sábado, 24 de fevereiro de 2018

O Destino de uma Nação

O Destino de uma Nação (Darkest Hour, EUA / Inglaterra, 2017) – Nota 8
Direção – Joe Wright
Elenco – Gary Oldman, Kristin Scott Thomas, Ben Mendelsohn, Lily James, Stephen Dillane, Ronald Pickup, Samuel West.

Segunda Guerra Mundial, 1940. As tropas alemães avançam por dentro da França empurrando o exército local e os ingleses para a praia de Dunquerque. 

Prestes a perder seu exército, os políticos ingleses pressionam pela renúncia do primeiro-ministro Neville Chamberlain (Ronald Pickup). O nome de consenso entre situação e oposição é de Winston Churchill (Gary Oldman), que é visto com desconfiança por muitos, inclusive pelo Rei George (Ben Mendelsohn). 

O passado de erros políticos, o hábito de falar o que pensa e o gosto pela bebida são pontos que assustam os opositores. Ao assumir o cargo, Churchill é pressionado pelo Visconde Halifax (Stephen Dillane) para negociar com Hitler, enquanto procura uma forma de resgatar seu exército. 

O objetivo do longa é mostrar os bastidores dos dias que poderiam ter mudado o rumo da guerra caso Churchill tivesse cedido as pressões. O roteiro é extremamente feliz ao retratar Churchill como um sujeito complicado, que batia de frente com os opositores, mas que ao mesmo tempo tinha seus medos e inseguranças. 

A vida dele com a esposa (Kristin Scott Thomas) e as relações que cria com a secretária (Lily James) e surpreendentemente com o Rei George são outros pontos interessantes do longa. 

O grande destaque fica sem dúvida para a atuação de Gary Oldman, quase irreconhecível debaixo de uma maquiagem pesada. Seu modo de falar balbuciando palavras, o jeito de andar e outros maneirismos tem tudo para levar o ator a ganhar o Oscar. Ele é sem dúvida o grande favorito.  

3 comentários:

Luli Ap. disse...

Olá Hugo
Estou curiosa para assistir esse filme.
É um ponto de vista diferente da guerra. Uma vez um profe disse que a primeira guerra foi travada com os soldados nas trincheiras e que a segunda guerra teve um milhão de interpretações porque atingiu em cheio os civis.
Assisti Dunkirk e é um lado da moeda, aqui deve ser os bastidores e como chegaram até lá do ponto de vista britânico, mais as interpretações pessoais do ministro, sua esposa, assistente e o rei.
Quando há a primeira reunião em que ele discorda do projeto dos aliados diz algo mais ou menos como: se os nazis soubessem que os aliados estão se reunindo num jardim jogavam uma bomba aqui e matavam de uma só vez quase todos os líderes aliados.
Sem falar na personalidade forte e pouco convencional. Na reunião até o rei vai como militar e ele como um lord :D
Acho que Oldman leva o Oscar, só perde para Day Lewis.
Quero assistir, dica devidamente anotada

Bjs Luli
Café com Leitura na Rede

Liliane de Paula disse...

Quero muito vê esse filme que é uma parte da história.
E filmes baseados em histórias reais me encanta.
Já vi um pouco da personalidade e da força do Churchill no seriado, maravilhoso seriado "The Crown" da Netflix.
Gary Oldman está mesmo irreconhecível.
Dunkirk, faz parte dessa terrível história.

Hugo disse...

Luli - Churchill não tinha saída, se fizesse acordo com Hitler seria o fim da Europa. Ele sabia que em algum momento os EUA seriam obrigados a entrar na guerra.

Este filme e "Dunkirk" de Christopher Nolan são filmes que se completam e obrigatórios para quem gosta de história.

Liliane - A atuação de Gary Oldman é sensacional. Churchill nunca foi tão bem representado.

Bjos