sábado, 31 de janeiro de 2009

Babel

Babel (Babel, EUA, 2006) – Nota 8
Direção – Alejandro Gonzalez Iñarrritu
Elenco – Brad Pitt, Cate Blanchett, Adriana Barraza, Ellie Fanning, Nathan Gamble, Gael Garcia Bernal, Clifton Collins Jr, Michael Peña, R. D. Call, Rinko Kikuchi, Koji Yakusho, Sayoshi Nikaido, Said Tarchani, Boubker At El Caid, Mohamed Akhzam.


No Marrocos um ônibus cheio de turistas é atingido por um tiro. Este é o ponto de partida deste drama que flerta com a teoria do caos e mostra a globalização da tragédia, deixando claro que todo ato gera uma conseqüência.

A pessoa atingida pelo tiro no ônibus é a americana Rachel (Cate Blanchett) que está viajando junto com seu marido Richard (Brad Pitt) na tentativa do casal se reaproximar após uma perda. O tiro foi disparado pelos irmãos Ahmed (Said Tarchani) e Youssef (Boubker At El Caid) que estavam com um rifle dado pelo pai para afastar os chacais de suas ovelhas. O fato afeta a vida de Amélia (Adriana Barraza) babá dos dois filhos do casal americano, que resolve levar as crianças de Los Angeles até o México para não perder o casamento do filho, tendo a companhia de seu sobrinho Santiago (Gael Garcia Bernau), além de ressoar no Japão também, onde a adolescente surda-muda Chieko (Rinko Kikuchi) sente-se rejeitada após a mãe ter se suicidado e o pai (Koji Yakusho) tenta se aproximar da garota e seguir com a vida.

Esta verdadeira Babel como diz o título, está ligada pela tragédia no Marrocos sendo contada em um ritmo que começa lento e aos poucos vai aumentando o nível de tensão e de emoções pelas quais os personagens tem de passar, mexendo ainda com diversos temas como preconceito, política, terrorismo, família, ou seja, um diversidade de temas universais e atuais contados com talento pelo diretor Iñarritu.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Bezerra de Menezes

Bezerra de Menezes: Diário de um Espírito (Brasil, 2008) – Nota 6
Direção – Glauber Filho & Joe Pimentel
Elenco – Carlos Vereza, Magno Carvalho, Ana Rosa, Lúcio Mauro, Cláudio Raposo, Caio Blat, Paulo Goulart Filho.

Este pequeno filme é quase um documentário que narra vida do médico cearense Bezerra de Menezes (Carlos Vereza), que viveu no século XIX durante o reinado de Dom Pedro II e além de médico foi político e um dos primeiros homens a defender abertamente a doutrina espírita no Brasil.

Nascido num lugar chamado Riacho de Sangue no Ceará, quando jovem veio para o Rio de Janeiro estudar medicina, área onde se tornou respeitado. Foi político onde defendeu o fim da escravidão e na sua profissão ajudou muito a população pobre, inclusive gastando todo seu patrimônio desta forma após ter conhecido e aceitado a doutrina espírita, fato este que o afastou até da família.

A história é contada de forma resumida e tenta apresentar ao grande público uma personalidade muito interessante, porém pouco conhecida. Como cinema o filme tem várias falhas no roteiro e é extremamente didático, mas o resultado final vale como registro do personagem.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Bombas - Parte II - Artes Marciais

Continuando com a sessão bombas, desta vez estou destacando cinco filmes de artes marciais picaretas, daqueles que deixariam Bruce Lee, Jackie Chan e Jet Li vermelhos de raiva e prontos para descer o braço e os pés nos realizadores.

Full Contact – Impacto Mortal (Angel Town, EUA, 1990) – Nota 4
Direção – Eric Karson
Elenco – Olivier Gruner, Theresa Saldana, Frank Aragon, Peter Kwong, Marc Dacascos, Tony Valentino.
Um lutador de artes marciais (Olivier Gruner) vai morar em um bairro violento de Los Angeles e acaba encontrando abrigo na casa de um mãe solteira (Theresa Saldana) e seu filho. Mesmo querendo viver em paz, ele acaba entrando em conflito com a gangue da região que pressiona a mãe do garoto por este protege-lo dos bandidos. Estréia no cinema do francês Olivier Gruner na tentativa de transforma-lo em astro de ação, porém o filme é fraco e Gruner se mostra um péssimo ator. Hoje ele continua estrelando filmes B de ação.

Street Soldiers (Street Soldiers, EUA, 1991) – Nota 4,5
Direção – Lee Harry
Elenco – Jun Chong, Jeff Rector, David Homb, Jonathan Gorman, Katherine Armstrong.
Duas gangues, uma de americanos liderados por Priest (Jeff Rector) e a outra dos orientais Tigers se odeiam e vivem em guerra, o que piora quando a namorada de um dos Tigers é raptada pela gangue rival dando início a luta violenta. Cópia amarelada de “Amor, Sublime Amor” com elenco desconhecido e muito briga de rua.

Contato Mortal (Black Eagle, EUA, 1988) – Nota 3
Direção - Eric Karson
Elenco – Sho Kosugi, Jean Claude Van Damme, Doran Clark, Bruce French.
Após um acidente de um avião que carregava uma arma preciosa para os americanos, a CIA envia um agente para recuperar a arma (Sho Kosugi), enquanto isso os russos também enviam seu agente (Jean Claude Van Damme) para tentar chegar na frente. O filme até que prometia, por reunir dois mestres das artes marciais, o japonês Sho Kosugi que fez o bom “Ninja – A Máquina Assassina” e Van Damme em início de carreira, mas já conhecido pelo também bom “O Grande Dragão Branco”, porém o resultado é muito ruim, com poucas cenas de luta e praticamente nenhum suspense.Como curiosidade apenas é ver Van Damme no papel do vilão.

Retroceder Nunca, Render-se Jamais (No Retreat, No Surrender, EUA, 1986) – Nota 4
Direção - Corey Yuen
Elenco – Kurt McKinney, Jean Claude Van Damme, J. W. Fails, Kathie Sileno, Timothy D. Baker.
O jovem Jason (Kurt McKinney) se muda para Seattle com seu pai dono de uma academia, porém logo que se estabelecem são visitados por uma gangue que arrenbenta o local e deixa seu pai ferido. Revoltado, o jovem quer vingança contra o violento russo Ivan (Van Damme) e para isso resolve treinar exaustivamente, recebendo a visita até mesmo do espírito de Bruce Lee, acreditem. O filme bebe na fonte de “Karatê Kid”, porém com mais violência e no papel principal o fraco McKinney e novamente Van Damme fazendo o vilão neste papel de início de carreira.

Retroceder Nunca, Render-se Jamais II (No Retreat, No Surrender II: Raging Thunder, EUA, 1988) – Nota 3,5
Direção – Corey Yuen
Elenco – Loren Avedon, Cynthia Rothrock, Max Thayer, Matthias Hues.
Este continuação não tem ligação alguma com a história do filme com Van Damme, a única coisa em comum é a direção do especialista em filmes de artes marcias Corey Yuen. O filme conta a história de um lutador de kickboxer (Loren Avedon) que tem a namorada seqüestrada e levada para o Cambodja, onde ele junto com uma lutadora (Cynthia Rothrock) e uma espécie de mercenário (Max Thayer), terá de enfrentas soldados russos e vietnamistas para resgatar a garota. História fantasiosa com muita ação por parte de Loren Avedon que fez o bom “O Rei dos Kickoboxers” e Cynthia Rothrock, que fizeram carreira em filmes de artes marciais.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

A Força do Amor

Filme Assistido nº 199
A Força do Amor (Breathless, EUA, 1983) – Nota 6,5
Direção – Jim McBride
Elenco – Richard Gere, Valerie Kaprisky, Art Metrano, John P. Ryan, Gary Goodrow, William Tepper, Lisa Jane Persky, James Hong.

Esta refilmagem do clássico “O Acossado” de Jean Luc Godard é um passatempo rápido e que fez algum sucesso na época do lançamento.

O filme começa com o inconsequente ladrão de carros Jesse Lujack (Richard Gere) se envolvendo com a francesa Mônica (a fraca Valerie Kaprisky) e ficando apaixonado à primeira vista. Estando em Las Vegas ele rouba um Porsche para impressionar a garota, porém acaba matando um segurança em um acidente e resolve fugir levando a amada para o México.

O diretor Jim McBride que fez bons filmes nos nos oitenta como “O Acerto de Contas” e a biografia do roqueiro Jerry Lee Lewis em “A Fera do Rock”, os dois estrelados por Dennis Quaid, aqui faz um quase cult movie sensual e acelerado, com Richard Gere interpretando um personagem carismático e como curiosidade, é fã dos quadrinhos do Surfista Prateado.

Nos anos noventa Mc Bride fez poucos filmes e acabou sumindo do mapa no novo século, uma pena, pois mesmo sem ser brilhante ele era um diretor com estilo.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

O Nevoeiro

O Nevoeiro (The Mist, EUA, 2007) – Nota 8,5
Direção – Frank Darabont
Elenco – Thomas Jane, Márcia Gay Harden, Laurie Holden, Andre Braugher, Toby Jones, William Sadler, Jeffrey DeMunn, Frances Sternhagen, Nathan Gamble, Alexa Davalos, Chris Owen, Sam Witwer, David Jensen.

Numa pequena cidade americana ocorre uma forte tempestade durante a noite e no dia seguinte percebe-se que várias árvores caíram e algumas casas foram destruídas. Nessa situação o pintor David Drayton (Thomas Jane) resolve ir até o supermercado comprar alimentos e algum material para consertar suas janelas que foram destruídas e leva seu filho Billy (Nathan Gamble) e além dar uma carona para vizinho advogado Norton (Andre Braugher) com quem tem uma rixa, mas tenta fazer as pazes. Chegando ao mercado eles percebem que muita gente da cidade resolveu estocar alimentos e o local está cheio, até quem um homem (Jeffrey DeMunn) entra sangrando e desesperado sendo perseguido por um estranho nevoeiro. Este é um início de uma tensa história de suspense e terror que brinca com os limites do ser humano no momento de desespero.

O filme é competente como obra de terror e ótimo como suspense, mas o ponto forte sem dúvida é a análise do comportamento humano em momentos de tensão e do que uma pessoa pode ser capaz nessa hora. No início do processo as pessoas tendem a ficar juntas para se proteger, mas com o passar do tempo e o aumento da tensão, muitas ficam sugestionáveis as idéias dos líderes naturais, sejam eles para o bem ou para o mal. No longa as pessoas escondidas no mercado se dividem em três grupos, a dos mais sensatos liderados pelo pintor Drayton, o grupo dos que não acreditam que haja perigo na situação e são liderados pelo advogado Norton e o mais complexo, o grupo que vai se formando de acordo com o desespero da situação e vêem na fanática religiosa Sra. Carmody (Márcia Gay Harden em grande atuação) uma espécie de profeta do apocalipse que acredita ser o fim dos tempos o que está ocorrendo e que a culpa é dos pecadores, ou melhor, de todos aqueles que não acreditam em suas palavras.

O ótimo diretor Frank Darabont (“A Espera de um Milagre” e “Um Sonho de Liberdade”) acerta em cheio na adaptação de um conto de Stephen King e joga no mesmo caldeirão críticas a religião, aos militares, advogados, a convivência em grupo e principalmente as fraquezas dos homens, que mesmo num momento de tensão mostram arrogância, orgulho, preconceito e não conseguem enxergar o próximo.

O final aterrador mostra dois lados, aquele em que até mesmo as melhores pessoas são capazes de cometer loucuras quando não vêem saída para um problema, mas por outro lado deixa a mensagem de que devemos acreditar sempre e não desistir até o último segundo.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Fora da Jogada

Filme Assistido nº 198
Fora da Jogada (Eight Men Out, EUA, 1988) – Nota 8,5
Direção – John Sayles
Elenco – John Cusack, Clifton James, Michael Lerner, Christopher Lloyd, John Mahoney, Charlie Sheen, D. B. Sweeney, David Strathairn, Michael Rooker, Richard Edson, Don Harvey, Gordon Clapp, Perry Lang, Bill Irwin.

O diretor, roteirista e ator John Sayles não é um sujeito conhecido do grande público, porém na ativa desde os anos oitenta ele dirigiu bom filmes como “Lone Star” e “Limbo” e duas grandes obras, sendo a primeira “Matewan – A Luta Final” baseado numa história real de um grupo de homens que tentou criar um sindicato para os trabalhadores da minas de carvão nos EUA e este ótimo “Fora da Jogada” também baseado em história real.

Em 1919 o time de beisebol do Chicago White Sox é o líder da World Series e grande favorito ao título, porém o dono do time, Charlie “Commie” Cominskey (Clifton James) paga salários muito baixos ao jogadores, o que leva alguns deles a ficarem descontentes, sendo que isso abre uma brecha para alguns apostadores picaretas, incluindo gente poderosa, tentarem aliciar estes para que eles percam alguns jogos. Como resultado, os jogadores se dividem, ninguém sabe quem está jogando para ganhar ou perder e o time despenca numa incrível seqüência de derrotas que irá gerar suspeitas e parar no tribunal, com um desfecho infeliz para vários jogadores, inocentes e culpados.

Sayles não tenta culpar os jogadores envolvidos, mas sim mostrar que todos eram humanos e tinham problemas como pessoas normais, principalmente de dinheiro, o que acabou fazendo com que alguns aceitassem a proposta para perder.

As diferenças de idade e objetivos são grandes, tendo exemplos como do veterano Eddie Cicotte (David Straithairn), grande jogador, porém em final de carreira e com uma contusão crônica, do jovem ingênuo e analfabeto Joseph Jackson (D. B,. Sweeney) que apenas queria jogar ou de Buck Weaver (John Cusack) uma espécie de líder contrário ao dono do time, mas mesmo com todas essas diferenças eles estão no mesmo barco, remando cada um para seu lado.

Apesar do tema beiseball não ser interessante para nós brasileiros, o filme merece ser visto como um drama de primeira, focado no lado humano dos jogadores e em toda a sujeira que existia no esporte já naquela época, além do ótimo elenco, que fora os nomes já citados tem ainda Charlie Sheen, John Mahoney e Christopher Lloyd.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Fome de Viver

Filme Assistido nº 197
Fome de Viver (The Hunger, EUA/Inglaterrra, 1983) – Nota 7
Direção – Tony Scott
Elenco – Catherine Deneuve, David Bowie, Susan Sarandon, Cliff DeYoung, Dan Hedaya, Willem Dafoe, John Pankow, Ann Magnuson.

Em Nova Iorque uma vampira (Catherine Deneuve) que se mantém jovem sugando o sangue de outros jovens, percebe que seu parceiro (David Bowie) também vampiro, está envelhencendo rapidamente e desesperada ele resolve procurar um médica (Susan Sarandon) que não sabe que eles são vampiros e por isso na acredita na história do envelhecimento, porém depois de algumas horas percebe com os próprios olhos que a história é verdadeira, mas acaba sendo obrigada a sair à procura do paciente que acabou fugindo. Chegando no endereço do casal ela é seduzida pela vampira, o que irá mudar sua vida de um forma radical.

O diretor Tony Scott estreou no cinema com este filme e vindo da publicidade sendo especialista em comerciais para tv, utiliza toda a sua técnica para seduzir o espectador com as imagens em estilo gótico, com uma trilha sonora dark que fazia sucesso na época, como o grupo Bauhaus cantando “Bela Lugosi is Dead” que inclusive aparece em uma cena num clube noturno, cena essa que se tornou um clip do grupo e ainda se valendo do charmoso trio principal, principalmente em um cena quentissima entre Catherine Deneuve e Susan Sarandon.

Não é um grande filme, apenas uma história de vampiros modernos que chama a atenção pelo elenco e pela parte técnica e visual.

sábado, 17 de janeiro de 2009

A Ilha

A Iha (The Island, EUA, 2005) – Nota 7,5
Direção – Michael Bay
Elenco – Ewan McGregor, Scarlett Johansson, Djimon Hounsou, Sean Bean, Steve Buscemi, Michael Clark Duncan, Ethan Phillips, Brian Stepanek.


Num futuro próximo a sociedade foi destruída em virtude de uma contaminação e os sobreviventes vivem em uma espécie de cidade fechada, onde todos usam roupas idênticas, devem ser seguir as regras e não se aproximar demais das pessoas do sexo oposto, além disso é feito uma loteria diária onde o ganhador é levado para um ilha como prêmio.

Nesse clima é que surge um flerte entre Lincoln Six Echo (Ewan McGregor) e Jordan Two Delta (Scarlett Johansson), porém a desconfiança e os questionamentos de Lincoln fazem ele descobrir que o prêmio do vitorioso da loteria não é tão bom assim e quando Jordan é a próxima ganhadora, ele resolver fugir com ela, sendo perseguido pelos homens do Dr. Merrick (Sean Bean fazendo o vilão pela enésima vez na carreira) que comanda o local.

O diretor Michael Bay especialista em filmes barulhentos e acelerados, tende sempre a exagerar nas seqüências de ação e nos milhões de cortes de câmera que costuma utilizar, mas aqui ele está mais contido, criando ótimas seqüências de perseguição e com a câmera um pouco mais calma, além de manter o ótimo nível na parte técnica (efeitos especiais, som, etc).

Ajuda ainda no resultado final a boa dupla de protagonistas e a pequena e sempre engraçada participação de Steve Buscemi, que parece repetir o mesmo personagem em todos os filmes, mas sempre com competência e carisma.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Flores de Aço

Filme Assistido nº 196
Flores de Aço (Steel Magnolias, EUA, 1989) – Nota 7
Direção – Herbert Ross
Elenco – Sally Field, Shirley MacLaine, Dolly Parton, Olympia Dukakis, Daryl Hannah, Julia Roberts, Sam Shepard, Tom Skerritt, Kevin J. O’Connor, Dylan McDermott, Bill McCutcheon, Ann Wedgeworth.

Baseado em peça de Robert Harling, este sensível mostra o relacionamento entre um grupo de amigas extremamente unidas, mas de diferentes idades, temperamentos e classes sociais numa pequena cidade da Louisiana.

Geralmente o grupo se reune no salão de beleza de Truvy (Dolly Parton), onde Ousier (Shirley MacLaine) é uma senhora amarga, Annelle (Daryl Hannah) é a jovem tímida e insegura, Clairee (Olympia Dukakis) é o bom astral em pessoa e todas acabam participando e sofrendo com M’Lynn (Sally Field) que precisa cuidar e acompanhar sua filha Shelby (Julia Roberts), recém casada, grávida e com um sério problema de diabetes.

Sem dúvida é um filme estrelado e destinado principalmente as mulheres, onde os personagens masculinos são meros coadjuvantes, mesmo interpretados por bons atores como Sam Shepard e Tom Skerritt, abrindo todo o caminho para as seis famosas atrizes tomarem conta da história e mostrarem bons desempenhos como sempre.

Como curiosidade, este é um dos primeiros papéis de Julia Roberts no cinema, feito um ano antes dela estourar com "Uma Linda Mulher".

domingo, 11 de janeiro de 2009

Flahsdande & Footloose










Flashdance – Em Ritmo de Embalo (Flashdance, EUA, 1983) – Nota 6
Direção – Adrian Lyne
Elenco – Jennifer Beals, Michael Nouri, Lilia Skala, Sunny Johnson, Lee Ving, Belinda Bauer, Cynthia Rhodes.

Footloose – Ritmo Louco (Footloose, EUA, 1984) – Nota 5,5
Direção – Herbert Ross
Elenco – Kevin Bacon, Lori Singer, John Lithgow, Dianne Wiest, Christopher Penn, Sarah Jessica Parker, John Laughlin.

Como já comentei em alguns blogs, musical não está entre meus gêneros preferidos, mesmo assim assisti alguns. Comento aqui dois filmes que assisti e que fizeram muito sucesso nos anos oitenta, hoje apesar de serem um pouco datados valem ser vistos para analisar o tipo de musical feito na década de oitenta e principalmente curtir as boas trilhas sonoras.

O filme "Flashdance" foi musical moderno na época produzido pela dupla Jerry Bruckheimer e Don Simpson, que fez grande sucesso ao contar a história da jovem Alex Owens (Jennifer Beals) que trabalha como operária durante o dia e a noite se apresenta como dançarina em discotecas, usando isso como treinamento para realizar seu sonho, ser tornar bailarina, mas para isso terá de ser aceita numa famosa escola de dança. Ao mesmo tempo ela se envolve com seu patrão (Michael Nouri) e tem de conciliar tudo isso para conseguir seu objetivo.

O filme segue a linha de “Fama” de Alan Parker, porém com uma única protagonista, mas que enfrenta os mesmos dramas dos personagens do filme anterior. Analisando hoje, o resultado é apenas mediano, mas na época foi um grande sucesso por mostrar um garota forte e independente lutando pelo sucesso, ou seja, Adrian Lyne já tentou causar uma pequena polêmica e deixar sua marca em início de carreira.

Um jovem criado em Chicago (Kevin Bacon) se muda com a família para em uma cidade pequena e com sua atitude rebelde e seu jeito de curtir e o amor pela dança, o faz entrar em conflito com o reverendo (John Lithgow), que tenta proibir tudo que acha imoral na cidade, principalmente a dança, inclusive oprimindo sua esposa (Dianne Wiest) e a jovem filha (Lori Singer), que vai se apaixonar e se envolver com o jovem rebelde.

Misturando música, dança e drama, o filme fez sucesso na época, mas apesar do bom elenco o resultado é previsível e a história é puro clichê. Vale pela ótima trilha sonora e a curiosidade ver Kevin Bacon e Sarah Jessica Parker em início de carreira, além da bela Lori Singer, que trabalhou em filmes como “A Traição do Falcão” e “Short Cuts”, mas que sumiu do mapa nos anos noventa.

sábado, 10 de janeiro de 2009

A Luta pela Esperança

A Luta pela Esperança (Cinderella Man, EUA, 2005) – Nota 8
Direção – Ron Howard
Elenco – Russell Crowe, Renée Zellweger, Paul Giamatti, Craig Bierko, Paddy Considine, Bruce McGill.

Em 1929 o lutador de box Jim Braddock (Russell Crowe) estava em ascensão, invicto e ganhando muito dinheiro vê sua vida desmoronar após a Quebra da Bolsa de Nova Iorque. Em seguida a história pula para 1933 quando o lutador, sua esposa (Renée Zellweger) e seus filhos estão vivendo em um porão quase passando fome e sua carreira praticamente acabada.

Tudo muda quando seu ex-treinador (Paul Giamatti) o convida para uma luta única como substituto e Jim vê como sua oportunidade de ganhar um dinheiro e encerrar sua carreira dignamente, porém ele surpreendentemente vence a luta e renasce para o boxe.

Este bom drama sobre superação é baseado em história real e chama a atenção por contar a história de um homem que praticamente estava acabado e consegue se levantar, tornando-se um exemplo e uma esperança para milhares de pessoas que sofriam com o desemprego, a recessão e a fome naquela época.

As boas atuações do trio central, a mensagem de perseverança e as ótimas cenas de luta, principalmente a luta final que mostra toda a violência deste esporte e a angústia dos familiares e amigos, valem o filme.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

O Fio da Suspeita

Filme Assistido nº 194
O Fio da Suspeita (Jagged Edge, EUA, 1985) – Nota 7
Direção – Richard Marquand
Elenco – Jeff Bridges, Glenn Close, Peter Coyote, Robert Loggia, John Dehner, Leigh Taylor Young, Maria Mayenzet, William Allen Young, James Karen, Al Ruscio.

Um editor (Jeff Bridges) é o principal suspeito do brutal assassinato da esposa (a desconhecida Maria Mayezent), uma milionária que deixou toda sua fortuna para o marido. Pressionado ele tenta contratar uma famosa e honesta advogada (Glenn Close), que aceitará defender o suspeito apenas se tiver certeza de que ele não cometeu o crime. Após acreditar na inocência do cliente e aceitar o caso, a advogada acabará se envolvendo com ele e por conseqüência numa trama de incertezas e mentiras.

Apesar do tema batido e até previsível em alguns momentos, o filme prende a atenção e tem um elenco afiado, além de Jeff Bridges e Glenn Close, traz ainda Peter Coyote como o promotor, Robert Loggia e Lance Henriksen.

Como curiosidades, o promissor diretor Richard Marquand faleceu cedo, mas deixou bons trabalhos como este, “O Retorno de Jedi” e o suspense de espionagem “O Buraco da Agulha”, além do roteiro ser de Joe Eszterhas que ficou famoso após escrever “Instinto Selvagem”.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Filhos do Silêncio

Filme Assistido nº 193
Filhos do Silêncio (Children of a Lesser God, EUA, 1986) – Nota 7
Direção – Randa Haines
Elenco – William Hurt, Marlee Matlin, Piper Laurie, Philip Bosco.

Numa pequena cidade da New England chega o professor James Leeds (William Hurt) para lecionar em uma escola de alunos surdos-mudos, com fama de idealista e inovador, logo ele é repreendido por responsável pela escola (Philip Bosco) que ali ele deverá apenas ensinar. Entretanto o professor se aproxima da ex-aluna Sarah Norman (Marlee Matlin, surda-muda na vida real) que continua trabalhando no local e que guarda um segredo.

Este bom drama é baseado num peça de teatro que foi sucesso na Broadway e foi transportada com sensibilidade para o cinema pela diretora Randa Haines, com destaque para as atuações de Marlee Matlin, William Hurt e Piper Laurie que concorreram ao Oscar.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

A Fera da Guerra

Filme Assistido nº 192
A Fera da Guerra (The Beast of War, EUA, 1988) – Nota 8
Direção – Kevin Reynolds
Elenco – George Dzundza, Jason Patric, Steven Bauer, Stephen Baldwin, Don Harvey, Eric Averi, Kabir Bedi.

Este ótimo drama de guerra mostra como foi inútil a invasão soviética ao Afeganistão, ofensiva esta que durou quase toda a década de oitenta para tentar manter o comunismo no país, porém a dificuldade em lutar contra os nativos afegãos no deserto e nas montanhas os levou a derrota, junto é claro com a ajuda americana aos guerreiros Mujahedeens, os mesmos que formariam o Talebã e anos mais tarde seriam considerados terroristas pelo governo americano.

O filme mostra um tanque soviético que se perde no deserto e mesmo assim seu violento líder Daskal (George Dzundza) quer destruir o que vê pela frente, fato que leva o soldado Koverchenko (Jason Patric) a questiona-lo, porém Daskal não aceita e acaba deixando o soldado rebelde e os outros de seu grupo (Stephen Baldwin e Don Harvey) abandonados para morrer no deserto. A partir daí o filme se torna uma jogo de gato e rato entre o homem do tanque, os três soldados abandonados e o líder dos nativos Taj (Steven Bauer), cada um lutando para sua sobrevivência.

Este filme dirigido por Kevin Reynolds (“Robin Hood – O Príncipe dos Ladrões”) é um pequena pérola sobre a estupidez da guerra.

domingo, 4 de janeiro de 2009

The Shield - O Final

The Shield (EUA, 2002 a 2008)
Criação - Shawn Ryan
Elenco - Michael Chiklis, Walton Goggins, CCH Pounder, Jay Karnes, Catherine Dent, Benito Martinez, David Rees Snell, Kenneth Johnson, Richard Jace, Cathy Calin Ryan, Paula Garces, David Marciano, Autum Chiklis, Forest Whitaker, Glenn Close.

É uma pena esta sensacional série não ter um grande número de fãs no Brasil, provavelmente pelo seu conteúdo amoral e extremamente violento, mostrando como personagens principais um grupo de policiais corruptos e conseguindo em consequência um realismo impar, que a diferencia de todas as outras séries policiais.

Acabei de assistir a sétima e última temporada que irá ao ar aqui no Brasil apenas em Fevereiro/2009 e esta foi nada menos que eletrizante, com um final digno e realista, bem diferente do comum final feliz.

Para quem não sabe, a história se apóia no Strike Team, grupo de policiais liderado pelo violento Vic Mackey (Michael Chiklis no papel de sua vida) que tem a missão de combater o tráfico de drogas num fictício bairro pobre de Los Angeles chamado Farmington, junto com seus parceiros Shane (Walton Goggins), Lem (Kenneth Johnson) e Ronnie (David Rees Snell). O grupo está sempre em conflito com o ambicioso Capitão David Aceveda (Benito Martinez) que faz de tudo para provar os crimes destes. Na delegacia temos a dupla de detetives formada pelo certinho e convencido Dutch Wagenbach (Jay Karnes) e a honesta Claudette Wyms (CCH Pounder) e a dupla de policiais de rua Danny (Catherine Dent) e o homossexual enrustido Julian (Richard Jace).

Com interpretações de primeira e personagens muito bem delineados, por sinal cada um deles com seus demônios particulares, somos apresentados a um crime hediondo cometido por Vic Mackey logo nos primeiros episódios, o que causa repulsa, porém a sequência de acontecimentos e as inúmeros reviravoltas misturadas com os crimes a serem resolvidos, além das ambições e dos problemas familiares de cada personagem, nos fazem deixar de lado este crime e começar a torcer pelo Strike Team, mesmo vendo toda a sujeira.

A delegacia se torna um caldeirão onde ao passar dos episódios e das temporadas, amizades são formadas por necessidade, são feitas alianças com inimigos, além de traições, politicagem, brigas e asssassinatos são todos os ingredientes da série.

Fica difícil falar mais sobre a história, pois ela é continua e se transforma num espiral crescente de tensão, culminando na trágica última temporada, onde quem acompanhou toda a série com certeza torceu por algo diferente, em virtude de na maioria dos episódios a justiça ter sido feita no quesito dos bandidos pagarem seus crimes, porém os policiais acreditavam que os fins justificavam os meios e isso deixou muitos corpos pelo caminho, inocentes ou não. Sendo assim seria praticamente impossível que os nossos "heróis" saíssem ilesos.

Para quem conhece e assistiu, fica a tristeza de ver o fim da série e se despedir de personagens que aprendemos a gostar durante sete anos, porém foi compensada com a qualidade da história que nunca caiu e para quem não conhece e gosta do gênero policial, aconselho que procure e assista, tenho certeza que será difícil deixar de acompanhar até o final.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

FBI - Na Pista dos Assassinos

Filme Assistido nº 191
FBI – Na Pista dos Assassinos (In the Line of Duty: The F.B.I. Murders, EUA, 1988) – Nota 7
Direção – Dick Lowry
Elenco – Bruce Greenwood, Ronny Cox, Michael Gross, Doug Shehan, David Soul, Richard Jenkins.

Em 1985 na Flórida dois veteranos do Vietnã (Michael Gross o pai de Michael J. Fox na série “Caras e Caretas” e David Soul de “Starsky & Hutch”) assaltam vários bancos deixando um rastro de violência por onde passam. O FBI entra na perseguição liderada por dois agentes (Ronny Cox e Bruce Greenwood) e inicia um jogo de gato e rato que irá terminar em tragédia.

Competente filme para a tv cheio de rostos conhecidos e baseado em fatos em reais, tem a direção de Dick Lowry que fez vários outros bons filmes policiais para a tv com o título “In the Line of Duty” e que neste filme encerra a história com um brutal tiroteio pelas ruas de Miami.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Fim dos Tempos

Fim dos Tempos (The Happening, EUA, 2008) – Nota 7
Direção – M. Night Shyamalan
Elenco – Mark Wahlberg, Zooey Deschanel, John Leguizamo, Ashlyn Sanchez, Betty Buckley, Spencer Breslin, Robert Bailey Jr, Alan Ruck, M. Night Shyamalan.

No Central Parque em Nova Iorque, sem explicação alguma, pessoas cometem suicídio iniciando uma onda de mortes em diversas cidades americanas. A partir daí a história é centrada no professor Elliott (Mark Wahlberg) que junto com sua esposa Alma (a bela Zooey Deschanel) e o seu amigo também professor Julian (John Leguizamo) com sua filha Jess (Ashlyn Sanchez), fogem para o interior do país com medo dos acontencimentos, pensando ser este o caminho mais seguro, porém fica cada vez mais difícil fugir de algo sem explicação.

O diretor Shyamalan foi chamado até de gênio quando “O Sexto Sentido” fez sucesso no mundo inteiro, sendo que era um suspense sobrenatural diferente, tendo um Bruce Willis para chamar a atenção e um final surpreendente. Assim como considero exagero em quem o elogiou tanto, também não compartilho com a idéia de que seus próximos filmes foram péssimos e seu talento era um mentira.

Este “Fim dos Tempos” é um bom suspense que chega a ser aterrador em alguns momentos, não tanto pelas mortes, mas principalmente por mostrar como o homem é frágil diante da natureza e como suas atitudes podem estar influenciando nas pequenas revoltas que vemos todos os anos, como as enchentes, os furacões, as secas, entre outros desastres naturais.

Como resultado final a obra é interessante, mistura bem drama e suspense, a especialidade de Shyamalan, que filma com simplicidade sem apelar para seqüências espetaculares ou efeitos especiais e foca suas histórias nas relações humanas, aqui na relação marido/mulher e pais/filhos, sempre com um toque sobrenatural, podendo ser religião, misticismo, lenda ou algo que vai além do racional.

Concluindo, Shyamalan não é um gênio, mas sim um cineasta original, que procura contar histórias que nos façam refletir sobre vários assuntos e que não nos deixem esquecer sua obra, sendo que isto no mundo do cinema atual repleto de refilmagens e cópias de filmes de sucesso, seu trabalho é sempre valioso e diferenciado.