Direção – Dan Gilroy
Elenco – Denzel Washington, Colin Farrell, Carmen Ejogo,
Tony Plana, Amanda Warren, Sam Gilroy, DeRon Horton.
Após trinta e cinco anos trabalhando nos bastidores como
parceiro de um advogado criminal, Roman J. Israel (Denzel Washington) não sabe
que caminho seguir após o amigo entrar em coma irreversível.
Extremamente
inteligente, Roman é quase um gênio para encontrar brechas nas leis e criar
estratégias de defesa para seus clientes. O problema é que ele tem muita
dificuldade em lidar com as pessoas.
Por causa disso, o amigo deixou por escrito
que os casos pendentes seriam repassados para um grande escritório comandado
por George Pierce (Colin Farrell). Desamparado e sem saber qual caminho seguir,
Roman se envolve numa série de situações que o farão mudar a forma de encarar o
mundo.
O roteiro escrito pelo diretor Dan Gilroy (“O Abutre”) explora temas
interessantes. O principal é mostrar o sofrimento de uma pessoa que não se
encaixa nos padrões exigidos pela sociedade. Quando o protagonista vivido por
Denzel Washington é obrigado a enfrentar a vida normal, sem um parceiro para
ser o interlocutor de seu trabalho, seus ideais entram em conflito com a
“normalidade”.
Algumas sequências são dolorosas, como no caso da palestra quando sua gentileza é confrontada por uma feminista raivosa ou quando ele
tenta procurar emprego em uma ONG e um dos funcionários o trata como um
aberração.
Outro ponto interessante do roteiro é a crítica ao sistema
judiciário americano e aos advogados que vendem seus serviços por um alto valor
assustando os familiares dos réus, para depois aceitar a primeira proposta que
os promotores oferecem para encerrar o caso rapidamente. Uma verdadeira
indústria da justiça.
Vale destacar a interpretação de Denzel
Washington. Seu personagem parece viver ainda nos anos sessenta.
4 comentários:
Olá Hugo
Fiquei impressionada com esse filme viu?
Como pode né, uma pessoa tão articulada e inteligente como ele ser tão pouco sociável :/
Cheguei até pensar que eles iam abordar a síndrome de Asperger, mas não, ele tinha uma espécie de zona de conforto.
De certa maneira talvez seu sócio até o tenha prejudicado pensando em ajudar :/
E talvez o Colin Farrell (aaaaahhhhh eu amo o Colin Farrell só porque ele parece meu namorado hihihi) não tenha prejudicado ao forçar que ele tivesse contato com os clientes.
Polêmica a conduta nem um pouco ética, mas que foi divertido ver ele gastando aquele dinheiro foi :) como disse o CF: quebrou o cofrinho para comprar o terno rsrs
Interessante a prerrogativa dele ao defender a si mesmo no diálogo quando diz que: se a mente não acha que é culpa, então o ato não é culpado.
Só poderia mesmo ser um advogado de defesa, no entanto tudo é muito subjetivo, e com certeza absoluta eu nunca seria uma advogada :))
Amei a cena em que o Colina Farrell dá entrada na petição final e quando a advogada da ONG está dando uma palestra e fala da importância das pessoas que inspiram e da importância das transformações e de se reinventar ao longo do tempo <3
Bjs Luli
Café com Leitura na Rede
Luli - Existem muitas pessoas brilhantes no que fazem, mas que tem dificuldades em lidar com outras pessoas e com o sistema que vivemos. O personagem de Denzel Washington aqui é talvez excêntrico demais, mas não deixa de ser um exemplo para este tipo de caso.
Por isso que muitas vezes uma pessoa que não tem tanto conhecimento consegue uma grande carreira porque tem jogo de cintura para lidar com os problemas que surgem no seu caminho.
Bjos
é muito bom poder falar com quem viu o filme. acabei de postar. vamos ao seu post. realmente é muito interessante quando roman começa a socializar, se é que dá pra chamar de socialização. mas o olhar crítico dele tb é muito interessante. me impressionou muito a semelhança com o brasil. quem tem poucos recursos, é pobre não tem a mesma justiça de quem é bem nascido. eu gostei muito qd roman fica antiético. cansado de ser incompreendido comete um desatino atrás do outro. que roteiro inteligente. tb gostei demasi do abutre desse diretor que tb assina o roteiro. igualmente desconcertante. beijos, pedrita
Pedrita - Este e "O Abutre" são dois filmes muito bons e com temas atuais.
Bjs
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