Direção – Oliver Schmitz
Elenco – Steve Coogan, Andrea Riseborough, Garion Dowds,
Inge Beckman, Robert Hobbs, Deon Lotz.
África do Sul, anos oitenta. Numa noite chuvosa, após um
desentendimento na estrada, o jovem guarda prisional Leon Labuschagne (Garion
Dowds) desce de seu carro e mata sete homens de um time de futebol que estavam
em uma van.
Pelos homens serem negros, a promotoria acredita que a causa do
crime seja racismo. O defensor público pede ajuda a um famoso advogado ligado
aos direitos humanos para defender o jovem, que não quer falar porque cometeu o
crime.
Johan Webber (Steve Coogan) aceita o caso e aos poucos desconfia que o
crime pode estar ligado ao trabalho do jovem, que tinha uma relação próxima com os presos condenados
a morte e inclusive participava das execuções.
Baseado numa história real, este
longa claramente se coloca contra a pena de morte, mostrando sua execução de
forma cruel, quase medieval. Não sei se realmente na África do Sul as execuções
aconteciam como é mostrado aqui. Por mais que seja uma discussão complexa, para
alguns crimes violentos e cruéis a pena de morte seria uma punição justa.
Voltando ao filme, o roteiro explora também a questão do trauma psicológico que
acometem as pessoas que vivenciaram ou sofreram violência. Neste ponto, a
atuação de Garion Dowds como o assassino traumatizado é o destaque.
Por mais
que a história seja interessante, o filme se torna um pouco cansativo por causa das longas sequências do julgamento.
5 comentários:
sim hugo, as execuções aconteciam exatamente como no filme. e pode ver que a maioria era negra. muitos contrários a repressão branca. sem julgamentos justos ou mesmo sem julgamento. diariamente 7 eram executados pelo exato período do filme. como relatei o fato histórico no meu blog: "a África do Sul matou por enforcamento 7 presos por dia em um total de 164 pessoas em 2 anos" e passa no final do filme. achei dados históricos confirmando na internet. mandela depois aboliu a pena de morte no país. filme fundamental para contar uma parte da história da áfrica do sul que não conhecia. sabia que a áfrica do sul tinha sido monstruosa com os negros, mas não tinha ideia da dimensão da monstruosidade. http://mataharie007.blogspot.com.br/2018/02/cordeiros-e-carrascos.html
Pedrita - A forma como aconteciam as execuções era brutal. Isso o filme deixa bem claro.
Bjos
Olá Hugo
Tinha visto essa indicação no blog da Pedrita.
Quando estudei sobre a África fiquei surpresa de maneira negativa com muitas situações que desconhecia, e não conhecia essa parte voltada ao judiciário desumano daquela época.
Esse filme mescla sobre direitos humanos e a questão psicológica de maneira interessante.
Ainda não sei direito qual minha opinião sobre o assunto, é bastante controverso, as vezes acho que deveria haver pena de morte, outras acho que seria difícil empregar de maneira que não houvesse espaço para erros :(
Bjs Luli
https://cafecomleituranarede.blogspot.com.br
Vi o filme.
As cenas do julgamento são maçantes.
O assassino se nega a falar na maiorias das vezes. E isso, para mim, foi outra coisa irritante.
É muito difícil se avaliar estando de fora.
Se a maioria negra foi assassinada, vejo isso como uma coisa natural, considerando que na África do Sul é de maioria negra.
Luli - A África do Sul sofre por décadas por causas desta divisão étnica. A discussão da pena de morte é complexa, mas entendo que ela seria justo alguns crimes violentos.
Liliane - O filme teve alguns méritos por colocar em discussão temas fortes. O que assusta no filme é a forma como a pena de morte é executada, de uma forma extremamente cruel.
Bjos
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