segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Victoria e Abdul: O Confidente da Rainha

Victoria e Abdul: O Confidente da Rainha (Victoria & Abdul, Inglaterra / EUA, 2017) – Nota 7
Direção – Stephen Frears
Elenco – Judi Dench, Ali Fazal, Tim Pigott Smith, Eddie Izzard, Adeel Akhtar, Michael Gambon, Paul Higgins, Olivia Williams, Fenella Woolgar, Julian Wadham, Simon Callow.

Inglaterra, 1887. Ao comemorar os cinquenta anos de reinado, a rainha Victória (Judi Dench) recebe um presente da Índia, que era colônia inglesa na época. Por um determinado motivo, ela decide que os dois serviçais indianos que trouxeram o presente fiquem trabalhando para a corte. 

Enquanto Mohammed (Adeel Akhtar) deseja voltar para a Índia, o falante Abdul Karim (Ali Faizal) ganha a confiança da rainha através de histórias sobre seu país. Mesmo visto como desprezo pelos demais integrantes da corte, Abdul se torna um espécie de mentor da rainha. 

Apenas em 2010 foram descobertos os diários deixados pelo indiano Abdul Karim contando sua relação de amizade com a rainha Victória, fato que foi praticamente apagado pela família real inglesa após a morte da majestade. O filme é inspirado nesta história real. 

O ponto interessante do roteiro é mostrar a angústia da rainha vivida pela ótima Judi Dench, que mesmo rodeada de serviçais se sentia solitária e totalmente frustrada por ser obrigada a participar de cerimônias tediosas. 

O personagem de Ali Fazal termina por preencher este vazio na vida da rainha, falando sobre assuntos que despertam nela a curiosidade de aprender algo novo. Mesmo criando um laço de amizade verdadeiro, o indiano vê na situação a chance de ter uma boa vida e até mesmo conseguir um título real. 

Apesar de não ter surpresas, o filme prende a atenção através de uma agradável narrativa e das atuações de Judi Dench e do desconhecido Ali Fazal.

8 comentários:

Pedrita disse...

eu gostei, mas fica claro o quanto os ingleses se achavam superiores a outras raças. o q não mudou muito já q segregam demasiadamente os imigrantes. tem uma matéria que diz o que foi verdade e o que nao foi no filme. é no site da veja. beijos, pedrita

Hugo disse...

Pedrita - Valeu pela dica da reportagem.

Bjs

Liliane de Paula disse...

Gostei muito desse filme que continua em cartaz acho que no Telecine.
Achei a história bonita. E possível.
E se na época a Inglaterra era a opressora (?)a Índia se deixava oprimir.

Hugo disse...

Liliane - Sim, o filme está em cartaz no Telecine.

Luli Ap. disse...

Huuummm gostei, massss apesar do afeto sincero que Abdul nutria pela rainha, achei feio ele se aproveitar disso pra se dar bem, achei estranho o comportamento dos empregados com fofocas e maledicência, até ouviam atrás das portas!
Agora detestei mesmo foi o final do personagem Mohammed, meu personagem fav, coitadinho que detestava lá, foi absolutamente prejudicado pelo egoísmo do Abdul e nunca mais voltaria pra sua terra natal :(
Bjs Luli

Hugo disse...

Luli - O protagonista se aproveita de chance de crescer dentro da corte e realmente demonstra bastante egoísmo. O comportamento dos empregados é bem semelhante ao que ocorre na vida real em qualquer tipo de emprego.

Bjs

Leo Rib disse...

Foi a época mais conservadora da História da Inglaterra. Certamente foi também a época das cerimônias e eventos mais chatos e mais cheios de solenidades.
Então, é bastante compreensível que qualquer pessoa da alta sociedade da época, talvez mesmo a própria rainha, achasse aquilo um saco, né?rs
Acho que alguém que se aproximasse pra contar histórias sobre assuntos diferentes certamente ganharia a simpatia da pessoa.

Hugo disse...

Léo - Isso mesmo, a rainha queria algo mais nos últimos anos de vida.

Abraço