quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Matança em São Francisco & A Marca da Brutalidade


Matança em São Francisco (The Laughing Policeman, EUA, 1973) – Nota 6,5
Direção – Stuart Rosenberg
Elenco – Walter Matthau, Bruce Dern, Louis Gossett Jr, Anthony Zerbe, Albert Paulsen, Val Avery, Cathy Lee Crosby, Joanna Cassidy.

Em São Francisco, um desconhecido entra em um ônibus, saca uma pequena metralhadora e mata todos os passageiros, além do motorista. Entre as vítimas está um detetive. Seu parceiro (Walter Matthau) e outro detetive (Bruce Dern) são os encarregados de investigar o caso, que pode estar ligado a um assassinato ocorrido dois anos antes que ficou sem solução.

O longa começa muito bem, com o detetive assassinado seguindo um sujeito e entrando no ônibus antes de ocorrer a chacina. A partir daí, o roteiro explora a investigação com a dupla de detetives seguindo pistas, entrevistando testemunhas e pressionando suspeitos. Infelizmente a narrativa da investigação é um pouco cansativa, falta ação e emoção. Tudo é levado com frieza até a perseguição de automóveis na parte final, sequência habitual nos filmes policiais dos anos setenta.

O resultado é interessante, mas abaixo do potencial da premissa.

A Marca da Brutalidade (Prime Cut, EUA, 1972) – Nota 6
Direção – Michael Ritchie
Elenco – Lee Marvin, Gene Hackman, Angel Tompkins, Gregory Walcott, Sissy Spacek.

Nick Devlin (Lee Marvin) é uma espécie de cobrador de dívidas que presta serviço para um chefão do crime em Chicago. Ele é contratado para cobrar uma dívida de seu antigo parceiro Mary Ann (Gene Hackman), que usou o dinheiro para comprar uma matadouro de gado no Kansas. Junto com quatro capangas, Nick segue para Kansas e descobre que Mary Ann também está envolvido com prostituição, mantendo várias jovens como escravas sexuais. A visita de Nick terminará em um violento confronto. 

Este estranho longa dirigido pelo falecido Michael Ritchie é uma enorme exceção na carreira do diretor. Ritchie saiu da tv nos anos setenta e fez praticamente toda sua carreira com comédias, algumas divertidas como “Assassinato Por Encomenda” com Chevy Chase e “O Rapto do Menino Dourado” com Eddie Murphy. 

Este “A Marca da Brutalidade” é estranho não apenas pela violência dos tiroteios, mas também pelos coadjuvantes bizarros, as locações e a sequência inicial que mostra todo o processo de fabricação de salsicha e hamburger, imagens para fazer qualquer um desistir de comer este tipo de alimento. O longa também apresenta cenas de nudez não tão comuns para época, inclusive com uma bem jovem e desinibida Sissy Spacek mostrando o corpo. O grande Lee Marvin repete o papel habitual de durão, enquanto Gene Hackman aparece pouco. 

O melhor do filme é a sequência de perseguição e tiroteio no meio do matagal.

4 comentários:

Rodrigo Mendes disse...

Poxa vida ainda não assisti nenhum dos dois, mas a década de 70 foi a mais instigante, com certeza! Tão na lista.

Abraço.

Hugo disse...

Rodrigo - Os anos setenta renderam uma grande quantidade de filmes marcantes. Estes dois que comentei aqui são apenas razoáveis.

Abraço

Liliane de Paula disse...

Lee Marvin? O que assisti dele?
"Os 12 condenados" e "Dívida de sangue".
Quase não lembro dos enredos.
Mas dele sim.

Hugo disse...

Liliane - Lee Marvin foi um dos maiores vilões da história do cinema. Quando não interpretava o vilão, vivia o sujeito durão de poucas palavras.