
Filme Assistido nº 113
Conspiração Atômica (Spontaneous Combustion, EUA, 1990) – Nota 6
Direção – Tobe Hooper
Elenco – Brad Dourif, Cynthia Bain, William Prince, Melinda Dillon, Jon Cypher, Dey Young, Dale Dye, Stacy Edwards, Brian Bremer.
O diretor Tobe Hooper é um dos caras que revolucionou o cinema de terror nos anos setenta quando fez o clássico “O Massacre da Serra Elétrica” com pouco dinheiro e muita imaginação. Em seguida ainda com pouco dinheiro fez o interessante “Pague Para Entrar, Reze Para Sair” e seu melhor filme, “Poltergeist, o Fenômeno” este produzido por Spielberg.
Em seguida ele resolveu assinar um contrato com a hoje falida produtora Cannon para dirigir dois filmes qua acabaram fracassando. O primeiro foi o caro e até legal “Força Sinistra” e o segundo a péssima continuação de “O Massacre da Serra Elétrica”, sendo que ele acusou os produtores (Golan & Globus) de terem modificado a montagem de seus filmes. Com isso ele resolveu voltar para os filmes de baixo orçamento e fez este “Conspiração Atômica”, filme que começa bem mas vai se perdendo no decorrer da história, chegando a um resultado aquém do que prometia e para nossa tristeza este foi o provalvemente o último suspiro de alguma qualidade nos filmes de Hooper, pois seus trabalhos seguintes são muito fracos.
Aqui a história começa nos anos cinqüenta quando um casal (Brian Bremer e Stacy Edwards) são escolhidos para participar de uma experiência onde receberão altas doses de radiação. A experiência é um sucesso e os dois resolvem se casar, gerando um filho que parece normal, mas aos poucos acabam acontecendo acidentes com fogo e em um deles o casal acaba morrendo. Já adulto, agora com o nome de Sam (Brad Dourif) ele leva uma vida normal até que novamente começam a acontecer acidentes e aos poucos ele mesmo começa a produzir fogo e vai se desfigurando após cada novo surto.
A “Combustão Espontânea” é quase uma lenda urbana, existem vários livros e relatos sobre o assunto, mas nada foi provado até hoje sobre como uma pessoa poderia produzir fogo a partir do calor do corpo e se incendiar totalmente.
Como curiosidade, este é talvez o único papel principal do ator Brad Dourif, especialista em personagens de filmes de terror e assassinos, ele já fez dezenas de trabalhos no gênero, desde filmes de grande orçamento como “O Senhor dos Anéis” até filmes B, além de ser o espírito e a voz do boneco Chucky na série “Brinquedo Assassino”.