Nesta nova postagem sobre bombas cinematográficas, disponibilizo a resenha de sete filmes que misturam suspense e erotismo com pouca qualidade. Bom divertimento para quem tiver coragem de encarar algum destes.
Orquídea Selvagem (Wild Orchid, EUA, 1989) – Nota 5
Direção – Zalman King
Elenco – Mickey Rourke, Jacqueline Bisset, Carré Otis, Bruce Greenwood, Oleg Vidov, Milton Gonçalves, Assumpta Serna.
A milionária Clauda (Jacqueline Bisset) contrata a jovem advogada Emily (Carré Otis) para viajarem ao Rio de Janeiro, onde ela pretende adquirir um resort. A jovem fica deslumbrada com o local, principalmente quando conhece o charmoso e rico James Wheeler (Mickey Rourke), com quem se envolve num jogo de sedução. O diretor Zalman King foi o roteirista de “9 ½ Semanas de Amor”, clássico também estrelado por Mickey Rourke e vendo a possibilidade de lucrar com o gênero, se uniu novamente ao astro que estava em baixa, para criar uma cópia pálida daquele filme. Rourke aproveitou e incluiu sua namorada na época, a modelo Carré Otis como sua parceira na tela, mas apesar de bonita e moça era péssima atriz e nem mesmo as partipações de bons nomes com Jacqueline Bisset e Bruce Greenwood salvam o longa. Por sinal, Zalman King se especializou no gênero e até hoje dirige e produz filmes e seriados no estilo pornô soft.
O Outro Homem (Sexual Malice, EUA, 1994) – Nota 4
Direção – Jag Mundhra
Elenco – Edward Albert, Chad McQueen, John Laughlin, Diana Barton, Don Swayze, Samantha Phillips.
Uma esposa frustrada (Diana Barton) trai o marido (Edward Albert) com um jovem misterioso (Chad McQueen), se envolvendo num perigoso jogo sexual que culminará num crime. O diretor Jag Mundhra é especialista no gênero suspense erótico, estilo pornô soft. Aqui a história é apenas um detalhe para as cenas quentes envolvendo a bela Diana Barton, O elenco é recheado de canastrões conhecidos de filmes B, inclusive o estranho Don Swayze, irmão de Patrick.
Olhos Noturnos (Night Eyes, 1990, EUA) – Nota 5,5
Direção – Jag Mundhra
Elenco – Andrew Stevens, Tanya Roberts, Cooper Huckabee, Veronica Henson Phillips, Stephen Meadows.
Um desconfiado marido contrata um detetive particular (Andrew Stevens) para vigiar a esposa (Tanya Roberts). O que começa como um mais trabalho se transforma em atração e faz o detetive se aproximar da mulher e iniciar um affair. Lógico que a história não terminará bem. Este outro longa de Jag Mundhra é o que mais chega próximo de um filme razoável em sua carreira, tendo algum suspense e um interessante clima de sedução entre Andrew Stevens, hoje produtor de filmes B e a bela Tanya Roberts, que ficou conhecida pela sua participação na fase final do seriado “As Panteras”. O filme gerou ainda três continuações com diretor e elenco diferentes.
Vingança Amarga (Bitter Sweet, EUA, 1999) – Nota 4,5
Direção – Luca Bercovici
Elenco – Angie Everhart, James Russo, Eric Roberts, Brian Wimmer, Joe Penny.
A jovem Samantha “Sam” Jensen (Angie Everhart) é ferida e presa durante um assalto, onde seu namorado (Brian Wimmer) escapa. Depois de cumprir pena, ela volta para se vingar do namorado e do líder da quadrilha que a traiu, o violento Venti (Eric Roberts). A mistura de ação com algumas cenas quentes vale apenas pela bela e fraca Angie Everhart. O resto do elenco é composto por canastrões famosos como Eric Roberts e James Russo.
Alcova (L’alcova, Itália, 1984) – Nota 4
Direção – Joe D’Amato
Elenco – Lilli Carati, Laura Gemser, Annie Belle, Al Cliver, Robert Caruso.
Um militar italiano (Al Cliver) que lutou na África na época do Facismo, trás consigo uma bela princesa local (Laura Gemser) para ser sua escrava e amante. A questão é que a sensual princesa irá seduzir toda a família do militar, inclusive sua esposa (Lilli Carati). O longa tem uma história que serve apenas como desculpa para uma coletânea de cenas de pornô soft, a maioria estrelada pela bela morena Laura Gemser. O longa ficou famoso por aqui na época e depois voltou a tona no início dos anos noventa quando passou na TV aberta pelo canal CNT/Gazeta, que apesar da briga na justiça, conseguiu passar este filme e também “Calígula”, porém cheio de cortes.
Bolero – Uma Aventura em Êxtase (Bolero, EUA, 1984) – Nota 2
Direção – John Derek
Elenco – Bo Derek, George Kennedy, Andrea Occhipinti, Ana Obregon, Olivia D’Abo.
Durante a década de vinte, a jovem Lida (Bo Derek) após se formar em um colégio interno, viaja para Arábia em busca de aventuras e para um outro objetivo também, perder a virgindade. Não existe muito mais o que comentar deste péssimo filme dirigido por John Derek, marido da estrela Bo Derek. Ele estreou como ator no cinema nos anos quarenta e chegou a trabalhar em grandes filmes como “Os Dez Mandamentos”, mas a partir dos anos sessenta tentou a carreira de diretor e não acertou uma. Após se casar com Bo Derek, tentou transformar a jovem que era trinta anos mais nova que ele em estrela, mas a falta de talento dele na direção e dela na atuação não ajudaram muito.
Tarzan Nota 10 (Tarzan, the Ape Man, EUA, 1981) – Nota 2
Direção – John Derek
Elenco – Bo Derek, Miles O’Keefe, Richard Harris, John Phillip Law.
Um pouco antes de “Bolero”, o casal Derek fez um longa ainda pior, uma adaptação erótica da história de Tarzan. Bo Derek faz a aristocrata Jane que vai para África e se envolve com Tarzan (Miles O’Keefe), jovem criado por macacos desde criança. O filme é recheado de cenas eróticas entre o casal no meio da selva. Aqui a bela e fraquinha Bo tem como par um ator com o mesmo nível de atuação, o péssimo Miles O’Keefe. Fica difícil entender a presença do ótimo Richard Harris no papel do pai de Jane.