quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O Dia em que a Terra Parou (1951 e 2008)










O Dia em Que a Terra Parou (The Day the Earth Stood Still, EUA, 1951) – Nota 8
Direção – Robert Wise
Elenco – Michael Rennie, Patricia Neal, Hugh Marlowe, Sam Jaffe.

Um nave espacial aterrissa em Washington com o alienígena Klaatu (Michael Rennie) e o robô Gort assustando a população e as autoridades, que chamam o exército para deter a possível invasão e atacam Klaatu, que ferido é levado a um hospital. Se recuperando, ele diz que veio trazer um ultimato aos líderes do planeta, que deveriam parar com as guerras e a corrida armamentista. Ignorado pelo governo americano e tratado como um invasor, ele recebe ajuda de uma funcionária do governo (Patricia Neal) que o ajuda a fugir e tenta mostrar ao alienígena que as pessoas não são ruins e merecem uma segunda chance.

Este clássico da ficção dirigido pelo grande Robert Wise (“Amor, Sublime Amor” e “O Enigma de Andrômeda”) foi um alerta ao perigo da destruição da Terra pelo homem, que naquela época vivia o início da Guerra Fria entre EUA e União Soviética, sendo até hoje um longa atual, que pode ser visto como uma parábola as guerras que continuam a estourar pelo mundo, além do descaso com a natureza e com ser humano.

O Dia em que a Terra Parou (The Day the Earth Stood Still, EUA, 2008) – Nota 6
Direção – Scott Derrickson
Elenco – Keanu Reeves, Jennifer Connelly, Jaden Smith, Kathy Bates, John Cleese, Jon Hamm, Kyle Chandler, Robert Knepper, James Hong.

Considero quase um absurdo refilmar um clássico, mas hoje em dia vivemos uma avalanche de refilmagens e continuações, o que é uma pena, pois o cinema precisa de idéias originais. Este filme é mais um exemplo que entra na lista de fracassos ou no mínimo refilmagens desnecessárias, como “Poseidon”, “Psicose” e tantos outros.

A história começa com uma nave pousando em pleno Central Park (no original era em Washington), com um alienígena tentando contato com uma cientista (Jennifer Connelly), porém acaba abatido a tiros. Enquanto isso, um robô gigante que veio junto com o alien causa um blecaute geral. O alienígena é levado para um hospital onde sobrevive, toma a forma humana (Keanu Reeves) e diz que precisa falar com nossos líderes, mas não é ouvido e acaba fugindo com a ajuda da cientista que descobrirá a verdadeira missão do visitante.

O frescor do original que fazia uma critica ao comportamento dos governos em relação as guerras e a corrida armamentista, mesmo com seus efeitos especiais jurássicos, é muito superior a esta nova versão que tenta se segurar com algumas cenas de ação sem graça e no roteiro que em algumas partes beira o dramalhão, além do personagem insuportável interpretado pelo garoto Jaden Smith (filho de Will Smith e Jada Pinkett), que ao invés de comover acaba irritando.

8 comentários:

bones disse...

aff finalmente alguem concorda que o moleque é irritante.
Olha que eu até estava vendo o filme com certo carinho, sabe, Keanu, um robo gigante, efeitos legais.... podia até dizer que seria legal para passar tempo, mas o moleque não deixa!! Cheguei a querer que o filme acabasse logo, queria estangular a criança.
Ou esse menino vai se dar muito mal ou vai ser um excelente ator, só queria saber o que o diretor mandou ele fazer.

Ah, prefiro mil vezes o original.
abraços.

Unknown disse...

Também prefiro o original!

LuEs disse...

Gente, esse moleque é irritante demais. E isso desde À Procura da Felicidade, no qual contracena com o igualmente irritante Will Smith - tai pai, tal filho.
Mas não sei se gostaria da versão atual desse filme. Keanu Reeves não é um ator muito regular, usualmente ao longo do filme ele se mostra eficiente e ruim...
Senti um clima de idealização na sua resenha, essa coisa de "mostrar que os alienígenas não são ruins" foi estranho.
=D

Anônimo disse...
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Hugo disse...

Bones - A única certeza é que o garoto está conseguindo estes papéis por causa do pai, mas até agora não mostrou muita casa para justificar a escolha.

Victor - O original é bem melhor.

Luis - Não tentei idealizar os alienígenas, apenas que no contexto destes filmes eles tem um papel de tentar abrir os olhos dos humanos para os absurdos cometidos contra o planeta e entre nós mesmos.

Dan - Obrigado amigo, vou passar pelo seu blog.

Abraço a todos

Anônimo disse...
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Wally disse...

Eu daria 8.5 para o original e 6.0 para a refilmagem, que não merecia as críticas duras que recebeu.

Hugo disse...

Wally - Concordo, a questão é o filme perde em relação a comparação com o original e a tendência são as críticas maiores que para um filme original.

Abraço