se interessa por Leonard e tenta se aproximar. Ao mesmo tempo Leonard sente-se atraído também pela vizinha, a complicada Michelle (Gwyneth Paltrow) que tem um affair com um homem casado (Elias Koteas). O simpático e atormentado Leonard ficará dividido entre a paixão por Michelle e o porto seguro que seria Sandra, além das lembranças do passado.

Este é o quarto filme do diretor James Gray e a terceira parceira com Phoenix. Os outros dois foram os dramas policiais “Caminho Sem Volta” e “Os Donos da Noite”, sendo que nestes longas o trio era completado por Mark Wahlberg. Aqui a dupla mantém o local da história nos arredores de Nova Iorque, com algumas passagens em Manhattan, mas muda o foco, desta vez ao invés do drama entre policiais e bandidos, a história fala sobre amor e perda, mostrando a importância da família (tema decorrente nos outros longas de Gray) e se fortalecendo na boas e simples interpretações do trio central e da veterana e ainda bela Isabella Rossellini.

sábado, 24 de julho de 2010

Resident Evil 2: Apocalipse

Resident Evil 2: Apocalipse (Resident Evil: Apocalypse, Alemanha / França / Inglaterra / Canadá, 2004) – Nota 7
Direção – Alexander Witt
Elenco – Milla Jovovich, Sienna Guillory, Oded Fehr, Thomas Kretschmann, Sophie Vavasseur, Jared Harris, Mike Epps, Sandrine Holt, Razaaq Adoti, Zack Ward, Iain Glen.

Nesta continuação, os cientistas da Umbrella Corporation resolveram reabrir a Colméia para descobrir o que houve e acabam liberando o T-Vírus que começa a infectar todos os habitantes de Racoon City. A heroína Alice (Milla Jovovich) acorda em meio da confusão e novamente é obrigada a lutar contra os zumbis junto com alguns sobreviventes. A questão é que agora Alice sabe que foi vítima de experimentos nos laboratórios da Umbrella e por conseqüência adquiriu poderes e agilidade que ela usará para tentar escapar de Raccon City.

A história continua de onde parou o original, apenas incluindo novos coadjuvantes que serão mortos um a um pelos zumbis. Lógicamente que não é um grande filme, mas diverte muito e as cenas de luta e suspense são bem feitas, além da beleza de Milla Jovovich para ajudar. Um bom divertimento para os fãs do gênero.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Anjos da Vida - Mais Bravos que o Mar

Anjos da Vida – Mais Bravos Que o Mar (The Guardian, EUA, 2006) – Nota 6,5
Direção – Andrew Davis
Elenco – Kevin Costner, Ashton Kutcher, Sela Ward, Melissa Sagemiller, Clancy Brown, John Heard, Neal McDonough, Dulé Hill.

O veterano da guarda-costeira Ben Randall (Kevin Costner), perde seu parceiro em um acidente de salvamento e é transferido para dar aula a novatos em uma academia. Nesse local ele primeiro entra em conflito e depois se apega ao jovem talentoso e arrogante Jake Fischer (Ashton Kutcher).

Filme correto mas extremamente previsível, com personagens que brigam feio e depois ficam amigos, participam de situações onde podem se redimir de erros passados e tem conflitos amorosos, sendo o tipo de história que já vimos dezenas de vezes e em algumas contadas de uma melhor forma.

Novamente o astro Kevin Costner faz o papel do sujeito calado e ranzinza, mas que no fundo tem bom coração.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Nicotina

Nicotina (Nicotina, México / Argentina / Espanha, 2003) – Nota 7
Direção – Hugo Rodriguez
Elenco – Diego Luna, Lucas Crespi, Jesus Ochoa, Rafael Inclan, Rosa Maria Bianchi, Norman Sotolongo, Marta Belaustegui, Carmen Madrid, Daniel Gimenez Cacho.

Numa noite na cidade do México, diversos personagens interagem em torno de segredos bancários e alguns diamantes, interligados ainda pelo vício de fumar. A história começa com o hacker Lolo (Diego Luna) roubando os dados das contas de um banco suíço e gravando um CD para ser entregue a dupla Nene (Lucas Crespi) e Tomson (Jesus Ochoa), que irão trocar estes segredos por diamantes com o russo Svoboda (Norman Sotolongo).

O problema começa porque Lolo vigia sua vizinha Andrea (Marta Belaustegui) e esta descobre e acaba trocando os CDs depois de uma briga. Esta troca dará início a uma onda de violência que incluirá dois outros casais, o primeiro que trabalha em uma barbearia e o segundo donos de uma farmácia.

O curioso da trama é colocar o cigarro como um dos pontos principais, com praticamente todos os personagens fumando ou tentando deixar o vício. Os que tentam parar de fumar estão irritados e por conseqüência terão atitudes impensadas, os que fumam acreditam que é a melhor coisa da vida, mas pelo menos em um caso, o personagem pagará este prazer com a vida.

É uma produção que mistura bem violência e humor negro numa história urbana recheada de personagens diferentes e bem interpretados.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Breaking Bad

Breaking Bad (Breaking Bad, EUA, 2008)
Elenco - Bryan Cranston, Anna Gunn, Aaron Paul, Dean Norris, Betsy Brandt, RJ Mitte.
Criador - Vince Gilligan

Esta série estreou no meio da temporada de 2008 como tapa-buraco de programação e apenas sete episódios foram suficientes para agradar ao espectador. Hoje o seriado finalizou a terceira temporada já com a quarta programada para o próximo ano.

Por aqui a série começou a passar em 2008 pelo canal Sony e eu acabei não conseguindo acompanhar, mas agora que ela migrou para o canal AXN e este resolveu mostrar as duas primeiras temporadas em sequência, estou conferindo e gostando muito.

A trama é um misto de drama familiar com policial e tem como personagem principal o professor de química Walter White (Bryan Cranston), que leva um vida monótona ao lado da esposa Skylar (Anna Gunn) e do filho deficiente físico Walter Jr (RJ Mitte). Ele trabalha também como caixa em um lava rápido para complementar a renda, sendo desprezado pelo dono, um imigrante russo. Logo no primeiro episódio Walter descobre que está com cancer no pulmão, mas esconde da família a situação, inclusive após chutar o balde e largar o emprego no lava rápido.

Sua família é composta também pela cunhada Marie (Betsy Brandt) e o cunhado policial Hank (Dean Norris), sujeito falador que convida o introspectivo Walter para acompanhar uma batida policial na casa de um traficante. Enquanto a batida acontece, Walter fica no carro e percebe um jovem fugindo pela janela da casa vizinha. O jovem é seu ex-aluno Jesse Pinkman (Aaron Paul), que vê o professor e sai correndo. Walter não conta nada ao cunhado e resolve procurar o jovem com a proposta de criar uma sociedade, ele com seus conhecimentos de química fabricaria metanfetamina e o jovem conseguiria compradores para o produto. Este é o início de muita confusão na vida da dupla de bandidos amadores, que terão de negociar com traficantes profissionais extremamente violentos.

O roteiro é competente ao mostrar a transformação do pacato professor, que ao saber da doença muda completamente seu comportamento, apostando alto na fabricação e venda de drogas, tendo de negociar com traficantes e até mesmo apelar para o violência, numa espécie de roleta-russa que assusta até mesmo o jovem traficante que o ajuda. Sem dúvida o personagem ganha força na ótima interpretação de Bryan Cranston, que era conhecido pelo papel no sitcom "Malcolm", onde tinha o papel de pai de Frankie Muniz que fazia o personagem principal. Aqui Cranston acerta nas cenas dramáticas e também nos momentos de violência, que por sinal beiram o humor negro. O jovem Aaron Paul também está bem como o jovem drogado, traficante pé-de-chinelo que tem seu destino amarrado ao do professor.

O seriado é uma agradável surpresa para quem gosta do gênero policial, mas com trama bem diferente das tramas normais de investigação.
  

terça-feira, 20 de julho de 2010

Arraste-me Para o Inferno

Arraste-me Para o Inferno (Drag Me to Hell, EUA, 2009) – Nota 7,5
Direção – Sam Raimi
Elenco – Alison Lohman, Justin Long, Lorna Raver, Dileep Rao, David Paymer, Adriana Barraza, Chelcie Ross, Reggie Lee, Molly Cheek, Bojana Novakovic, Kevin Foster.

A jovem Christine Brown (Alison Lohman) trabalha como analista de crédito em um banco e quando se nega a prorrogar o prazo da hipoteca da estranha idosa Sylvia Ganush (Lorna Raver), esta joga uma maldição cigana na garota, que começa a ser atormentada por alucinações. Ao visitar um vidente (Dileep Rao), descobre que tem apenas três dias para tentar se livrar da maldição, antes do demônio levá-la para o inferno.

Esta volta de Sam Raimi ao gênero que o consagrou tem todos os elementos necessários para agradar aos fãs, com referências a série “Evil Dead” do próprio diretor, como a jovem amaldiçoada sendo perseguida pelo demônio e as cenas de luta entre ela e velha cigana, que são assustadoras, nojentas e ao mesmo tempo engraçadas. Apenas o casal principal deixa a desejar, a bela Alison Lohman não convence no papel e Justin Long está fora do seu gênero preferido, a comédia, apesar dele ter ido bem em outro filme de terror, o assustador “Olhos Famintos”.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Meu Nome é Coogan

Meu Nome é Coogan (Coogan’s Bluff, EUA, 1968) – Nota 7
Direção – Don Siegel
Elenco – Clint Eastwood, Lee J. Cobb, Susan Clark, Don Stroud, Betty Field, Tisha Sterling.

O assistente de xerife Coogan (Clint Eastwood) é encarregado de transportar um assassino (Don Stroud) de Nova Iorque para o Novo México, porém o bandido consegue escapar e Coogan resolve utilizar seus métodos pouco ortodoxos, muito semelhantes aos de um caubói para encontrar e prender o sujeito.

É um filme policial que mostra a diferença de costumes, no casos da ação policial, entre alguém acostumado com planícies e desertos como Coogan e o policial urbano vivido por Lee J. Cobb.

Este foi o primeiro dos cinco longas que o diretor Don Siegel e o astro Clint Eastwood fizeram juntos, firmando umas grandes parcerias da história do cinema.

domingo, 18 de julho de 2010

Rocky, um Lutador

Rocky, um Lutador (Rocky, EUA, 1976) – Nota 8,5
Direção – John G. Avildsen
Elenco – Sylvester Stallone, Burgess Meredith, Talia Shire, Carl Weathers, Burt Young.

Na Filadélfia, o boxeador fracassado Rocky Balboa (Sylvester Stallone) trabalha como capanga de um agiota e recebe a chance de sua vida quando o campeão mundial Apollo “Doutrinador” Creed (Carl Wheathers) o escolhe como desafiante ao título. Para disputar a luta, Rocky pede ajuda do treinador Mickey (Burgess Meredith), um ex-lutador durão e ao mesmo tempo um sujeito de coração mole. Neste meio tempo Rocky se aproxima da tímida Adrian (Talia Shire), irmã de seu melhor amigo, Paulie (Burt Young).

Este longa foi uma projeto pessoal de Stallone, que na época era um ator praticamente desconhecido e com muita dificuldade conseguiu realizar o filme, que foi dirigido por John G. Avildsen que faria posteriormente “Karatê Kid”. O resultado foi um sucesso absoluto que concorrou a nove prêmios Oscar e venceu três: Melhor Filme, Direção e Edição. Um dos motivos do sucesso do longa foi a o momento em que vivia os EUA, que estavam em um espécie de crise após a derrota na Guerra do Vietnã e o escândalo que gerou a renúncia do presidente Nixon. A história de Rocky mostrava que um cidadão comum poderia vencer, trazendo esperança e deixando acreditar que os EUA ainda era o país das oportunidades.

Uma curiosidade é que nos anos oitenta quando o filme passou na tv brasileira, na Globo por sinal, a terrível dublagem fazia o espectador acreditar que houve um empate na luta entre Rocky e Apollo, porém na verdade o vencedor era Apollo, por isso a continuação se chamou “Rocky II – A Revanche’.

sábado, 17 de julho de 2010

Path to War

Path to War (Path to War, EUA, 2002) – Nota 8
Direção – John Frankenheimer
Elenco – Michael Gambon, Donald Sutherland, Alec Baldwin, Bruce McGill, James Frain, Felicity Huffman, Frederic Forrest, John Aylward, Philip Baker Hall, Tom Skerritt, Cliff de Young, Chris Eigeman, Sarah Paulson, Diana Scarwid, Albert Hall, J. K. Simmons, Gerry Becker, Gary Sinise.

Hoje o grande ator Donald Sutherland completa setenta e cinco anos e continua na ativa, seguindo uma carreira que começou no início dos anos sessenta . Para as novas gerações ele é apenas um ator coadjuvante e pai de Kiefer Sutherland, o "Jack Bauer", porém durante sua carreira trabalho em grandes filmes como o clássico de guerra "Os Doze Condenados", o policial "Klute - O Passado Condena" e este pouco conhecido, mas ótimo longa chamado "Path to War", entre diversos outros trabalhos.

Esta produção HBO mostra a trajetória de Lindon Johnson (Michael Gambon) desde sua eleição para Presidente Americano em 1964 até o final do mandato em 1968. O foco principal é a Guerra do Vietnã, que polarizou o governo de Johnson, com o longa mostrando todas as maquinações políticas, atos e conseqüências desta guerra. O roteiro coloca como grande vilão o Secretário de Defesa Americano Bob McNamara (Alec Baldwin), que no governo Kennedy era considerado um dos pilares da política do país, mas que se transformou num defensor dos ataques americanos ao Vietnã. Por outro lado temos o Conselheiro Clark Clifford (Donald Sutherland), que tenta buscar a paz, trabalhando nos bastidores sempre tentando segurar o ímpeto de McNamara e aconselhando o presidente que a guerra era um grande erro.

É um filme longo com quase três horas de duração, mas que prende atenção principalmente para quem gosta do tema, guerra misturado com trama política e história. Além do roteiro, outro ponto alto é o elenco, com ótimas interpretações do trio principal e bons coadjuvantes, além da sempre competente direção do falecido John Frankenheimer.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Zeitgeist & Zeitgeist Addendum


Zeitgeist (Zeitgeist, EUA, 2007) – Nota 8,5
Direção – Peter Joseph

Zeitgeist Addendum (Zeitgeist Addendum, EUA, 2008) – Nota 7
Direção – Peter Joseph

A palavra alemã "zeitgeist" significa algo como "o espírito da época ou do tempo em que vivemos".

Estes documentários dirigidos e produzidos pelo desconhecido Peter Joseph foram lançados diretamente na internet pelo Google Video e mostram um ponto de vista interessante em relação a alguns assuntos, sendo que o primeiro filme foi dividido em três partes.

A primeira parte analisa a história de Cristo, que aqui se diz baseada em deuses das religiões antigas, o que com certeza desagradará a muitos religiosos, principalmente quando defende a tese de que a tecnologia foi o que fez o homem evoluir e melhorar sua qualidade de vida e que as religiões em nada ajudaram nesse processo, apenas são usadas para controle de massas.

A segunda parte foca no 11 de setembro, que é mostrado como um golpe do governo americano para ter a opinião pública ao seu lado para iniciar as guerras ao Afeganistão e ao Iraque a princípio e contra outros países futuramente, como a Venezuela por exemplo.

A parte final liga a teoria da conspiração de 11 de setembro com outros fatos que deram início a guerras e golpes em outros países financiados pelo governo americano e pelas grandes corporações durante o século XX, com o intuito de lucrarem com os conflitos e deixando a idéia que existe um plano de um governo mundial no futuro.

A continuação foca principalmente no funcionamento do Sistema Monetário Americano (Reserva Federal), que domina o país e em consequência grande parte do mundo, fabricando dinheiro do nada e emprestando aos bancos que duplicam os empréstimos ao povo e aos países pobres, que são obrigados a retribuir com favores, como abertura de mercado para corporações que tem o interesse de explorar as riquezas do país, como petróleo, ouro, diamantes e tudo mais que tenha valor. Os governantes que tentam barrar estes favores são depostos e até asssassinados, como em vários exemplos históricos mostrados no documentário, inclusive com depoimento de um agente da CIA aposentado.

Aqui também é apresentado a idéia do chamado “Projeto Vênus”, onde um grupo de pessoas acredita que o ideal seria uma sociedade bem diferente do capitalismo, onde com a tecnologia e os recursos naturais, toda a população mundial pudesse viver dignamente, tendo acesso a alimentação, educação e saúde. Uma grande e bela utopia que os próprios defensores da idéia sabem ser impossível acontecer. Algo que marcou neste documentário é a frase de uma destas pessoas, que diz “numa sociedade que visa lucro, nunca haverá justiça”. Infelizmente uma grande verdade.

O primeiro documentário é mais ágil e como enfoca três temas fortes, prende a atenção do início ao fim. A sequência é um pouco mais cansativa, porém não deixa de ser interessante toda a explicação sobre as reservas de dinheiro mundial e como este sistema é frágil e cruel com a população.

Tenho certeza que muitas pessoas irão discordar dos temas desenvolvidos nestes documentários, entendo que algumas idéias possam ser fantasiosas, mas muito do que é falado aqui são verdades tristes e cruéis do mundo em que vivemos.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

O Retorno da Múmia

O Retorno da Múmia (The Mummy Returns, EUA, 2001) – Nota 7
Direção – Stephen Sommers
Elenco – Brendan Fraser, Rachel Weisz, John Hannah, Arnold Vosloo, Oded Fehr, Dwayne “The Rock” Johnson, Freddie Boath, Patrícia, Velásquez, Alun Armstrong, Adewale Akinnouye Agbaje.

Esta sequência se passa em 1933, dez anos após o original. Agora Rick O’Connell (Brendan Fraser) e Evelyn (Rachel Weisz) estão casados e tem um filho, o pequeno Alex (Freddie Boath). Tudo parece bem após a múmia de Imhotep (Arnold Vosloo) ter sido levada para o Museu de Londres, porém alguns acontecimentos fazem Imhotep ressuscitar e voltar para o Egito levando o filho do casal, que está usando um poderoso artefato, o Bracelete de Anubis. A história se complica ainda mais, porque outro ser é ressuscitado no Egito, o Escorpião Rei (Dwayne “The Rock” Johnson) que entrará em conflito violento com Imhotep.

O filme tenta capitalizar com o sucesso do original e consegue, mesmo não atingindo o mesmo nível. As cenas de ação continuam bem feitas e a história é apenas uma variação do que foi o original.

Como curiosidade, o longa gerou um filme solo com o personagem Escorpião Rei, por sinal uma bomba estrelado por The Rock e em 2008 uma terceira parte da aventura original.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Um Craque Chamado Divino

Um Craque Chamado Divino (Brasil, 2006) – Nota 8
Direção – Penna Filho

Aproveitando que amanhã o Palmeiras fará o jogo de despedida do seu estádio num amistoso contra o Boca Juniors e a princípio nós torcedores teremos de esperar dois anos pela moderna arena que foi planejada, resolvi escrever sobre o maior jogador da história do clube. Este documentário é uma homenagem a Ademir da Guia, o “Divino”, que chegou ao Palmeiras ainda garoto em 1961 e jogou até 1977, sendo o atleta com maior número de partidas pelo clube, foram 901 jogos e 153 gols marcados, sendo o terceiro artilheiro da história do verdão.

O diretor Penna Filho se baseou na biografia de Ademir escrita por Kleber Mazziero e inicia mostrando a vida de Domingos da Guia e seus irmãos. Domngos é o pai de Ademir e foi um dos grandes craques da história do futebol brasileiro nos anos trinta e jogou junto com os irmãos no Bangu, antes de fazer fama e fortuna jogando em outros clubes do país, além do Nacional do Uruguai e do Boca Juniors. Domingos era conhecido como o “Divino Mestre”, pela elegância do jogo, mesmo ele sendo zagueiro e Ademir herdou o apelido também por sua elegância e qualidade técnica.

No documentário descobrimos que na adolescência Ademir foi campeão de natação pelo Bangu e chegou a pensar em seguir carreira, mas acabou continuando apenas no futebol, iniciando sua trajetória no mesmo Bangu, antes de chegar ao Palmeiras. Toda a sua carreira no Palmeiras é mostrada, desde a desconfiança de muitos com sua chegada, na época era apenas o o filho de Domingos da Guia, até se tornar titular, virar unânimidade e nunca mais sair do time. Veremos ainda a dupla maravilhosa que fez no meio campo com Dudu, com quem com jogou de 1964 a 1976, com os dois participando das duas “academias”, a dos anos sessenta, que ganhou vários títulos de 1965 a 1968 e depois no novo time dos anos setenta, que dominou o futebol brasileiro entre 1971 e 1975.

Sou da geração que sofreu com a falta de títulos dos anos oitenta, vibrou com as vitórias nos anos noventa e hoje sofre novamente com as dificuldades, com isso não vi Ademir jogar ao vivo, assisti apenas lances como os mostrados aqui, mas isso já é o suficiente para ver a importância do ídolo na história do clube.

É um documentário obrigatório para os palmeirenses conhecerem um pouco mais da carreira e da vida deste craque que se confunde com a história do clube e faz parte de um grupo de imortais, como Marcos, Dudu, César Maluco, Oberdan Cattani, Evair, Valdir Joaquim de Moraes, Jair Rosa Pinto, entre tantos outros que honraram nosso manto sagrado.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

O Incrível Hulk

O Incrível Hulk (The Incredible Hulk, EUA, 2008) – Nota 7
Direção – Louis Leterrier
Elenco – Edward Norton, Tim Roth, Liv Tyler, William Hurt, Tim Blake Nelson, Ty Burrell, Lou Ferrigno, Stan Lee, Robert Downey Jr.

Após uma experiência mal sucedida com raios gama, o cientista Bruce Banner (Edward Norton) se transforma num monstro verde, destrói o laboratório e foge. Algum tempo depois ele é localizado morando na favela da Rocinha e o exército americano liderado pelo General Ross (William Hurt) envia um comando a sua procura, mas mesmo assim Bruce escapa novamente e volta para os EUA com dois objetivos: Procurar a cura para sua condição e reencontrar sua amada Betty Ross (Liv Tyler), filha do general. Para tentar detê-lo, o general criará um oponente a altura, após injetar uma substância em Emil Blonski (Tim Roth), este se mostrará totalmente fora do controle.

Após o fracasso de bilheteria do filme Ang Lee, a Marvel resolveu recriar o personagem com uma equipe totalmente nova e se não foi perfeito, pelo menos se mostrou competente nas cenas de ação, o que faltou no filme anterior. A nova versão tem uma meia hora inicial muito boa, mostrando a vida do personagem Bruce Banner na favela da Rocinha e terminando numa perseguição muito bem filmada pelo local. O desenrolar da história é contado sem surpresas e para meu gosto, a luta final entre Hulk e a criatura vivida por Tim Roth é puro videogame, feito para platéia jovem que adora CGI e lutas espetaculares. Eu com certeza considero mais interessante a perseguição inicial pela favela, que comprova não ser necessário um caminhão de efeitos especiais para criar cenas de ação competentes, mas sim bons atores e muita criatividade.

Para os fãs de quadrinhos, a pequena participação de Robert Downey Jr como Tony Stark / Homem de Ferro no final do longa, abre margem para um filme que pode reunir vários heróis da Marvel.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Cama de Gato

Cama de Gato (Brasil, 2002) – Nota 6
Direção – Alexandre Stockler
Elenco – Caio Blat, Rodrigo Bolzan, Cainam Baladez, Renata Airoldi, Cláudia Schapira, Nany People, Bárbara Paz.

Três amigos que acabaram de entrar na universidade e vivem curtindo festas regadas a bebida, sexo e drogas, armam um plano para transarem juntos com uma garota (Renata Airoldi), porém o que começa como farra se transforma em estupro e assassinato. Os amigos são Cristiano (Caio Blat), Chico (Rodrigo Bolzan) e Gabriel (Cainam Baladez), que para encobrir o crime deixam um rastro de mortes e violência pela noite.

Como cinema, o filme deixa a desejar, as interpretações são exageradas e a cena de estupro é praticamente explícita, porém o conteúdo é uma análise triste e realista sobre parte da juventude paulistana.

O diretor Alexandre Stockler filmou a história em estilo quase documental, inclusive repetindo algumas frases na mesma cena para reforçar o absurdo da situação e ainda colocando comentários do trio de atores no meio do filme sobre a cena do momento.

O ponto mais importante do longa são as entrevistas, que conforme os créditos finais, foram realizadas pelo diretor e os atores na noite paulistana, interpelando jovens em locais como postos de gasolina, bares e universidades, onde as perguntas eram sobre determinada cena do filme e o que estes jovens fariam na mesma situação. As respostas deixam qualquer um de boca aberta, ouvimos absurdos como “eu faria igual ao filme”, uma garota diz ter gostado de transar com três homens ao mesmo tempo e até uma variação da famigerada “estupra, mas não mata” do Paulo Maluf é solta por um dos jovens. A maioria dos entrevistados são jovens de classe média, ou como diz um dos personagens do filme, “são pessoas que tem dinheiro demais para serem pobres e dinheiro de menos para serem ricas”. Estes depoimentos são um retrato triste da época em que vivemos.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Com 007 Só Se Vive Duas Vezes

Com 007 Só Se Vive Duas Vezes (You Only Live Twice, Inglaterra, 1967) – Nota 7,5
Direção – Lewis Gilbert
Elenco – Sean Conney, Akiko Wakabayashi, Mie Hama, Tetsuro Tamba, Donald Pleasence, Charles Gray, Bernard Lee, Lois Maxwell, Desmond Llewellyn.

Um foguete americano em missão no espaço desaparece misteriosamente e logo os soviéticos acabam sendo os supeitos. A situação muda quando uma nave soviética também desaparece e o serviço secreto inglês descobre pistas que as naves possam ter pousado no Japão. Para descobrir o que houve, James Bond é enviado ao Japão para evitar um conflito entre americanos e soviéticos.

O roteiro utiliza temas em alta na época, como a conquista do espaço e a Guerra Fria para criar uma aventura de Bond do outro lado do mundo, no Japão onde ele precisa se adaptar a cultura local, inclusive namorando uma bela oriental. Outro ponto alto é o ótimo Donald Pleasence no papel de Blofeld, o chefe da organização criminosa Spectre.

Como curiosidade, após este filme Sean Connery pediu um valor muito alto para fazer um novo filme da série e acabou substituído pelo inexpressivo George Lazenby em “007 A Serviço Secreto de Sua Majestade”. Connery voltaria em seguida em “007 Os Diamantes São Eternos”.

domingo, 4 de julho de 2010

Teoria do Caos

Teoria do Caos (Chaos Theory, EUA, 2007) – Nota 7
Direção – Marcos Siega
Elenco – Ryan Reynolds, Emily Mortimer, Stuart Townsend, Sarah Chalke, Elisabeth Harnois, Chris William Martin,, Matreya Fedor.

O filme começa com o jovem noivo Damon (Chris William Martin) em dúvida sobre o casamento horas antes da cerimônia, em virtude de ter descoberto que a noiva teve um caso com um conhecido quando eles estavam separados. Pensando até em desistir, ele é parado pelo pai da garota, Frank (Ryan Reynolds) que resolve contar sua vida ao noivo, principalmente sobre a relação com sua esposa Susan (Emily Mortimer) e sobre momentos de dúvida que teve em manter ou não o casamento.

No início temos a impressão de que será apenas uma comédia, mas o curioso roteiro brinca com a “Teoria do Caos” ao mostrar a confusão na vida do do personagem de Frank, um sujeito que faz listas diariamente para segui-las numa espécie de roteiro e quando por um acaso se desvia do programado, detona uma sequência de fatos e enganos que levam a descoberta de um segredo que pode afetar o futuro dele e das pessoas que vivem a sua volta. Esta sinopse poderia levar o filme ao drama pesado também, mas o diretor prefere balancear a história mostrando os fatos de forma leve e até engraçada em alguns momentos, tendo como trunfo a boa interpretação do simpático Ryan Reynolds.

sábado, 3 de julho de 2010

Razão e Sensibilidade

Razão e Sensibilidade (Sense and Sensibility, EUA / Inglaterra, 1985) – Nota 8
Direção – Ang Lee
Elenco – Emma Thompson, Alan Rickman, Kate Winslet, Hugh Grant, Gemma Jones, Tom Wilkinson, Emilie François, Greg Wise, Imelda Staunton, Imogen Stubbs, Hugh Laurie, Robert Hardy, Elizabeth Spriggs.

Na Inglaterra do século XIX, após a morte do marido, uma viúva e suas filhas ficam a espera da ajuda de um meio-irmão que prometeu ao pai cuidar das irmãs, o que ele acaba não cumprindo. Com a família em dificuldade financeira e vivendo numa época de rígida moral, algumas pessoas vêem como única saída para aquela a família que as irmãs se casem com homens que tenham bens, porém consideram Elinor (Emma Thompson) velha e sem graça, enquanto Marianne (Kate Winslet) é a rebelde. As duas terão alguns flertes com o Coronel Brandon (Alan Rickman) e com o indeciso Edward (Hugh Grant), mas passarão por dificuldades e preconceitos.

Este ótimo drama baseado em livro de Jane Austen e com certeza agradará a todos, até mesmo aqueles que não são grandes fãs de filmes de época. Os personagens são bem construídos e interpretados pelo ótimo elenco inglês, além do roteiro e da direção de Ang Lee que não deixam o longa cair no drama exagerado ou na monotonia, mantendo o interesse e a qualidade do início ao fim.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Eraserhead

Eraserhead (Eraserhead, EUA, 1977) – Nota 3
Direção – David Lynch
Elenco – Jack Nance, Charlotte Stewart, Allen Joseph, Jeanne Bates.

O estranho Henry Spencer (Jack Nance) trabalha em uma espécie de gráfica e namora Mary (Charlotte Stewart). Quando ele é apresentado aos não menos estranhos pais da garota, ela conta que está grávida e os dois acabam se casando, indo morar no pequeno apartamento de Henry. A situação fica complicada quando o bebê nasce totalmente deformado, o que faz com que a mãe o abandone e Henry tenha que cuidar da criança.

Este filme totalmente esquisito vale apenas para se conhecer o início de carreira de David Lynch e principalmente para os fãs do diretor. Por mais que Lynch seja elogiado por parte da crítica, considero alguns de seus filmes exagerados e totalmente sem sentido. Se ele acertou em filmes como “Veludo Azul” e “Coração Selvagem”, além da série “Twin Peaks”, outros trabalhos apesar de terem um clima diferente, como “A Estrada Perdida” e “Cidade dos Sonhos”, são incompreensíveis. Este “Eraserhead” é extremamente chato, onde o único objetivo, acredito eu, seria chocar o público com personagens estranhos e um bebê monstro.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

A Múmia

A Múmia (The Mummy, EUA, 1999) – Nota 7,5
Direção – Stephen Sommers
Elenco – Brendan Fraser, Rachel Weisz, John Hannah, Arnold Vosloo, Kevin J. O'Connor, Jonathan Hyde, Erick Averi, Oded Ferh, Bernard Fox, Patricia Velasquez.

Em 1926 o explorador Rick O’Connell (Brendan Fraser), sua namorada Evelyn (Rachel Weisz) e o irmão desta, Jonathan (John Hannah) descobrem a múmia de Imhotep e por engano, Evelyn lê um livro sagrado que o traz de volta a vida. Imhotep (Arnold Vosloo) volta cheio de ódio, lançando mão das dez pragas do Egito para tentar reencontrar seu amor, que era amante do Faraó e por esta traição ele acabou sendo mumificado vivo.

Este é o início de um divertida e movimentada aventura, com bons efeitos especiais e utilizando a fórmula dos filmes de Indiana Jones misturando ação e comédia, tendo Brendan Fraser perfeito no papel, mesmo ele não sendo grande ator e com a bela e competente Rachel Weisz formando um interessante par.

Como curiosidade, o longa é uma refilmagem livre do clássico de mesmo título produzido em 1932 e que tinha Boris Karloff no papel da múmia.