sábado, 29 de maio de 2010

Sem Destino - O Adeus a Dennis Hopper

Sem Destino (Easy Rider, EUA, 1969) – Nota 7,5
Direção – Dennis Hopper
Elenco – Peter Fonda, Dennis Hopper, Jack Nicholson, Karen Black, Phil Spector, Luke Askew.

Hoje o cinema perdeu Dennis Hopper. Este ator e diretor estreou bem jovem nos anos cinquenta e trabalhou como coadjuvante em dois filmes de James Dean, os clássicos "Juventude Transviada" e "Assim Caminha a Humanidade". Em seguida foi coadjuvante em vários outros filmes até que no final dos anos sessenta pensava em largar a profissão, mas quando seu amigo Peter Fonda lhe apresentou o que seria o roteiro de "Sem Destino" ele aceitou o desafio e juntos criaram este clássico da contra-cultura americana. Feito com baixo orçamento, o longa fez sucesso e alavancou a carreira da dupla principal e de Jack Nicholson, porém o vício em drogas, tanto de Hopper quanto de Fonda quase acabou com a carreira e a vida destes atores. Eles entraram nos eixos novamente apenas na segunda metade dos anos oitenta, sendo que Peter Fonda não voltou a ser um astro, mas fez alguns bons papéis e Hopper voltaria a trabalhar em grandes produções ("Velocidada Máxima", "Waterwolrd") e dirigiria o polêmico "Colors - As Cores da Violência", mas este longa merece uma postagem posterior, com maiores detalhes.

O longa "Sem Destino" foi produzido no auge do movimento hippie, tendo nos papéis principais dois motoqueiros, Wyatt (Peter Fonda) e Billy (Dennis Hopper) que levam drogas do México para vender em Los Angeles. Com o dinheiro da venda eles iniciam uma viagem até Nova Orleans, onde pretendem aproveitar o Mardi Gras, uma espécie de carnaval da cidade. Durante o percurso eles ainda fazem amizade com um advogado drogado (Jack Nicholson), que é levado como carona nesta jornada.

O roteiro e as interpretações vão fundo no lema “sexo, drogas e rock and roll”, mostrando personagens marginais e como Fonda e Hopper já disseram, eles foram batizados em homenagem a Wyatt Earp e Billy The Kid, personagens lendários do oeste americano. Até nas roupas os personagens são ícones, enquanto o Wyatt de Peter Fonda se veste coma uma espécie de bandeira americana e por isso tem o apelido de “Capitão Americana”, o Billy de Dennis Hopper usa roupas que lembram os índios. Agora quem rouba o filme é Jack Nicholson, que herdou o papel que seria de Rip Torn e criou um personagem fantástico, um advogado totalmente maluco e drogado, que segue a dupla principal nesta viagem alucinante.

7 comentários:

Bruno Cunha disse...

O Adeus a Dennis Hopper.

Abraço
Cinema as my World

Mayara Locatelli disse...

Olá! Achei o blog e pensei que tal te mostrar meu texto? Escrevi sobre cinema e gostaria de opiniões...

Está no blog!

Abç

Hugo disse...

Nekas - Apesar dos altos e baixos ele deixou sua marca no cinema.

Mayara - Irei visitar seu blog também.

Clenio disse...

A morte de Hopper é a constatação de que a velha Hollywood está realmente acabando... dos áureos tempos acho que só mesmo Elizabeth Taylor e Debbie Reynolds (não por acaso ex-amigas e rivais) ainda estão vivas.
Hooper deixa um legado inestimável. Ainda que "Easy rider" não me faça a cabeça (sem piadas subliminares...) ele está no elenco de "Juventude transviada", "Assim caminha a humanidade" e "Veludo azul"... Não tem como admirar e respeitar!

Grande abraço.
Clênio
www.lennysmind.blogspot.com
www.clenio-umfilmepordia.blogspot.com

PS - Assisti a "Frost/Nixon", sim... Muito bom, apesar de ter um enfoque bem diferente do apresentado em "Todos os homens..."

Cristiano Contreiras disse...

Estou muito triste, ainda...

e este filme eu preciso rever...deu uma vontade de vivenciar o Hopper, novamente.

abraço

Mateus Souza disse...

É um filme que é a cara da Nova Hollywood - o que o torna, também, a cara de uma geração. Trilha sonora memorável.

Abraço.

Hugo disse...

Clenio - Infelizmente o tempo não para e os grande nomes dos chamados "Anos de Ouro de Hollywood" estão partindo.

Cristiano - É sempre rever bons trabalhos.

Mateus - Foi o início de uma geração de diretores que mudaram Hollywood nos anos setenta. Apesar de a carreira de Hopper como diretor não se consolidou.

Abraço a todos