Cubo (Cube, Canadá, 1997) - Nota 8
Direção - Vincenzo Natali
Elenco - Nicole de Boer, Nicky Guadagni, David Hewlett, Andrew Miller, Julian Richings, Wayne Robson, Maurice Dean Wint.
Este pequeno filme canadense fez algum sucesso nos festivais de cinema pelo mundo, mas acabou perdido nas locadoras do Brasil. Uma pena, pois o diretor Vincenzo Natali consegue usar a criatividade e um ótimo roteiro para construir um filme inovador.
A história lembra um pouco a trama do primeiro "Jogos Mortais", sendo que seis pessoas acordam cada uma dentro de um sala onde existem quatro janelas, que na verdade são passagens entres os cômodos. Estas pessoas que não se conhecem e nada tem em comum, são um ladrão, um policial, uma matemática, um arquiteto, um autista e outro personagem que está ferido. Eles nem imaginam como e porque foram parar naquele local.
Aos poucos eles percebem que precisam unir forças para encontrar a saída daquele local, mas também descobrem que estão em um labirinto cheio de armadilhas nas passagens e em diferentes salas. Cada um usando de seus conhecimentos tenta decifrar o enigma, como por exemplo, eles descobrem que em cada passagem existe um número de série e a partir daí a matemática tenta calcular onde está a saída, mas ao mesmo tempo o desgaste psicológico e o caráter de cada um influenciam nas decisões, causando discussões e brigas, com o policial tentando a todo custo ser o líder. Tudo isso com um pequeno detalhe, depois de um determinado espaço de tempo o Cubo se move e altera a posição dos quartos.
O filme é um exercício de criatividade e de como prender a atenção do espectador em um cenário que parece ser sempre o mesmo, através de ótimos diálogos e um estudo das atitudes humanas em momentos de tensão e desespero.
Foram feitas duas continuações inferiores, "Cubo II - Hipercubo" em 2002, um filme com maior orçamento e melhores efeitos especiais e "Cubo Zero" em 2004, contando como originou o experimento do Cubo, com uma história que se desenrola antes do filme original.
quarta-feira, 30 de julho de 2008
terça-feira, 29 de julho de 2008
A Dama na Água
A Dama na Água (Lady in the Water, EUA, 2006)
Direção: M. Night Shyamalan
Elenco: Paul Giamatti, Bryce Dallas Howard, Jeffrey Wright, Bob Balaban, Sarita Choudhury, M. Night Shyamalan, Cindy Cheung, Freddy Rodriguez, Bill Irwin, Mary Beth Hurt, Noah Gray Cabey, Jared Harris, Tovah Feldshuh, Tom Mardirosian.
Quando o diretor indiano M. Night Shyamalan apareceu para o mundo com o sucesso de “O Sexto Sentido” em 1999, logo ele foi aclamado por parte da crítica como um novo gênio. No seu próximo filme “Corpo Fechado” ele manteve seu cartaz com a crítica, o que acabou aumentando ainda mais a expectativa em torno de sua carreira. No filme seguinte “Sinais” a recepção de público e principalmente da crítica foi fria, que começava a duvidar do talento do diretor, mas na minha opinião sem razão, mesmo não sendo um filme brilhante, era boa diversão, com história interessante e elenco de primeira com Mel Gibson e Joaquim Phoenix. Após isto a crítica ficou na expectativa do próximo trabalho e caso não fosse um grande filme, com certeza ele seria atacado e foi o que aconteceu quando ele lançou “A Vila”, seu filme mais fraco, que tem até uma boa história, mas contada em um ritmo extremamente lento e um final sem muito sentido. Após este trabalho a relação entre Shyamalan e a crítica desandou, o que resultou no massacre a seus filmes seguintes “A Dama na Água” e “Fim dos Tempos”. Quanto ao último não posso opinar pois ainda não o assisti, mas vou falar sobre o injustiçado, na minha opinião é claro, “A Dama na Água”.
Aqui Shyamalan utilizou um conto infantil de sua autoria como base para o roteiro. A trama se passa em um condomínio onde o zelador Cleveland Heep (o ótimo Paul Giamatti) descobre uma espécie de sereia vivendo na piscina (a bela, mas apagada Bryce Dallas Howard, filha do diretor Ron Howard), que está fugindo de uma criatura e necessita da ajuda dos humanos para conseguir realizar seu destino. Esta história diferente é recheada de mensagens sutis, algumas nem sempre agradáveis, mas que dão um recheio especial, como por exemplo a do personagem Faber, um crítico de cinema vivido Bob Balaban, que é arrogante e se sente superior a todos, mas que será castigado, provavelmente Shyamalan quis mandar uma mensagem para os críticos de seu trabalho. O diretor também deixa outras mensagens e perguntas, como “vale a pena salvar a humanidade?”, “qual o propósito da vida de cada pessoa?” e ainda “o que você faria se soubesse que sua morte seria importante para melhorar o mundo?”, são temas polêmicos e que são colocados na mesa por ele.
Finalizando, concordo que sua carreira não é brilhante, ele fez dois ótimos filmes e depois teve acertos e erros nos próximos trabalhos, mas Shyamalan tem algo que falta no cinema atual, originalidade, já que ele escreve, produz e dirige seus filmes sempre nos trazendo novidades e isso ele quer deixar bem claro através da frase do personagem Faber criticando um filme romântico que ele diz ter assistido apenas como obrigação de trabalho, “No mundo de hoje falta originalidade”.
Direção: M. Night Shyamalan
Elenco: Paul Giamatti, Bryce Dallas Howard, Jeffrey Wright, Bob Balaban, Sarita Choudhury, M. Night Shyamalan, Cindy Cheung, Freddy Rodriguez, Bill Irwin, Mary Beth Hurt, Noah Gray Cabey, Jared Harris, Tovah Feldshuh, Tom Mardirosian.
Quando o diretor indiano M. Night Shyamalan apareceu para o mundo com o sucesso de “O Sexto Sentido” em 1999, logo ele foi aclamado por parte da crítica como um novo gênio. No seu próximo filme “Corpo Fechado” ele manteve seu cartaz com a crítica, o que acabou aumentando ainda mais a expectativa em torno de sua carreira. No filme seguinte “Sinais” a recepção de público e principalmente da crítica foi fria, que começava a duvidar do talento do diretor, mas na minha opinião sem razão, mesmo não sendo um filme brilhante, era boa diversão, com história interessante e elenco de primeira com Mel Gibson e Joaquim Phoenix. Após isto a crítica ficou na expectativa do próximo trabalho e caso não fosse um grande filme, com certeza ele seria atacado e foi o que aconteceu quando ele lançou “A Vila”, seu filme mais fraco, que tem até uma boa história, mas contada em um ritmo extremamente lento e um final sem muito sentido. Após este trabalho a relação entre Shyamalan e a crítica desandou, o que resultou no massacre a seus filmes seguintes “A Dama na Água” e “Fim dos Tempos”. Quanto ao último não posso opinar pois ainda não o assisti, mas vou falar sobre o injustiçado, na minha opinião é claro, “A Dama na Água”.
Aqui Shyamalan utilizou um conto infantil de sua autoria como base para o roteiro. A trama se passa em um condomínio onde o zelador Cleveland Heep (o ótimo Paul Giamatti) descobre uma espécie de sereia vivendo na piscina (a bela, mas apagada Bryce Dallas Howard, filha do diretor Ron Howard), que está fugindo de uma criatura e necessita da ajuda dos humanos para conseguir realizar seu destino. Esta história diferente é recheada de mensagens sutis, algumas nem sempre agradáveis, mas que dão um recheio especial, como por exemplo a do personagem Faber, um crítico de cinema vivido Bob Balaban, que é arrogante e se sente superior a todos, mas que será castigado, provavelmente Shyamalan quis mandar uma mensagem para os críticos de seu trabalho. O diretor também deixa outras mensagens e perguntas, como “vale a pena salvar a humanidade?”, “qual o propósito da vida de cada pessoa?” e ainda “o que você faria se soubesse que sua morte seria importante para melhorar o mundo?”, são temas polêmicos e que são colocados na mesa por ele.
Finalizando, concordo que sua carreira não é brilhante, ele fez dois ótimos filmes e depois teve acertos e erros nos próximos trabalhos, mas Shyamalan tem algo que falta no cinema atual, originalidade, já que ele escreve, produz e dirige seus filmes sempre nos trazendo novidades e isso ele quer deixar bem claro através da frase do personagem Faber criticando um filme romântico que ele diz ter assistido apenas como obrigação de trabalho, “No mundo de hoje falta originalidade”.
sábado, 26 de julho de 2008
Trem da Vida
Trem da Vida (Train de Vie, França, 1998)
Direção: Radu Mihaileanu
Elenco: Lionel Abelanski, Rufus, Clement Harari, Agathe de La Fontaine, Marie José Nat, Bruno Abraham Kremer, Michel Muller.
Quem gostou do ótimo "A Vida é Bela" de Roberto Benigni e do bom "Um Sinal de Esperança" com Robin Williams, não pode deixar de assistir este "Trem da Vida", que como os outros dois tem como tema o Holocausto, aqui contado de um modo sensível e utilizando a fantasia para tratar de um assunto polêmico.
A história se passa em 1941 em uma pequena aldeia da Europa onde os moradores são judeus e vivem tranquilamente, mas tudo muda quando o louco da cidade Schlomo (Lionel Abelanski) observa nazistas pela região e corre para avisar os cidadãos da aldeia. Percebendo que estão próximos de serem capturados pelos nazistas e levados para campos de concentração, eles vêem uma única saída, se disfarçarem e dividirem as pessoas em nazistas e prisioneiros para tentar chegar a Palestina de trem. Este ponto de partida original gera um história sensível com um humor sutil e ao mesmo tempo político, pois após começarem a viagem cada lado parece incorporar seus disfarces gerando discussões, sem contar alguns jovens que apesar de judeus, se dizem também comunistas e querem fazer uma rebelião contra os mais velhos.
São várias situações engraçadas e em muitos momentos diálogos que fazem piada com as próprias tradições judaícas, mas de uma forma simpática. Quando eles resolvem fugir e tem de escolher quem serão os nazistas, muitos a maioria não quer por achar que é pecado e nessa confusão a escolha para ser o oficial comandante dos nazistas fica com Mordechai (Rufus que fez o papel do pai de Amelie Poulan) por ele ser o único que fala alemão e imaginem o que acontece quando eles encontram nazistas de verdade e apenas um fala a língua deles. Outro ponto engraçado é que a fuga de trem e a idéia do disfarce vem do louco Schlomo, dando a impressão que o diretor queria mostrar como a guerra é insana e sem sentido.
Uma curiosidade, consta que o diretor romeno Radu Mihaileanu qundo escreveu o roteiro do filme enviou para Roberto Benigni e este recusou o projeto, mas como todos sabemos uma ano antes deste em 1997, ele fez "A Vida é Bela".
Indico "Trem da Vida" para todos que gostam de uma boa história contada de modo original e simpático, que utiliza a fantasia para contar um evento triste, mesmo que no final nos traga de volta a realidade.
Direção: Radu Mihaileanu
Elenco: Lionel Abelanski, Rufus, Clement Harari, Agathe de La Fontaine, Marie José Nat, Bruno Abraham Kremer, Michel Muller.
Quem gostou do ótimo "A Vida é Bela" de Roberto Benigni e do bom "Um Sinal de Esperança" com Robin Williams, não pode deixar de assistir este "Trem da Vida", que como os outros dois tem como tema o Holocausto, aqui contado de um modo sensível e utilizando a fantasia para tratar de um assunto polêmico.
A história se passa em 1941 em uma pequena aldeia da Europa onde os moradores são judeus e vivem tranquilamente, mas tudo muda quando o louco da cidade Schlomo (Lionel Abelanski) observa nazistas pela região e corre para avisar os cidadãos da aldeia. Percebendo que estão próximos de serem capturados pelos nazistas e levados para campos de concentração, eles vêem uma única saída, se disfarçarem e dividirem as pessoas em nazistas e prisioneiros para tentar chegar a Palestina de trem. Este ponto de partida original gera um história sensível com um humor sutil e ao mesmo tempo político, pois após começarem a viagem cada lado parece incorporar seus disfarces gerando discussões, sem contar alguns jovens que apesar de judeus, se dizem também comunistas e querem fazer uma rebelião contra os mais velhos.
São várias situações engraçadas e em muitos momentos diálogos que fazem piada com as próprias tradições judaícas, mas de uma forma simpática. Quando eles resolvem fugir e tem de escolher quem serão os nazistas, muitos a maioria não quer por achar que é pecado e nessa confusão a escolha para ser o oficial comandante dos nazistas fica com Mordechai (Rufus que fez o papel do pai de Amelie Poulan) por ele ser o único que fala alemão e imaginem o que acontece quando eles encontram nazistas de verdade e apenas um fala a língua deles. Outro ponto engraçado é que a fuga de trem e a idéia do disfarce vem do louco Schlomo, dando a impressão que o diretor queria mostrar como a guerra é insana e sem sentido.
Uma curiosidade, consta que o diretor romeno Radu Mihaileanu qundo escreveu o roteiro do filme enviou para Roberto Benigni e este recusou o projeto, mas como todos sabemos uma ano antes deste em 1997, ele fez "A Vida é Bela".
Indico "Trem da Vida" para todos que gostam de uma boa história contada de modo original e simpático, que utiliza a fantasia para contar um evento triste, mesmo que no final nos traga de volta a realidade.
segunda-feira, 21 de julho de 2008
Band of Brothers
Band of Brothers (Band of Brothers, EUA, 2001)
Direção: Phil Alden Robinson, Richard Loncraine, Mikael Salomon, David Nutter, Tom Hanks, David Leland, David Frankel, Tony To.
Elenco: Damian Lewis, Donnie Walhberg, Ron Livingston, Matthew Settle, Rick Warden, Frank John Hughes, Scott Grimes, Neal McDonough, Rick Gomez, Eion Bailey, James Madio, Kirk Acevedo, Michael Cudlitz, Richard Speight Jr, Dexter Fletcher, David Schwimmer, Dale Dye, Jimmy Fallon, Tom Hanks, David Andrews, James McAvoy, Colin Hanks, Simon Pegg.
Esta sensacional mini-série produzida por Tom Hanks e Steven Spielberg, surgiu no caminho do dois após eles terem feito o também ótimo "O Resgate do Soldado Ryan" e diferente deste, que nos mostra um fantástico início com a chegada dos soldados aliados a Normandia no Dia D (6 de Junho de 1944) e que depois se desenvolve mais como um drama, "Band of Brothers" é uma pancada no melhor sentido, dividida em dez episódios de uma hora cada, ao mesmo tempo que ela desenvolve os personagens, acaba nos mostrando batalhas sangrentas no meio da lama e da neve, não deixando pedra sobre pedra.
Baseada no livro autobiográfico de Stephen E. Ambrose, conta a história da Easy Company que participou da campanha dos aliados na Europa, mostrando desde o início do treinamento do soldados ainda nos EUA, passando pelo chegada as praias da Normadia no Dia D e por batalhas sangrentas, talvez a pior delas tenha sido a de Bastogne, onde os soldados já cansados tiveram de lutar debaixo de um frio intenso e neve, chegando até quando os americandos tomaram o "Ninho da Águia", a fortaleza de Hitler nos Alpes já no final da guerra.
A crueldade da guerra e suas batalhas sangrentas são mostradas com um realismo poucas vezes visto, talvez igual apenas ao início do "Resgate do Soldado Ryan" como eu já citei. O diferencial aqui são os personagens que tem mais tempo para serem desenvolvidos e como a guerra faz as pessoas mudarem, deixando sequelas em todos, até mesmo naqueles que não se feriram.
O ótimo elenco tem apenas dois atores que eram famosos na época, David Schwimer de "Friends" que faz um Capitão em que os soldados não confiam e Tom Hanks em um pequeno papel. O restante era formado por atores pouco conhecidos mas que deram conta do recado e hoje são rostos famosos como Ron Livingston, Damian Lewis, Donnie Wahlberg (irmão de Mark), Dexter Fletcher e o ótimo Neal McDonough.
Outro ponto interessante é a direção, onde oito diretores dirigiram os episódios (Mikael Salomon e David Frankel dirigiram dois cada), entre eles o próprio Tom Hanks e mantiveram um nível elevado, mesmo cada um com seu estilo.
A mini-série ganhou merecidamente vários prêmios e agora para 2009, Tom Hanks e Spielberg novamente uniram forças e vão lançar "Pacífico", também em dez episódios para contar as histórias das batalhas dos aliados contra o exército japonês. É esperar para conferir.
Direção: Phil Alden Robinson, Richard Loncraine, Mikael Salomon, David Nutter, Tom Hanks, David Leland, David Frankel, Tony To.
Elenco: Damian Lewis, Donnie Walhberg, Ron Livingston, Matthew Settle, Rick Warden, Frank John Hughes, Scott Grimes, Neal McDonough, Rick Gomez, Eion Bailey, James Madio, Kirk Acevedo, Michael Cudlitz, Richard Speight Jr, Dexter Fletcher, David Schwimmer, Dale Dye, Jimmy Fallon, Tom Hanks, David Andrews, James McAvoy, Colin Hanks, Simon Pegg.
Esta sensacional mini-série produzida por Tom Hanks e Steven Spielberg, surgiu no caminho do dois após eles terem feito o também ótimo "O Resgate do Soldado Ryan" e diferente deste, que nos mostra um fantástico início com a chegada dos soldados aliados a Normandia no Dia D (6 de Junho de 1944) e que depois se desenvolve mais como um drama, "Band of Brothers" é uma pancada no melhor sentido, dividida em dez episódios de uma hora cada, ao mesmo tempo que ela desenvolve os personagens, acaba nos mostrando batalhas sangrentas no meio da lama e da neve, não deixando pedra sobre pedra.
Baseada no livro autobiográfico de Stephen E. Ambrose, conta a história da Easy Company que participou da campanha dos aliados na Europa, mostrando desde o início do treinamento do soldados ainda nos EUA, passando pelo chegada as praias da Normadia no Dia D e por batalhas sangrentas, talvez a pior delas tenha sido a de Bastogne, onde os soldados já cansados tiveram de lutar debaixo de um frio intenso e neve, chegando até quando os americandos tomaram o "Ninho da Águia", a fortaleza de Hitler nos Alpes já no final da guerra.
A crueldade da guerra e suas batalhas sangrentas são mostradas com um realismo poucas vezes visto, talvez igual apenas ao início do "Resgate do Soldado Ryan" como eu já citei. O diferencial aqui são os personagens que tem mais tempo para serem desenvolvidos e como a guerra faz as pessoas mudarem, deixando sequelas em todos, até mesmo naqueles que não se feriram.
O ótimo elenco tem apenas dois atores que eram famosos na época, David Schwimer de "Friends" que faz um Capitão em que os soldados não confiam e Tom Hanks em um pequeno papel. O restante era formado por atores pouco conhecidos mas que deram conta do recado e hoje são rostos famosos como Ron Livingston, Damian Lewis, Donnie Wahlberg (irmão de Mark), Dexter Fletcher e o ótimo Neal McDonough.
Outro ponto interessante é a direção, onde oito diretores dirigiram os episódios (Mikael Salomon e David Frankel dirigiram dois cada), entre eles o próprio Tom Hanks e mantiveram um nível elevado, mesmo cada um com seu estilo.
A mini-série ganhou merecidamente vários prêmios e agora para 2009, Tom Hanks e Spielberg novamente uniram forças e vão lançar "Pacífico", também em dez episódios para contar as histórias das batalhas dos aliados contra o exército japonês. É esperar para conferir.
domingo, 20 de julho de 2008
Aos Amigos e Amigas Blogueiros
Este é um selo que minha amiga Cah do blog http://mapa-do-meu-nada.blogspot.com/ me ofereceu e eu em agradecimento estou repassando a todos os meus amigos e amigas que visitam meu blog e o enriquecem com seus comentários, além de em seus próprios blogs darem dicas sobre filmes interessantes, lançamentos e clássicos, alguns com pequenos comentários, outros com verdadeiras teses sobre algum filme, mas sem dúvida todos ajudando a disseminar cultura e conhecimento através do cinema, de um modo democrático sempre respeitando a opinião alheia.
Um abraço aos amigos, um beijo as amigas e um grande domingo e início de semana a todos.
sábado, 19 de julho de 2008
Filmes Assistidos - 81 a 90
81 – O Cão Branco (White Dog, EUA, 1982) - Nota 7
Direção – Samuel Fuller
Elenco – Kristy McNicol, Burl Ives, Paul Winfield, Jameson Parker, Paul Bartel, Samuel Fuller.
Um garota (Kristy McNicol) resolve adotar um cão e após algum tempo descobre que ele fora treinado desde filhote para atacar pessoas negras, mesmo assim ela procurará ajuda para tentar reeducá-lo. Este polêmico tema é conduzido com mão firme e sem sensacionalismo pelo falecido diretor Samuel Fuller, que deixou como principal obra o drama de guerra "Agônia e Glória".
82 – Capítulo Dois – Em Busca da Felicidade (Chapter Two, EUA, 1979) - Nota 6
Direção – Robert Moore
Elenco – Marsha Mason, James Caan, Joseph Bologna, Valerie Harper.
Um viúvo (James Caan) e uma divorciada (Masha Mason) se conhecem e resolvem casar rapidamente. Depois disso tentaram superar seus traumas juntos. Drama hoje sem muito impacto, baseado em peça de Neil Simon.
83 – Capricórnio Um (Capricorn One, EUA, 1978) - Nota 7
Direção – Peter Hyams
Elenco – Elliott Gould, James Brolin, Brenda Vaccaro, Sam Waterston, O. J. Simpson, Hal Holbrook, Karen Black, Telly Savalas, David Huddleston, James B. Sikking.
O governo americano lança uma missão em direção a Marte com três tripulantes (James Brolin, Sam Waterston e O. J. Simpson), porém tudo não passa de uma farsa, com os astronautas sendo enviados para um cenário com o intuíto de enganar a opinião pública, porém as coisas se complicam quando um repórter (Elliott Gould) começa a investigar a missão. Uma boa história sobre conspiração, mas contada de modo um pouco arrastado, vale pela curiosidade da trama.
84 – Um Cara Muito Baratinado (My Favorite Year, EUA, 1982) - Nota 7
Direção – Richard Benjamin
Elenco – Peter O’Toole, Mark Lynn Baker, Jessica Harper, Lou Jacobi, Cameron Mitchell, Joseph Bologna, Lainie Kazan, Anne DeSalvo, George Wyner.
No início da TV os programas eram ao vivo e o personagem de Peter O'Toole (que foi indicado ao Oscar pelo papel) é um astro decadente e alcoólatra que está prestes a ser despedido, mas é apoiado de todas as formas por um jovem roteirista (Mark Lynn Baker do seriado "Primo Cruzado"), que precisa dele em seu programa. Um bom misto de drama com comédia.
85 – Carrie, a Estranha (Carrie, EUA, 1976) - Nota 9
Direção – Brian DePalma
Elenco – Sissy Spacek, Piper Laurie, Amy Irving, William Katt, John Travolta, Nancy Allen, Betty Buckley, P. J. Soles.
Carrie é uma garota tímida com poderes paranormais que é discriminada no colégio por seus colegas, até que apenas por gozação, um aluno a convida para festa de formatura sem imaginar o que poderá acontecer. Clássico de suspense e terror, sendo uma da melhores obras de Brian DePalma. Teve uma continuação inferior em 1999.
86 – Carros Usados (Used Cars, EUA, 1980) - Nota 8
Direção – Robert Zemeckis
Elenco – Kurt Russell, Jack Warden, Gerrit Graham, Frank McRae, Deborah Harmon, Michael McKean, Alfonso Arau, Dick Miller, Joe Flaherty, Michael Talbott, Al Lewis.
Engraçada comédia sobre uma disputa entre duas lojas de carros usados em que os donos se odeiam apesar de serem irmãos gêmeos interpretados por Jack Warden. Até que o irmão mal assassina o outro e um funcionário deste (Kurt Russell) tenta esconder a morte do chefe para manter a loja funcionando. Piadas simples mais engraçadas, foi o primeiro sucesso de Zemeckis.
87 – Carruagens de Fogo (Chariots of Fire, Inglaterra, 1981) - Nota 10
Direção – Hugh Hudson
Elenco – Ben Cross, Ian Charleson, Nigel Havers, Nicholas Farrell, Alice Krige, Cheryl Campbell, Ian Holm, John Gielgud, Lindsay Anderson, Patrick Magee, Brad Davis, Nigel Davenport.
O filme é baseado na história real de dois corredores, o inglês rico e judeu Harold Abrahams (Ben Cross) e o escocês Eric Liddell (Ian Charleson), com cada um enfrentando seus obstáculos, lutam para disputar as Olímpiadas de Paris em 1924 e ganhar a medalha de ouro. Drama comovente e emocionante, vencedor de quatro prêmios Oscar, entre eles o de "Melhor Filme" e "Melhor Trilha Sonora" para o sensacional trabalho do grego Vangelis, que por sinal tem a música tema usada em outros filmes e eventos até hoje.
88 – Casablanca (Casablanca, EUA, 1942) - Nota 10
Direção – Michael Curtiz
Elenco – Humphrey Bogart, Ingrid Bergman, Paul Henreid, Claude Rains, Sidney Greenstreet, Peter Lorre, Conrad Veidt.
Durante a 2º Guerra Mundial em Casablanca no Marrocos, nazistas, aliados e espiões se cruzam no ponto de fuga dos europeus para os EUA. Ali Rick Blaine (Bogart) é dono de um café que mantém as aparências tratando bem um capitão nazista (Claude Rains), mas se apaixona por Ilsa (Ingrid Bergman) que é casada com o líder da resistência Victor Laszlo (Paul Henreid) e precisa decidir de qual lado vai ficar. Clássico absoluto que resiste ao tempo com sua história de amor em tempos de guerra.
89 – O Caso do Demônio Assassino (The Demon Murder Case, EUA, 1983) - Nota 5
Direção – Billy Hale
Elenco – Kevin Bacon, Liane Langland, Cloris Leachman, Eddie Albert, Andy Griffith, Richard Masur, Joyce Van Patten, Charles Fields.
Variação de "O Exorcista", com Kevin Bacon antes da fama interpretando o papel de um jovem possuído por um espírito maligno, que será submetido a sessões de exorcismo por um padre e um psiquitra (os veteranos da TV Eddie Albert e Andy Griffith).
90 – Um Caso Muito Sério (No Small Affair, EUA, 1984) - Nota 7
Direção – Jerry Schatzberg
Elenco – Jon Cryer, Demi Moore, George Wendt, Peter Frechette, Elizabeth Daily, Ann Wedgeworth, Jeffrey Tambor, Tim Robbins, Jennifer Tilly.
Simpático misto de drama com comédia, que mostra a história de amor entre um jovem fotógrafo (Jon Cryer de "Two and the Half Man") e um cantora (Demi Moore) e a dificuldade em se manter uma relação entre os jovens. É um tipo de história contada centenas de vezes no cinema, mas que vale pelo bom elenco, com uma Demi Moore jovem e linda e ainda os pequenos papéis de Tim Robbins e Jennifer Tilly.
Direção – Samuel Fuller
Elenco – Kristy McNicol, Burl Ives, Paul Winfield, Jameson Parker, Paul Bartel, Samuel Fuller.
Um garota (Kristy McNicol) resolve adotar um cão e após algum tempo descobre que ele fora treinado desde filhote para atacar pessoas negras, mesmo assim ela procurará ajuda para tentar reeducá-lo. Este polêmico tema é conduzido com mão firme e sem sensacionalismo pelo falecido diretor Samuel Fuller, que deixou como principal obra o drama de guerra "Agônia e Glória".
82 – Capítulo Dois – Em Busca da Felicidade (Chapter Two, EUA, 1979) - Nota 6
Direção – Robert Moore
Elenco – Marsha Mason, James Caan, Joseph Bologna, Valerie Harper.
Um viúvo (James Caan) e uma divorciada (Masha Mason) se conhecem e resolvem casar rapidamente. Depois disso tentaram superar seus traumas juntos. Drama hoje sem muito impacto, baseado em peça de Neil Simon.
83 – Capricórnio Um (Capricorn One, EUA, 1978) - Nota 7
Direção – Peter Hyams
Elenco – Elliott Gould, James Brolin, Brenda Vaccaro, Sam Waterston, O. J. Simpson, Hal Holbrook, Karen Black, Telly Savalas, David Huddleston, James B. Sikking.
O governo americano lança uma missão em direção a Marte com três tripulantes (James Brolin, Sam Waterston e O. J. Simpson), porém tudo não passa de uma farsa, com os astronautas sendo enviados para um cenário com o intuíto de enganar a opinião pública, porém as coisas se complicam quando um repórter (Elliott Gould) começa a investigar a missão. Uma boa história sobre conspiração, mas contada de modo um pouco arrastado, vale pela curiosidade da trama.
84 – Um Cara Muito Baratinado (My Favorite Year, EUA, 1982) - Nota 7
Direção – Richard Benjamin
Elenco – Peter O’Toole, Mark Lynn Baker, Jessica Harper, Lou Jacobi, Cameron Mitchell, Joseph Bologna, Lainie Kazan, Anne DeSalvo, George Wyner.
No início da TV os programas eram ao vivo e o personagem de Peter O'Toole (que foi indicado ao Oscar pelo papel) é um astro decadente e alcoólatra que está prestes a ser despedido, mas é apoiado de todas as formas por um jovem roteirista (Mark Lynn Baker do seriado "Primo Cruzado"), que precisa dele em seu programa. Um bom misto de drama com comédia.
85 – Carrie, a Estranha (Carrie, EUA, 1976) - Nota 9
Direção – Brian DePalma
Elenco – Sissy Spacek, Piper Laurie, Amy Irving, William Katt, John Travolta, Nancy Allen, Betty Buckley, P. J. Soles.
Carrie é uma garota tímida com poderes paranormais que é discriminada no colégio por seus colegas, até que apenas por gozação, um aluno a convida para festa de formatura sem imaginar o que poderá acontecer. Clássico de suspense e terror, sendo uma da melhores obras de Brian DePalma. Teve uma continuação inferior em 1999.
86 – Carros Usados (Used Cars, EUA, 1980) - Nota 8
Direção – Robert Zemeckis
Elenco – Kurt Russell, Jack Warden, Gerrit Graham, Frank McRae, Deborah Harmon, Michael McKean, Alfonso Arau, Dick Miller, Joe Flaherty, Michael Talbott, Al Lewis.
Engraçada comédia sobre uma disputa entre duas lojas de carros usados em que os donos se odeiam apesar de serem irmãos gêmeos interpretados por Jack Warden. Até que o irmão mal assassina o outro e um funcionário deste (Kurt Russell) tenta esconder a morte do chefe para manter a loja funcionando. Piadas simples mais engraçadas, foi o primeiro sucesso de Zemeckis.
87 – Carruagens de Fogo (Chariots of Fire, Inglaterra, 1981) - Nota 10
Direção – Hugh Hudson
Elenco – Ben Cross, Ian Charleson, Nigel Havers, Nicholas Farrell, Alice Krige, Cheryl Campbell, Ian Holm, John Gielgud, Lindsay Anderson, Patrick Magee, Brad Davis, Nigel Davenport.
O filme é baseado na história real de dois corredores, o inglês rico e judeu Harold Abrahams (Ben Cross) e o escocês Eric Liddell (Ian Charleson), com cada um enfrentando seus obstáculos, lutam para disputar as Olímpiadas de Paris em 1924 e ganhar a medalha de ouro. Drama comovente e emocionante, vencedor de quatro prêmios Oscar, entre eles o de "Melhor Filme" e "Melhor Trilha Sonora" para o sensacional trabalho do grego Vangelis, que por sinal tem a música tema usada em outros filmes e eventos até hoje.
88 – Casablanca (Casablanca, EUA, 1942) - Nota 10
Direção – Michael Curtiz
Elenco – Humphrey Bogart, Ingrid Bergman, Paul Henreid, Claude Rains, Sidney Greenstreet, Peter Lorre, Conrad Veidt.
Durante a 2º Guerra Mundial em Casablanca no Marrocos, nazistas, aliados e espiões se cruzam no ponto de fuga dos europeus para os EUA. Ali Rick Blaine (Bogart) é dono de um café que mantém as aparências tratando bem um capitão nazista (Claude Rains), mas se apaixona por Ilsa (Ingrid Bergman) que é casada com o líder da resistência Victor Laszlo (Paul Henreid) e precisa decidir de qual lado vai ficar. Clássico absoluto que resiste ao tempo com sua história de amor em tempos de guerra.
89 – O Caso do Demônio Assassino (The Demon Murder Case, EUA, 1983) - Nota 5
Direção – Billy Hale
Elenco – Kevin Bacon, Liane Langland, Cloris Leachman, Eddie Albert, Andy Griffith, Richard Masur, Joyce Van Patten, Charles Fields.
Variação de "O Exorcista", com Kevin Bacon antes da fama interpretando o papel de um jovem possuído por um espírito maligno, que será submetido a sessões de exorcismo por um padre e um psiquitra (os veteranos da TV Eddie Albert e Andy Griffith).
90 – Um Caso Muito Sério (No Small Affair, EUA, 1984) - Nota 7
Direção – Jerry Schatzberg
Elenco – Jon Cryer, Demi Moore, George Wendt, Peter Frechette, Elizabeth Daily, Ann Wedgeworth, Jeffrey Tambor, Tim Robbins, Jennifer Tilly.
Simpático misto de drama com comédia, que mostra a história de amor entre um jovem fotógrafo (Jon Cryer de "Two and the Half Man") e um cantora (Demi Moore) e a dificuldade em se manter uma relação entre os jovens. É um tipo de história contada centenas de vezes no cinema, mas que vale pelo bom elenco, com uma Demi Moore jovem e linda e ainda os pequenos papéis de Tim Robbins e Jennifer Tilly.
quinta-feira, 17 de julho de 2008
Adeus Lênin! e A Vida dos Outros
Adeus Lênin! (Good Bye Lenin!, Alemanha, 2003)
Direção: Wolgang Becker
Elenco: Daniel Bruhl, Katrin Sass, Marian Simon, Chulpan Khamatova, Florian Lukas, Alexander Beyer, Burghart Klaussner.
A Vida dos Outros (Das Leben der Anderen, Alemanha, 2006)
Direção: Florian Henckel von Donnesmarck
Elenco: Ulrich Muhe, Sebastian Koch, Martina Gedeck, Ulrich Tukur, Thomas Thieme, Hans Uwe Bauer, Herbert Knaup.
Quem viveu antes do fim do comunismo sempre viu a antiga Alemanha Oriental como um país de ponta nos esportes olímpicos, apesar de que anos depois foi comprovado o uso de doping em grande parte dos seus atletas, mas fora isso pouco se conhecia sobre o país por aqui. Ha pouco tempo o cinema alemão nos trouxe dois filmes bem diferentes entre si, mas que mostram a Alemanha Oriental um pouco antes da queda Muro de Berlim.
O primeiro é o simpático “Adeus Lênin!”, onde o jovem Alex (Daniel Bruhl) resolve participar de uma passeata contra o regime político do país e acaba sendo visto por sua mãe Christianne (Kathrin Sass) que sendo defensora fervorosa do país, acaba tendo um ataque cardíaco devido ao susto, que a deixa em coma por alguns meses. Quando ela volta do coma o médico avisa Alex que sua mãe não pode passar por fortes emoções, porém neste intervalo aconteceu a queda do Muro de Berlim, com a passagem dos orientais em massa para o ocidente e a reunificação das Alemanhas, o que com certeza seria um choque para mãe. A partir daí o filho e sua família tentam a todo custo esconder os acontecimentos da mãe, utilizando soluções engraçadas como trocar os rótulos do produtos e até forjar um noticiário afirmando que os ocidentais é que estariam em fuga para o lado oriental. Pegando um gancho na história real da queda do muro, o diretor fez um drama com pitadas de comédia, gerando uma ótima diversão e mostrando com sensibilidade como esta grande mudança afetou a vida de um país inteiro. Uma cena inesquecível é a mãe ainda atordoada após voltar do coma com uma expressão incrédula, vendo um helicóptero transportando uma estátua de Lênin.
O outro filme é o pesado mais também sensível “A Vida dos Outros”, ganhador do Oscar de Filme Estrangeiro em 2006, que tem como personagem principal Wiesler (Ulrich Muhe) um policial da Stasi, a polícia secreta da Alemanha Oriental que perseguia, ameaçava e torturava todos que eram contra o regime. Wiesler é um homem solitário e metódico que ministra aulas para jovens policiais da Stasi sobre como se conduzir interrogatórios, até que um dia é convidado por seu amigo Gubritz (Ulrich Tukur) hoje em um grande cargo na polícia, para vigiar o escritor Georg Dreyman (Sebastian Koch) e descobrir a todo custo suas ligações com opositores do regime do país. O que parece ser mais uma missão para Wiesler, aos poucos vai mudando o policial, que acaba descobrindo que aquilo nada tem haver com o país, mas sim com o ministro Hempf (Thomas Thieme) que pretende incriminar o escritor a qualquer custo, para ter o caminho livre e ficar com a atriz Christa Maria (Martina Gedeck) namorada do escritor, mas que é amante do ministro a contra-gosto, apenas pelo medo de perder sua carreira.
Este filme é uma história que liga vários personagens ao mesmo destino, alguns sem ao menos sem conhecer e mostra como as pessoas usavam para benefício próprio o poder em um regime que se dizia democrático, mas que na realidade era um dos mais opressores possíveis e as consequências dessa opressão na vida destes personagens. O filme é baseado em história real e assim como o leve "Adeus Lênin!", vale a pena ser assistido.
terça-feira, 15 de julho de 2008
Con Air - A Rota da Fuga
Con Air - A Rota da Fuga (Con Air, EUA, 1997)
Direção: Simon West
Elenco: Nicolas Cage, John Cusack, John Malkovich, Ving Rhames, Nick Chinlund, Steve Buscemi, Colm Meaney, Rachel Ticotin, Dave Chappelle, Mykelti Williamson, Danny Trejo, M. C. Gainey, Steve Eastin, Renoly Santiago, Monica Potter, Jesse Borrego.
Na década de oitenta a dupla de produtores Don Simpson e Jerry Bruckheimer ficou famosa com sucessos como "Flashdance", "Um Tira da Pesada" e "Top Gun". Após estes continuaram a produzir sucessos populares, geralmente filmes com grandes orçamentos, elencos de astros e muito marketing. Quando Don Simpson morreu de overdose em 1996 muitos pensaram que a carreira de Bruckheimer estava acabada, mas pelo contrário, logo em seguida ele produziu sozinho este "Con Air", mostrando quem era a cabeça pensante da dupla e iniciou um carreira solo de grande sucesso também, inclusive produzindo seriados como "Cold Case" e "Whithout a Trace".
Geralmente ele procura trabalhar com diretores que vieram da propaganda e que colocam em primeiro lugar nos seus filmes a ação, com cortes rápidos e ritmo vertiginoso, gente como Tony Scott e Michael Bay. Neste "Con Air" ele lançou o inglês Simon West, que viria a dirigir "A Filha do General" e "Tomb Raider".
A história em "Con Air" é simples, mas é aquele tipo de filme que devemos deixar de lado o realismo e aceitar os absurdos que acabam dando graça ao filme. Aqui Nicolas Cage é o veterano do exército Cameron Poe, que após voltar para casa e encontrar a esposa grávida, acaba entrando em um briga de bar e mata um sujeito, sendo condenado a prisão. Anos depois ele é libertado em condicional e como precisa viajar para outro estado para encontrar a família, resolve pegar carona no "Con Air", um tipo de vôo que realmente existe nos EUA e é usado para transportar presos. Neste caso o avião está lotado de bandidos perigosos e cada um com um apelido que diz um pouco sobre seus crimes. Tudo vai bem até que Cirus "O Virus" (o ótimo John Malkovich) lidera um rebelião e toma o avião, fazendo com que Poe tenha que mentir dizendo que ainda tem muitos anos de prisão para cumprir. Aí começa a ação.
Um grande elenco que parece se divertir com seus personagens caricatos, tendo entre os bandidos gente boa como Ving Rhames, Steve Buscemi e o sinistro Danny Trejo. Do lado da lei estão John Cusack como um agente do FBI meio hippie e Colm Meaney como o agente arrogante.
Um ótimo filme de ação com sequências espetaculares, muitos tiros, brigas e citando mais uma vez, um elenco que vale o ingresso.
Direção: Simon West
Elenco: Nicolas Cage, John Cusack, John Malkovich, Ving Rhames, Nick Chinlund, Steve Buscemi, Colm Meaney, Rachel Ticotin, Dave Chappelle, Mykelti Williamson, Danny Trejo, M. C. Gainey, Steve Eastin, Renoly Santiago, Monica Potter, Jesse Borrego.
Na década de oitenta a dupla de produtores Don Simpson e Jerry Bruckheimer ficou famosa com sucessos como "Flashdance", "Um Tira da Pesada" e "Top Gun". Após estes continuaram a produzir sucessos populares, geralmente filmes com grandes orçamentos, elencos de astros e muito marketing. Quando Don Simpson morreu de overdose em 1996 muitos pensaram que a carreira de Bruckheimer estava acabada, mas pelo contrário, logo em seguida ele produziu sozinho este "Con Air", mostrando quem era a cabeça pensante da dupla e iniciou um carreira solo de grande sucesso também, inclusive produzindo seriados como "Cold Case" e "Whithout a Trace".
Geralmente ele procura trabalhar com diretores que vieram da propaganda e que colocam em primeiro lugar nos seus filmes a ação, com cortes rápidos e ritmo vertiginoso, gente como Tony Scott e Michael Bay. Neste "Con Air" ele lançou o inglês Simon West, que viria a dirigir "A Filha do General" e "Tomb Raider".
A história em "Con Air" é simples, mas é aquele tipo de filme que devemos deixar de lado o realismo e aceitar os absurdos que acabam dando graça ao filme. Aqui Nicolas Cage é o veterano do exército Cameron Poe, que após voltar para casa e encontrar a esposa grávida, acaba entrando em um briga de bar e mata um sujeito, sendo condenado a prisão. Anos depois ele é libertado em condicional e como precisa viajar para outro estado para encontrar a família, resolve pegar carona no "Con Air", um tipo de vôo que realmente existe nos EUA e é usado para transportar presos. Neste caso o avião está lotado de bandidos perigosos e cada um com um apelido que diz um pouco sobre seus crimes. Tudo vai bem até que Cirus "O Virus" (o ótimo John Malkovich) lidera um rebelião e toma o avião, fazendo com que Poe tenha que mentir dizendo que ainda tem muitos anos de prisão para cumprir. Aí começa a ação.
Um grande elenco que parece se divertir com seus personagens caricatos, tendo entre os bandidos gente boa como Ving Rhames, Steve Buscemi e o sinistro Danny Trejo. Do lado da lei estão John Cusack como um agente do FBI meio hippie e Colm Meaney como o agente arrogante.
Um ótimo filme de ação com sequências espetaculares, muitos tiros, brigas e citando mais uma vez, um elenco que vale o ingresso.
domingo, 13 de julho de 2008
Jericho
Jericho (Jericho, EUA, 2006 a 2008)
Elenco: Skeet Ulrich, Lennie James, Ashley Scott, Kenneth Mitchell, Gerald McRainey, Pamela Reed, Brad Beyer, April Parker Jones, Alicia Coppola, Bob Stephenson, Claire Carey, Erik Knudsen, Michael Gaston, Esay Morales, D. B. Sweeney, James Remar, Daniel Benzali.
Hoje o canal pago AXN colocou no ar o último episódio da série Jericho, que contava a história de uma pequena cidade no Estado do Kansas, que após os Estados Unidos sofrerem um ataque nuclear em que várias cidades foram bombardeadas ao mesmo tempo, os habitantes tentam descobrir porque o país foi atacado, além de tentar manter a ordem e sobreviver as consequências.
Acompanhei da série desde o início e achei ótima a premissa. Logo no primeiro episódio são apresentados vários personagens interessantes, que foram muito bem desenvolvidos durante a história, além de conflitos, mistérios e um clima de conspiração que mantém o suspense em alta e mostram o que poderia realmente acontecer após um ataque nuclear.
O personagem principal é Jake Green (Skeet Ulrich de "Pânico") que depois de alguns anos fora da cidade, volta para Jericho tentando esquecer seu passado. Ele reencontra seu pai Johnston Green (Gerald McRainey), que é o prefeito e seu irmão Eric (Kenneth Mitchell) que é seu braço direito, além de sua mãe Gail (Pamela Reed) e seu antigo amor Emily (Ashely Scott). Outro personagem tão importante quanto Jake é o enigmático Robert Hawkins (Lennie James), que muda para cidade levando sua família poucos dias antes do ataque e que se mostrará uma peça chave para na trama.
Temos diversos outros personagens interessantes, como Gray Anderson (Michael Gaston) que faz oposição ao prefeito. Stanley Richmond (Brad Beyer) o fazendeiro amigo de infância de Jake, além de rostos conhecidos em pequenos mas importantes papéis, como James Remar interpretando um bandido pai da personagem Emily, D. B. Sweeney como um mercenário e Esai Morales como um oficial do exército que aparece na curta segunda temporada.
Agora vamos aos problemas da série, a primeira temporada com vinte e dois episódios foi ótima, como citei anteriormente, porém o canal CBS teve um péssima ideia. Em Novembro/2006, no meio a temporada com uma ótima audiência, o canal deu "férias" à série e somente retornou com um episódio chamado "Return to Jericho" em Fevereiro/2007, o que causou uma grande queda de público. Com o aviso de cancelamento para o final da primeira temporada, os fãs fizeram um grande protesto e a CBS resolveu lançar uma segunda temporada, porém com apenas sete episódios.
Os últimos sete episódios resolvem várias questões e chegam a ser até eletrizantes, porém de um modo muito rápido, deixando alguns personagens perdidos e criando um final que na realidade teria de ser apenas um gancho para mais uma temporada. É um pena que é uma série tão interessante e com uma temporada inicial tão legal tenha sido queimada desta forma.
Elenco: Skeet Ulrich, Lennie James, Ashley Scott, Kenneth Mitchell, Gerald McRainey, Pamela Reed, Brad Beyer, April Parker Jones, Alicia Coppola, Bob Stephenson, Claire Carey, Erik Knudsen, Michael Gaston, Esay Morales, D. B. Sweeney, James Remar, Daniel Benzali.
Hoje o canal pago AXN colocou no ar o último episódio da série Jericho, que contava a história de uma pequena cidade no Estado do Kansas, que após os Estados Unidos sofrerem um ataque nuclear em que várias cidades foram bombardeadas ao mesmo tempo, os habitantes tentam descobrir porque o país foi atacado, além de tentar manter a ordem e sobreviver as consequências.
Acompanhei da série desde o início e achei ótima a premissa. Logo no primeiro episódio são apresentados vários personagens interessantes, que foram muito bem desenvolvidos durante a história, além de conflitos, mistérios e um clima de conspiração que mantém o suspense em alta e mostram o que poderia realmente acontecer após um ataque nuclear.
O personagem principal é Jake Green (Skeet Ulrich de "Pânico") que depois de alguns anos fora da cidade, volta para Jericho tentando esquecer seu passado. Ele reencontra seu pai Johnston Green (Gerald McRainey), que é o prefeito e seu irmão Eric (Kenneth Mitchell) que é seu braço direito, além de sua mãe Gail (Pamela Reed) e seu antigo amor Emily (Ashely Scott). Outro personagem tão importante quanto Jake é o enigmático Robert Hawkins (Lennie James), que muda para cidade levando sua família poucos dias antes do ataque e que se mostrará uma peça chave para na trama.
Temos diversos outros personagens interessantes, como Gray Anderson (Michael Gaston) que faz oposição ao prefeito. Stanley Richmond (Brad Beyer) o fazendeiro amigo de infância de Jake, além de rostos conhecidos em pequenos mas importantes papéis, como James Remar interpretando um bandido pai da personagem Emily, D. B. Sweeney como um mercenário e Esai Morales como um oficial do exército que aparece na curta segunda temporada.
Agora vamos aos problemas da série, a primeira temporada com vinte e dois episódios foi ótima, como citei anteriormente, porém o canal CBS teve um péssima ideia. Em Novembro/2006, no meio a temporada com uma ótima audiência, o canal deu "férias" à série e somente retornou com um episódio chamado "Return to Jericho" em Fevereiro/2007, o que causou uma grande queda de público. Com o aviso de cancelamento para o final da primeira temporada, os fãs fizeram um grande protesto e a CBS resolveu lançar uma segunda temporada, porém com apenas sete episódios.
Os últimos sete episódios resolvem várias questões e chegam a ser até eletrizantes, porém de um modo muito rápido, deixando alguns personagens perdidos e criando um final que na realidade teria de ser apenas um gancho para mais uma temporada. É um pena que é uma série tão interessante e com uma temporada inicial tão legal tenha sido queimada desta forma.
sexta-feira, 11 de julho de 2008
Os Infiltrados
Os Infiltrados (The Departed, EUA, 2006)
Direção: Martin Scorsese
Elenco: Leonardo DiCaprio, Matt Damon, Jack Nicholson, Mark Wahlberg, Martin Sheen, Ray Winstone, Vera Farmiga, Anthony Anderson, Alec Baldwin, Kevin Corrigan, Mark Rolston, David O'Hara.
O diretor Martin Scorses nos brindou com mais um obra-prima neste "Os Infiltrados). Refilmagem do ótimo filme policial chinês"Conflitos Internos" (que infelizmente eu ainda não assisti), conta com maestria um jogo de gato e rato entre policiais e bandidos infiltrados em suas organizações, cada um tentando descobrir quem é o espião primeiro.
No filme o jovem policial Billy Costigan (Leonardo DiCaprio) é convocado por seus superiores (Martin Sheen e Alec Baldwin) para se infiltrar na quadrilha do chefão mafioso Frank Costello (Jack Nicholson), quando ao mesmo tempo Frank financia outro jovem, Colin Sullivan (Matt Damon) para cursar a acadêmia de polícia e ser seus olhos na corporação. Em certo momento as duas partes sabem que existe um espião e começam as desconfianças, manipulações e traições, fatos comuns em filmes policiais sobre a máfia, mas aqui contadas com o talento de Scorsese.
Além do ótimo roteiro, outro destaque é o maravilhoso elenco cheio de nomes de peso, que dão conta do recado, que além da boa dupla principal, temos um assustador e violento Jack Nicholson, o sempre bom Ray Winstone e um papel de coadjuvante porém importantíssimo na trama para Mark Wahlberg.
Depois de tantos grandes filmes como "Touro Indomável", "Os Bons Companheiros", "Cassino", "Taxi Driver" e este "Os Infiltrados" entre outros, com certeza é só esperar pelo próximo clássico de Scorsese.
Direção: Martin Scorsese
Elenco: Leonardo DiCaprio, Matt Damon, Jack Nicholson, Mark Wahlberg, Martin Sheen, Ray Winstone, Vera Farmiga, Anthony Anderson, Alec Baldwin, Kevin Corrigan, Mark Rolston, David O'Hara.
O diretor Martin Scorses nos brindou com mais um obra-prima neste "Os Infiltrados). Refilmagem do ótimo filme policial chinês"Conflitos Internos" (que infelizmente eu ainda não assisti), conta com maestria um jogo de gato e rato entre policiais e bandidos infiltrados em suas organizações, cada um tentando descobrir quem é o espião primeiro.
No filme o jovem policial Billy Costigan (Leonardo DiCaprio) é convocado por seus superiores (Martin Sheen e Alec Baldwin) para se infiltrar na quadrilha do chefão mafioso Frank Costello (Jack Nicholson), quando ao mesmo tempo Frank financia outro jovem, Colin Sullivan (Matt Damon) para cursar a acadêmia de polícia e ser seus olhos na corporação. Em certo momento as duas partes sabem que existe um espião e começam as desconfianças, manipulações e traições, fatos comuns em filmes policiais sobre a máfia, mas aqui contadas com o talento de Scorsese.
Além do ótimo roteiro, outro destaque é o maravilhoso elenco cheio de nomes de peso, que dão conta do recado, que além da boa dupla principal, temos um assustador e violento Jack Nicholson, o sempre bom Ray Winstone e um papel de coadjuvante porém importantíssimo na trama para Mark Wahlberg.
Depois de tantos grandes filmes como "Touro Indomável", "Os Bons Companheiros", "Cassino", "Taxi Driver" e este "Os Infiltrados" entre outros, com certeza é só esperar pelo próximo clássico de Scorsese.
terça-feira, 8 de julho de 2008
Rambo
Rambo - Programado Para Matar (First Blood, EUA, 1982)
Direção: Ted Kotcheff
Direção: Ted Kotcheff
Elenco: Sylvester Stallone, Brian Dennehy, Richard Crenna, Bill McKinney, Jack Starrett, Michael Talbot, Chris Mulkey, David Caruso.
Rambo II - A Missão (Rambo: First Blood Part II, EUA, 1985)
Direção: George Pan Cosmatos
Elenco: Sylvester Stallone, Richard Crenna, Charles Napier, Steven Berkoff, Julia Nickson Soul, Martin Kove, George Kee Cheung.
Rambo III (Rambo III, EUA, 1988)
Direção: Peter MacDonald
Elenco: Sylvester Stallone, Richard Crenna, Marc de Jonge, Kurtwood Smith, Spiros Focas, Sasson Gabai.
Rambo IV (Rambo, EUA, 2008)
Direção: Sylvester Stallone
Elenco: Sylvester Stallone, Julie Benz, Paul Schulze, Matthew Marsden, Graham McTavish, Reynaldo Gallegos, Jake LaBotz, Tim Kang.
O personagem Rambo é um ícone dos anos 80, que se tornou símbolo do governo Reagan depois que o ex-presidente comentou que Rambo era republicano, o que acabou gerando muito criticado ao personagem por esse aspecto, quando os seus filmes poderiam ser analisados apenas como cinema e diversão.
Quanto aos filmes em si, o original “Rambo - Programado Para Matar” apresenta o personagem voltando do Vietnã e chegando em um pequena cidade onde é desrespeitado e expulso pelo preconceituoso xerife, que não quer vagabundos veteranos de guerra em sua cidade, mas Rambo não aceita e acaba voltando para valer seu direito de ir e vir, mas acaba sendo preso e humilhado pelos policiais. Quando está para ser levado à cela ele se revolta, escapa e faz com que o xerife e e uma dezena de policiais iniciem uma perseguição pela floresta.
Este primeiro filme tem um roteiro bem bolado, a questão dos veteranos da Guerra do Vietnã que voltaram e foram descartados pela sociedade é real e o filme mostra qual poderia ser a reação de um ex-Boina Verde (soldado de elite do exército) cheio de traumas. após ser humilhado e tratado como um bandido, além disso o filme é sensacional no que se propõe, as cenas de ação e suspense na floresta são de primeira, além da boa direção do competente e hoje sumido Ted Kotcheff e do interessante elenco que tem vários rostos conhecidos como Brian Dennehy, Richard Crenna e David Caruso.
Em “Rambo II – A Missão”, Stallone provavelmente motivado pelas palavras de Reagan, leva seu personagem de volta ao Vietnã.. Ao final do primeiro filme ele é preso e aqui o filme começa com Rambo em uma prisão federal cumprindo pena, até que seu mentor, o Coronel Trautman (Richard Crenna) oferece a ele a chance da liberdade, tendo que resgatar soldados americanos que ainda são prisioneiros noVietnã em uma missão não oficial. Ele aceita, porém nem imaginava que o exército não queria que a missão desse certo, para não ter que explicar ao público porquê muitos americanos ficaram para trás, esquecidos no Vietnã após o final da guerra.
Ótimo como filme de ação, com direção boa nesse aspecto do grego George Pan Cosmatos, porém com um roteiro menos realista, que transforma o personagem quase em super-herói e tenta fazer os EUA vencer nos cinemas uma guerra que foi perdida na vida real.
Após este filme Stallone tentou emplacar outros dois personagens, primeiro o policial “Cobra” novamente dirigido por Cosmatos e o caminhoneiro “Falcão – O Campeão dos Campeões” dirigido pelo isralense picareta Menahem Golan, mas os dois filmes fracassaram.
Quanto aos filmes em si, o original “Rambo - Programado Para Matar” apresenta o personagem voltando do Vietnã e chegando em um pequena cidade onde é desrespeitado e expulso pelo preconceituoso xerife, que não quer vagabundos veteranos de guerra em sua cidade, mas Rambo não aceita e acaba voltando para valer seu direito de ir e vir, mas acaba sendo preso e humilhado pelos policiais. Quando está para ser levado à cela ele se revolta, escapa e faz com que o xerife e e uma dezena de policiais iniciem uma perseguição pela floresta.
Este primeiro filme tem um roteiro bem bolado, a questão dos veteranos da Guerra do Vietnã que voltaram e foram descartados pela sociedade é real e o filme mostra qual poderia ser a reação de um ex-Boina Verde (soldado de elite do exército) cheio de traumas. após ser humilhado e tratado como um bandido, além disso o filme é sensacional no que se propõe, as cenas de ação e suspense na floresta são de primeira, além da boa direção do competente e hoje sumido Ted Kotcheff e do interessante elenco que tem vários rostos conhecidos como Brian Dennehy, Richard Crenna e David Caruso.
Em “Rambo II – A Missão”, Stallone provavelmente motivado pelas palavras de Reagan, leva seu personagem de volta ao Vietnã.. Ao final do primeiro filme ele é preso e aqui o filme começa com Rambo em uma prisão federal cumprindo pena, até que seu mentor, o Coronel Trautman (Richard Crenna) oferece a ele a chance da liberdade, tendo que resgatar soldados americanos que ainda são prisioneiros noVietnã em uma missão não oficial. Ele aceita, porém nem imaginava que o exército não queria que a missão desse certo, para não ter que explicar ao público porquê muitos americanos ficaram para trás, esquecidos no Vietnã após o final da guerra.
Ótimo como filme de ação, com direção boa nesse aspecto do grego George Pan Cosmatos, porém com um roteiro menos realista, que transforma o personagem quase em super-herói e tenta fazer os EUA vencer nos cinemas uma guerra que foi perdida na vida real.
Após este filme Stallone tentou emplacar outros dois personagens, primeiro o policial “Cobra” novamente dirigido por Cosmatos e o caminhoneiro “Falcão – O Campeão dos Campeões” dirigido pelo isralense picareta Menahem Golan, mas os dois filmes fracassaram.
Após estes insucessos ele resolveu voltar ao personagem em “Rambo III”, é aqui novamente o problema está com no roteiro. Agora Rambo está vivendo recluso na Tailândia quando é procurado pelo exército americano para resgatar o Coronel Trautman que é prisioneiro dos soviéticos no Afeganistão. As cenas de ação continuam sensacionais, dirigidas por Peter MacDonald especialista neste tipo de cena, tendo sido diretor de segunda unidade em diversos filmes de ação, mas com pouca habilidade na direção de atores e na história. Outro ponto fraco do roteiro e hoje até mesmo irônico, é que Rambo é ajudado pelos Mujahedins, que na vida real lutavam contra a invasão soviética e tendo ajuda dos americanos e eram chamados de “Guerreiros da Liberdade” e quando conseguiram expulsar os soviéticos do país de vez no final dos anos oitenta, ficaram conhecidos no mundo como o Talibã, grupo fanático ultra-religioso que levou o Afeganistão de volta à Idade Média, perseguindo e matando todos os opositores do regime. além de proibir livros, televisão, trabalho feminino, entre outras loucuras.
Agora vinte anos depois Stallone resolveu encerrar a jornada de seu personagem em “Rambo IV” e o fez dignamente. A história é simples, Rambo está de volta a sua vida na Tailândia vivendo em vilarejo, até que é contratado por um grupo de missionários para leva-los até a Birmânia. Recusando de início, ele acaba aceitando depois dos vários pedidos de uma das missionárias, Sarah (Julie Benz) e avisa dos perigos de entrarem em um país em guerra civil e que eles não conseguirão mudar nada naquele lugar. Após alguns dias de tê-los deixado na Birmânia, isso é lógico, depois de já ter matado alguns bandidos da região durante o percurso, ele é avisado que os missionários foram atacados e a Igreja a que eles pertencem contrataram mercenários para o resgate, mas necessitam dele como guia. Daí começa a ação de verdade.
Agora vinte anos depois Stallone resolveu encerrar a jornada de seu personagem em “Rambo IV” e o fez dignamente. A história é simples, Rambo está de volta a sua vida na Tailândia vivendo em vilarejo, até que é contratado por um grupo de missionários para leva-los até a Birmânia. Recusando de início, ele acaba aceitando depois dos vários pedidos de uma das missionárias, Sarah (Julie Benz) e avisa dos perigos de entrarem em um país em guerra civil e que eles não conseguirão mudar nada naquele lugar. Após alguns dias de tê-los deixado na Birmânia, isso é lógico, depois de já ter matado alguns bandidos da região durante o percurso, ele é avisado que os missionários foram atacados e a Igreja a que eles pertencem contrataram mercenários para o resgate, mas necessitam dele como guia. Daí começa a ação de verdade.
Este pode ser considerado o filme mais violento da série, com um número incrível de mortes encenadas com muito sangue jorrando e membros sendo decepados. A impressão é que Stallone tentou mostrar o mais real possível como deve ser um genocídio, com seqüências extremamente cruéis. Aqui o personagem mostra acreditar cada vez menos que as pessoas possam mudar as coisas e que pessoas como ele estão presas a seu destino, apesar de que deixar uma certa esperança no ar ao final do filme. Pode não ser um grande filme, mas sem dúvida é o encerramento que o personagem merecia.
sexta-feira, 4 de julho de 2008
A Experiência
A Experiência (Das Experiment, Alemanha, 2001)
Direção: Oliver Hirschbiegel
Elenco: Moritz Bleibtreu, Christian Berkel, Maren Eggert, Justus Von Dohnanyy, Oliver Stokowski, Andréa Sawatzki, Edgar Selge.
Este interessante filme com uma história original, foi dirigido pelo alemão Oliver Hirschbiegel antes do ótimo "A Queda! As Últimas Horas de Hitler" e o criticado "Os Invasores".
Aqui uma corporação coloca um anúncio num jornal com a intenção de contratar doze homens para uma experiência que consiste em colocá-los numa prisão por duas semanas, sendo que seis homens serão colocados como prisioneiros e os outros seis como guardas, para análise de comportamento em uma ambiente controlado. No início os homens agem como estivessem em uma brincadeira onde ganhariam um dinheiro fácil, porém aos poucos a coisa começa a ficar séria gerando tensão entre os grupos e alguns personagens em especial, o que poderá acabar em tragédia.
O ótimo tema é desenvolvido com talento, tem como ponto principal o relacionamento que se cria com a convivência em grupo e como os líderes aparecem naturalmente, conseguindo manipular seus pares, tanto para o lado bom com para o mal.
Os destaques do elenco são para Moritz Bleitbreu de "Corra Lola, Corra", que faz o papel do prisioneiro que começa levando na tudo na brincadeira, mas que terá de mudar o comportamento e se tornar um lider e Christian Berkel, que trabalharia novamente com Hisrchbiegel em "A Queda!", como um personagem apenas observador entre os prisioneiros, que se mostrará de grande importância durante a trama.
Para quem gosta de filmes com temas originais, boas cenas de suspense e ação, além de um interessante estudo sobre comportamento do ser humano em grupo, este filme é uma ótima pedida.
Direção: Oliver Hirschbiegel
Elenco: Moritz Bleibtreu, Christian Berkel, Maren Eggert, Justus Von Dohnanyy, Oliver Stokowski, Andréa Sawatzki, Edgar Selge.
Este interessante filme com uma história original, foi dirigido pelo alemão Oliver Hirschbiegel antes do ótimo "A Queda! As Últimas Horas de Hitler" e o criticado "Os Invasores".
Aqui uma corporação coloca um anúncio num jornal com a intenção de contratar doze homens para uma experiência que consiste em colocá-los numa prisão por duas semanas, sendo que seis homens serão colocados como prisioneiros e os outros seis como guardas, para análise de comportamento em uma ambiente controlado. No início os homens agem como estivessem em uma brincadeira onde ganhariam um dinheiro fácil, porém aos poucos a coisa começa a ficar séria gerando tensão entre os grupos e alguns personagens em especial, o que poderá acabar em tragédia.
O ótimo tema é desenvolvido com talento, tem como ponto principal o relacionamento que se cria com a convivência em grupo e como os líderes aparecem naturalmente, conseguindo manipular seus pares, tanto para o lado bom com para o mal.
Os destaques do elenco são para Moritz Bleitbreu de "Corra Lola, Corra", que faz o papel do prisioneiro que começa levando na tudo na brincadeira, mas que terá de mudar o comportamento e se tornar um lider e Christian Berkel, que trabalharia novamente com Hisrchbiegel em "A Queda!", como um personagem apenas observador entre os prisioneiros, que se mostrará de grande importância durante a trama.
Para quem gosta de filmes com temas originais, boas cenas de suspense e ação, além de um interessante estudo sobre comportamento do ser humano em grupo, este filme é uma ótima pedida.
quarta-feira, 2 de julho de 2008
9mm: São Paulo
9mm: São Paulo
O último episódio acabou com alguns dramas pendentes e muita história ainda a ser explorada e caso se mantenha o mesmo nível nos roteiros, teremos uma grande série para acompanhar e desta vez mostrando problemas que estão bem próximos de nós.
Direção: Michael Ruman
Elenco: Norival Rizzo, Luciano Quirino, Clarissa Kiste, Marcos Cesana, Nicolas Trevijano.
A série brasileira “9 MM: São Paulo” foi uma grata surpresa, com um roteiro inteligente e realista, mostrando personagens bem delineados e interpretados, acabou deixando um gostinho de quero mais, pois foram feitos apenas quatro episódios. Com o sucesso já foram encomendados mais episódios para se completar uma temporada.
Outro grande mérito da série foi desenvolver a história com a cara de Brasil e principalmente da cidade de São Paulo onde foi filmada, deixando de lado os clichês dos seriados policiais americanos. Aqui damos de cara com vários problemas decorrentes da cidade, como criminosos tentando dominar o transporte de lotações, o filhinho de papai violento que acredita ser impune em razão do dinheiro da família, drogas, prostituição e principalmente os problemas pessoais dos policiais, aqui mostrados como pessoas reais.
A história mostra o dia a dia de uma equipe da delegacia de homicídios liderada pelo Delegado Eduardo (Luciano Quirino), que namora a filha de um deputado e tem que decidir entre defender a justiça como a lei manda ou se entregar as mazelas da política que pode ajudá-lo na carreira. Sua equipe é composta pelo veterano investigador Horácio (Norival Rizzo) que calejado pela vida e carreira, não gosta de seguir regras e procura fazer justiça a seu modo e ainda tem de lidar com a ex-esposa e o enteado drogado. Na equipe também estão Luísa (Clarissa Kiste), separada e mãe de uma adolescente problemática, tem de lutar ainda para ganhar espaço num local machista, Tavares (Marcos Cesana) um policial que foi criado num bairro pobre entre bandidos e hoje defende a lei, mas que fica dividido quando precisar agir em seu antigo bairro e por último o novato 3P (Nicolas Trevijano), garoto estilo malandro que pensa saber tudo sobre a profissão, mas terá muito que aprender e na maioria das vezes através de erros.
Outro grande mérito da série foi desenvolver a história com a cara de Brasil e principalmente da cidade de São Paulo onde foi filmada, deixando de lado os clichês dos seriados policiais americanos. Aqui damos de cara com vários problemas decorrentes da cidade, como criminosos tentando dominar o transporte de lotações, o filhinho de papai violento que acredita ser impune em razão do dinheiro da família, drogas, prostituição e principalmente os problemas pessoais dos policiais, aqui mostrados como pessoas reais.
A história mostra o dia a dia de uma equipe da delegacia de homicídios liderada pelo Delegado Eduardo (Luciano Quirino), que namora a filha de um deputado e tem que decidir entre defender a justiça como a lei manda ou se entregar as mazelas da política que pode ajudá-lo na carreira. Sua equipe é composta pelo veterano investigador Horácio (Norival Rizzo) que calejado pela vida e carreira, não gosta de seguir regras e procura fazer justiça a seu modo e ainda tem de lidar com a ex-esposa e o enteado drogado. Na equipe também estão Luísa (Clarissa Kiste), separada e mãe de uma adolescente problemática, tem de lutar ainda para ganhar espaço num local machista, Tavares (Marcos Cesana) um policial que foi criado num bairro pobre entre bandidos e hoje defende a lei, mas que fica dividido quando precisar agir em seu antigo bairro e por último o novato 3P (Nicolas Trevijano), garoto estilo malandro que pensa saber tudo sobre a profissão, mas terá muito que aprender e na maioria das vezes através de erros.
O último episódio acabou com alguns dramas pendentes e muita história ainda a ser explorada e caso se mantenha o mesmo nível nos roteiros, teremos uma grande série para acompanhar e desta vez mostrando problemas que estão bem próximos de nós.
terça-feira, 1 de julho de 2008
Menina de Ouro
Ficha Técnica:
Menina de Ouro (Million Dollar Baby, EUA, 2004)
Direção: Clint Eastwood
Elenco: Clint Eastwood, Hilary Swank, Morgan Freeman, Jay Baruchel, Mike Colter, Lucia Rijker, Brian F. O'Byrne, Anthony Mackie, Margo Martindale, Riki Lindhome, Michael Peña, Benito Martinez, Ned Eisenberg.
Já faz muito tempo que Clint Eastwood provou ser um grande diretor, talentoso ele consegue mostrar uma sensibilidade incrível em vários de seus trabalhos, construindo ótimos dramas sempre tirando o melhor desempenho possível dos envolvidos.
Neste “Menina de Ouro” ele mostra mais uma vez seu talento contando um história que começa dando a impressão de ser um daqueles filmes em que a força de vontade dos personagens vai derrubar obstáculos e termina de modo extremamente triste, levantando questões morais e de que como o passado influencia nossa vida.
O filme é centrado em três personagens extremamente bem delineados e interpretados. Estwood é o treinador de boxe Frankie Dunn, dono de uma decadente academia de boxe, ele tem fama de treinar ótimos boxeadores mas não deixá-los se arriscar em combates mais difíceis, inclusive o seu tema é se proteger sempre, além disso ele carrega dois traumas, um é o afastamento da filha a quem ele envia cartas, que sempre são devolvidas e o outro é ligado a seu amigo que cuida da academia junto com ele, Scrap vivido por Morgan Freeman. Scrap é um ex-boxeador que quase chegou lá e tem o passado ligado intimamente a Frank, além disso ele é o narrador da história. O terceiro personagem é a garota Maggie Fitzgerald, papel da ótima Hilary Swank. Maggie é uma garota que tem o sonho de ser lutadora e faz de tudo para ser treinada por Frankie, que a princípio não aceita, mas acaba amolecendo e a aceitando, sempre com uma pequena participação de Scrap, que logo percebe talento na garota.
Este tema de personagens com decepções no passado tentando algo melhor na vida já foi mostrado inúmeras vezes no cinema, o diferencial aqui está nas interpretações do trio de protagonistas (Swank e Freeman ganharam Oscar de Atriz e Ator Coadjuvante e Eastwood de Melhor Diretor, além de Melhor Filme) e no desenvolver do filme, que tem nas cenas de boxe apenas um instrumento para mostrar que muitas vezes o destino pode ser cruel e neste caso mudando completamento o caminho destas pessoas, fazendo com que eles tenham de fazer escolhas dificílimas.
Como curiosidade o ótimo roteiro é de Paul Haggis, que ganharia o Oscar por “Crash”, um filme onde também o destino e as escolhas pessoais acabam interferindo na vida de diversos personagens, o diferencial no caso é que aqui são apenas três personagens que praticamente carregam toda a história.
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