terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Uma Fazenda do Barulho & Problemas Modernos

Uma Fazenda do Barulho (Funny Farm, EUA, 1988) – Nota 5
Direção – George Roy Hill
Elenco – Chevy Chase, Madolyn Smith, Joseph Maher. Kevin O’Morrison, Jack Gilpin, Mike Starr, Glenn Plummer.

Problemas Modernos (Modern Problems, EUA, 1981) – Nota 5,5
Direção – Ken ShapiroElenco – Chevy Chase, Patty D’Arbanville, Mary Kay Place, Dabney Coleman, Nell Carter, Brian Doyle Murray.

O ator Chevy Chase ficou famoso na tv americana trabalhando no "Saturday Night Live" durante os anos setenta, sendo companheiro de comediantes como Eddie Murphy, John Belushi e Steve Martin e acabou sendo o primeiro desta turma a abandonar o programa e se aventurar no cinema. Fez sucesso com filmes como "Clube dos Pilantras" e "Tudo bem no Ano que Vem", mas sua carreira foi irregular, estrelando também estes dois filmes com pouco graça.

Em "Uma Fazenda do Barulho", Chevy Chase é um cronista esportivo que resolve largar seu emprego em Nova Iorque e se mudar com a esposa (Madolyn Smith) para uma fazenda. Morando na fazenda percebe que a vida não será tão fácil quanto imaginada, além de ter de conviver com o estranhos moradores da pequena comunidade.

Filme feito na época em Chevy Chase era um astro e que tentava repetir o sucesso de “Férias Frustradas”, mas que acabou fracassando. O estranho é ver o ótimo diretor George Roy Hill de “Butch Cassidy” e “Golpe de Mestre” errar feio aqui.

Já em "Problemas Modernos" ele interpreta um controlador de vôo extremamente estressado, que foi abandonado pela namorada e acaba sendo contaminado por lixo radiotivo, passando a ter poderes paranormais. Tentando de se aproveitar da tragédia, ele procura resolver seus problemas com ajuda de seu novo poder, mas acaba apenas piorando a situação.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Bombas - Parte I

Todos os cinéfilos com certeza já deram de cara com bombas cinematográficas, sendo em alguns casos aqueles filmes com atores de renome ou com um diretor premiado, que todos esperam com ansiedade e se decepcionam rapidamente, porém neste espaço estou inaugurando a sessão "Bombas", com filmes desconhecidos, outros até com pessoas conhecidas envolvidas, mas que no geral podem ser considerados como dinheiro jogado fora para o produtor, fim de carreira para quem participou e tempo perdido para quem assistiu. Espero a opinião de vocês e por favor citem aqueles que vocês assistiram ou alguma outra maravilha que pode ser encaixada neste categoria.

Fantasma da Ópera (The Phantom of the Opera, EUA, 1989) – Nota 4
Direção – Dwight H. Little
Elenco – Robert Englund, Jill Schoelen, Alex Hyde White, Billy Nighy. Esta versão B da obra clássica de Gaston Leroux tem como único trunfo “o eterno Freddy Krueger” Robert Englund no papel do ator deformado que deseja vingança. O diretor Dwight H. Littlte fez também pérolas como "Anaconda II" e "Halloween IV". Como curiosidade, o hoje famoso Bill Nighy em papel de coadjuvante. Esta obra eu assisti em uma daqueles sessões de filmes do SBT.

O Exterminador do Século XXVIII (Trancers, EUA, 1985) – Nota 4,5
Direção - Charles Band
Elenco – Tim Thomerson, Helen Hunt, Michael Stefani, Art LaFleur, Richard Herd.
Tim Thomerson é um policial do século 23 que volta no tempo até o século 20 perseguindo um assassino que tem o poder de transformar suas vítimas em zumbis. Essa bobagem foi dirigida pelo especialista em filmes de terror e ficção de baixo orçamento Charles Band e tem como curiosidade a participação de uma jovem Helen Hunt como namorada do herói. Acreditem ou não, assisti esta bomba no cinema quando era adolescente, péssima escolha.

Keruak, o Exterminador de Aço (Vendetta dal Futuro, 1986, Itália) – Nota 2
Direção - Martin Dollman
Elenco – Daniel Greene, Janet Agren, John Saxon, Claudio Cassinelli, George Eastman.
Esta cópia picareta de “O Exterminador do Futuro” foi dirigido pelo italiano Sergio Martino com pseudônimo de “Martin Dollman” e em cada país teve um título diferente. Aqui no Brasil chegou como “Hands of Steel”, mesmo título americano, mas resolveram traduzir como Exterminador para tentar faturar com o sucesso do filme de Schwarzenegger. O papel do herói misto de homem e máquina ficou com o péssimo Daniel Green e o eterno vilão John Saxon participa para ganhar um dinheiro fácil. Um dos primeiros filmes que assisti em videocassete, sabe quando alugamos vários e no final resolvemos pegar mais um? Foi isso. rs

Um Biruta na Casa do Espanto (Hillbillys in a Haunted House, EUA, 1967) – Nota 1
Direção - Jean Yarbrough
Elenco – John Carradine, Basil Rathbone, Lon Chaney Jr, Ferlin Husky.
Este inacreditável filme conta as aventuras de uma bando de música country que se hospeda em um casa mal assombrada e tem de enfrentar monstros e tipos estranhos interpretados por antigos astros de filmes de terror em final de carreira e em completa decadência. Com certeza o pior filme que já assisti, vale nota 1 apenas por existir. Mais um pego em locadora para completar o lote.

As Incríveis Aventuras de Duas Garotas Apaixonadas (The Incredibly True Adventure of Two Girls in Love, EUA, 1995) – Nota 3
Direção – Maria Maggenti
Elenco – Lauren Holloman, Nicole Ari Parker, Kate Stafford, Sabrina Artel, Dale Dickey.
O filme conta uma histriônica história de duas jovens apaixonadas, uma pobre vivendo com amigas também homossexuais e outra rica e mimada que tenta esconder a condição de sua família. Tema polêmico contado de forma histriônica e com péssimas interpretações. Lauren Holloman e Nicole Ari Parker até que conseguiram uma carreira, mas este início é péssimo. TV a cabo durante a tarde no meio da semana, canal HBO, eu estava em casa não me lembro por qual motivo e resolvi passar o tempo. Tempo perdido.

domingo, 28 de dezembro de 2008

Fama

Filme Assistido nº 187
Fama (Fame, EUA, 1980) – Nota 8
Direção – Alan Parker
Elenco – Irene Cara, Lee Curreri, Gene Anthony Ray, Barry Miller, Steve Inwood, Paul McCrane, Joanna Merlin, Anne Meara, Laura Dean.

O diretor Alan Parker mostra com muito talento a luta pelo sucesso, além das angústias, desejos, amores e disputas entre os alunos de uma Escola de Artes em Nova Iorque, conseguindo como resultado a indicação para seis Prêmios Oscar sendo vencedor nas categorias de Trilha Sonora e Canção Original interpretada pela também atriz que participa do longa, Irene Cara.

O filme foca em oito alunos vindo de classes sociais e etnias diferentes e com talentos variados, todos em busca do sucesso na carreira, tendo entre eles a atriz Coco Hernandez (Irene Cara), o músico Bruno Martelli (Lee Curreri), o dançarino Leroy Johnson (Gene Anthony Ray) e o comediante latino Ralph Garcey (Barry Miller).

O grande sucesso deste drama musical urbano e na época extremamente moderno, gerou uma série de tv que durou seis temporadas de 1982 a 1987.

Como curiosidade, o diretor Alan Parker dedicou grande parte da sua carreira a dramas musicais, na época deste filme ele já havia realizado “Bugsy Malone – Quando as Metralhadoras Cospem” com um elenco de crianças num filme musical sobre gangsters, inusitado e divertido, inclusive com Jodie Foster no elenco. Depois ele faria ainda o cultuado “Pink Floyd – The Wall”, “The Commitments – Loucos pela Fama” e “Evita”.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

O Fã - Obsessão Cega

O Fã – Obsessão Cega (The Fan, EUA, 1981) – Nota 5,5
Direção – Edward Bianchi
Elenco – Lauren Bacall, Maureen Stapleton, James Garner, Griffin Dunne, Michael Biehn, Hector Elizondo, Anna Maria Horsford, Dwight Schultz, Dana Delany.

Um vendedor (Michael Biehn de “O Exterminador do Futuro”) grande fã da de teatro Sally Ross (a veterana Laura Bacall), envia dezenas de cartas que são rejeitadas pela atriz, o que transforma a paixão em obsessão e ódio e leva o vendedor a perseguir primeiro os amigos da atriz para tentar se aproximar dela e depois a própria atriz.

Suspense que apesar do bom elenco não consegue um bom resultado, fruto provavelmente da fraca direção que não consegue fazer a o filme deslanchar. O destaque com certeza é o elenco e a oportunidade de ver a grande estrela Laura Bacall em um papel principal.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Santa Claus - O Maravilhoso Mundo de Papai Noel

Santa Claus - O Maravilhoso Mundo de Papai Noel (Santa Claus, EUA, 1985) – Nota 6
Direção - Jeannot Szwarc
Elenco – Dudley Moore, John Lithgow, David Hudlestone, Burgess Meredith, Judy Cornwell.

Um pouco antes do Natal o chefe dos elfos, Patch (Dudley Moore) é seduzido pelo empresário inescrupuloso B. Z. (John Lithgow) e comanda uma greve dos ajudantes do Papai Noel (David Hudleston), porém o que B. Z. deseja apenas é atrapalhar a entrega de presentes de Papai Noel e faturar muito dinheiro com a venda de brinquedos.

Filme com bons efeitos especiais para a época, que tem como alvo principal as crianças, mostrando a fabrica de brinquedos de Papai Noel bem colorida e cheia de engenhocas, que também tenta fazer uma crítica ao consumismo e passar uma mensagem de harmonia no Natal.

Fiquei em dúvida sobre o que postar no Natal, mas resolvi escrever sobre este pequeno filme que é o único sobre o tema que eu assisti no cinema, isso há mais de vinte anos.

Além disso agradeço a todos os que visitam meu blog regularmente, pelos seus comentários, opiniões e críticas, sei que nem sempre retribuo a visita na mesma proporção, mas podem ter certeza que se o meu tempo fosse maior estaria todos os dias lendo os seus blogs.

Que todos vocês tenham um Natal repleto de harmonia, paz e tranquilidade junto de suas famílias e que mesmo sendo difícil, temos de tentar manter o espírito deste época em todos os dias de nossas vidas, com certeza todos seriam mais felizes.

FELIZ NATAL !!!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Falcões da Noite

Filme Assistido nº 186
Falcões da Noite (Nighthawks, EUA, 1981) – Nota 7,5
Direção – Bruce Malmuth
Elenco – Sylvester Stallone, Billy Dee Williams, Rutger Hauer, Lindsay Wagner, Persis Khambatta, Nigel Davenport, Joe Spinell.

Este bom filme policial se passa em Nova York no início dos anos oitenta, quando uma dupla de policiais violentos formada pelo veterano do Vietnã (Sylvester Stallone) e seu parceiro (Billy Dee Williams) tem de enfrentar um terrorista (Rutger Hauer), responsável por atentados na Europa e que agora pretende atacar em Nova York.

O modo bruto de agir da dupla faz eles entrarem em conflito com seus superiores, além do personagem de Stallone também estar tentando se reconciliar com a esposa (Lindsay Wagner, do seriado “A Mulher Biônica”), com tudo isso atrapalhando a caçada ao terrorista.

O filme segue a linha das obras do gênero feitas na década de setenta, tendo boas cenas de ação, com Stallone e Billy Dee Williams mostrando uma boa química, além de Rutger Hauer em seu tipo preferido de papel, o bandido cínico e frio.

Duas curiosidades, a primeira é uma inusitada cena em que Stallone se disfarça de mulher para capturar um bandido e a segunda é sobre o falecido diretor Bruce Malmuth, que deixou poucos filmes no currículo, entre eles um dos poucos de boa qualidade estrelados por Steven Seagal, que mesmo sendo absurdo é competente em termos de ação, chamado “Difícil de Matar”, onde Seagal é um policial que fica em coma por sete anos e acorda com sede de vingança.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Faca de Dois Gumes & Como Nascem os Anjos

Faca de Dois Gumes (Brasil, 1989) – Nota 6
Direção – Murilo Salles
Elenco – Paulo José, Marieta Severo, José de Abreu, Flávio Galvão, Ursula Canto, Paulo Goulart, José Lewgoy, Fernando Peixoto, Pedro Vasconcelos.

Como Nascem os Anjos (Brasil, 1996) – Nota 7,5
Direção – Murilo Salles
Elenco – Larry Pine, Priscila Assum, Silvio Guindane, Ryan Massey, André Mattos, Antônio Grassi, Enrique Diaz.

O diretor Murilo Salles fez estes dois dramas policiais que são parecidos apenas no gênero, mas tocam em temas bem diferentes, enquanto um foca em traição e vingança, o outro é uma crítica sobre os problemas sociais de nosso país.

Em "Faca de Dois Gumes", o advogado Jorge Bragança (Paulo José) descobre que sua mulher Vera Lúcia (Ursula Canto) o está traindo com seu melhor amigo, que também é seu sócio (Flávio Galvão). Inteligente e cego pela sede de vingança, arma um plano que parecia perfeito, porém a pressão do delegado Fontana (José de Abreu) que acredita ter sido um crime passional e a ameaça de desconhecidos que tinham ligação com seus sócio e acabam seqüestrando seu filho, levam o advogado a um beco sem saída.

Baseado num conto de Fernando Sabino, a história é a mesma de vários filmes do gênero, começando bem com um clima de suspense durante a execução da vingança, mas que acaba ficando confusa da metade para o final e perde um pouco de sua força. Ainda assim é um filme razoável feito numa época em que o cinema brasileiro estava em baixa.

Já "Como Nascem os Anjos" tem início quando o ignorante Maguila (André Mattos) mata por acidente o chefão do tráfico em um morro do Rio de Janeiro e na fuga leva a garota Branquinha (Priscila Assum) que diz ser sua esposa e o garoto Japa (Silvio Guindane). Chegando em um bairro de classe alta, Maguila precisa usar o banheiro e pede para um homem que está saindo de casa, o americano William (Larry Pine), porém o estrangeiro assustado pensando ser um assalto pede socorro a seu motorista que inicia um tiroteio que termina na morte do mesmo, fazendo com que todos entrem para a mansão e se inicie um seqüestro por acaso.

Este é apenas o início de um drama que aumenta a tensão com a chegada da polícia e os bandidos, se é que podemos chamar Maguila e as duas de crianças desse nome, que apenas querem sair dali e tocar suas vidas, mas sabem que isso será quase impossível.

O filme toca em temas comuns na nossa sociedade como violência, preconceito, falta de perspectivas e a grande diferença social, tudo isso misturado num caldeirão pode gerar situações limites, como a que é mostrada neste bom drama.

sábado, 20 de dezembro de 2008

O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford

O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford (The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford, EUA, 2007) – Nota 7,5
Direção – Andrew Dominik
Elenco – Brad Pitt, Casey Affleck, Sam Rockwell, Mary Louise Parker, Sam Shephard, Jeremy Renner, Paul Schneider, Garrett Dillahunt, Michael Parks, Ted Levine, James Carville, Zooey Deschanel.

Este interessante faroeste conta os últimos meses da vida do célebre assaltante de bancos Jesse James (Brad Pitt), aqui com trinta e quatro anos e todos os seus homens de confiança do bando tendo sido presos ou assassinados, vê ainda seu irmão mais velho Frank (Sam Shephard) resolver largar a vida de crimes após aquele que seria seu último assato a trem.

Sem o irmão e rodeado por homens que ele não confia, entre eles Robert Ford (Casey Affleck) que seria seu assassino, vivendo com sua esposa (Mary Louise Parker) e filhos, usando um nome falso, Jesse se mostra um sujeito imprevisível, com mudanças de humor e atitudes que apavoram seus homens, sempre preocupado em quem tentará ganhar a recompensa pela sua cabeça. Robert Ford será este homem, mas também pagará um preço caro pela atitude.

O diretor Andrew Dominik construiu um faroeste muito mais psicológico do que de ação, jogando a maioria de suas fichas nas interpretação de Brad Pitt, como eu já citei e em Casey Affleck que faz um jovem Robert Ford angustiado, confuso e inseguro, que tem em Jesse James seu ídolo mas que aos poucos começa a querer tomar o lugar e a fama dele, passando a impressão de querer viver a vida do ídolo.

Destaque também para Sam Rockwell no papel do irmão de Robert Ford, como um sujeito que pertence ao bando de Jesse, mas morre de medo do chefe.

Um detalhe negativo é a longa duração do filme, ficando a impressão de que pelos uns trinta minutos a menos já seriam suficientes para contar bem a história, deixando um filme mais conciso.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

O Expresso de Chicago

Filme Assistido nº 184
O Expresso de Chicago (Silver Streak, EUA, 1976) – Nota 7,5
Direção – Arthur Hiller
Elenco – Gene Wilder, Jill Clayburg, Richard Pryor, Ned Beatty, Richard Kiel, Patrick McGoohan, Clifton James, Ray Walston, Scatman Crothers, Valerie Curtin, Fred Willard.

Durante um viagem de trem para Chicago, George Caldwell (Gene Wilder) conhece a bela secretária Hilly (Jill Clayburgh) com quem acaba flertando, porém em seguida acaba testemunhando um assassinato e a garota sendo seqüestrada. Ninguém no trem acredita em sua história e ele acaba sendo perseguido, tendo a ajuda apenas do trapaceiro Grover (Richard Pryor).

Engraçada comédia de ação, que bebe na fonte dos filmes policiais e de espionagem, inclusive utilizando como vilão o ator Richard Kiel, que fez o personagem “Dentes-de-Aço” em dois filmes da série 007.

O resultado é muito bom e marca a primeira parceria da dupla Gene Wilder / Richard Pryor que fariam mais duas comédias juntos, “Loucos de Dar Nó” e “Cegos, Surdos e Loucos”.

Como curiosidade, o comediante Gene Wilder estreou no cinema em um pequeno papel no clássico “Bonnie & Clyde – Uma Rajada de Balas”.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

O Expresso da Meia-Noite

Filme Assistido nº 183
O Expresso da Meia-Noite (Midnight Express, EUA, 1978) – Nota 8,5
Direção – Alan Parker
Elenco – Brad Davis, Irene Miracle, Bo Hopkins, Randy Quaid, John Hurt, Norbert Weisser, Paolo Bonacelli.

O jovem estudante Billy Hayes (o falecido Brad Davis) tenta embarcar na Turquia de volta para os EUA com pacotes de haxixe presos ao corpo, porém é descoberto por policiais, acaba sendo preso e sentenciado a quatro anos de cadeia. Jogado em um presídio imundo, dominado por guardas sádicos, ele passa por todo tipo de provação junto com outros presos, vividos por atores como Randy Quaid e John Hurt. Estas amizades e mais sua força interior fazem com que consiga suportar a dor, porém quando está prestes a ser libertado, sua pena é alterada para trinta anos, causando desespero e mostrando como única saída tentar fugir daquele inferno.

Este filme é baseado em história real acontecida no início dos anos setenta e se transformou num dos melhores sobre prisão da história do cinema, além de criticar ferozmente o sistema prisional e a justiça da Turquia, que é mostrado como corrupto e desumano.

A trilha sonora de Giorgio Moroder consegue passar todo o desespero da situação e a direção de Alan Parker não poupa os nervos do espectador nesta jornada que mostra como o ser humano pode ser cruel com seu semelhante.

O único senão é que o personagem de Billy Hayes apesar de traficante é mostrado como um bom sujeito, que em virtude de um erro foi obrigado a pagar um preço caríssimo.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Caravana da Coragem & Ewoks: A Batalha de Endor

Caravana da Coragem (Caravan of Courage: An Ewok Adventure, EUA, 1985) – Nota 6,5
Direção – John Korty
Elenco – Eric Walker, Warwick Davis, Fionnula Flanagan, Guy Boyd, Aubree Miller.


Ewoks – A Batalha de Endor (Ewoks: The Battle of Endor, EUA, 1985) – Nota 5
Direção – Jim Wheat & Ken WheatElenco – Wilford Brimley, Warwick Davis, Aubree Miller, Sian Phillips, Paul Gleason.

Quando “O Império Contra-Ataca” foi lançado nos cinemas fomos apresentados a uma aldeia cheia de bichinhos peludos chamados Ewoks, que participaram ativamente da seqüência final do filme, durante uma batalha no Planeta Endor. Percebendo o apelo dos personagens para as crianças e a possibilidade de aumentar a venda de produtos relacionados à trilogia, George Lucas produziu este “Caravana da Coragem” e a seqüência “Ewoks – A Batalha de Endor”.

Apesar de ser um caça-níquel, “Caravana da Coragem” é uma ficção legal e inofensiva que conta a história do casal de irmãos Cindel (Aubree Miller) e Mace (Eric Walker) que são encontrados por Wicket (Warwick Davis de “Harry Potter” e “Willow”), um pequeno Ewok, após sofrerem um acidente com a nave espacial em que viajavam com seus pais. Mesmo falando línguas diferentes, as crianças conseguem fazer entender que seus pais foram seqüestrados por um monstro. Com isso os simpáticos Ewoks organizam uma missão de resgate, que irá gerar uma boa aventura juvenil.

O sucesso deste filhote de “Guerra nas Estrelas” gerou uma continuação chamada “Ewoks – A Batalha de Endor” onde um exército liderado por um rei malvado e por uma bruxa má, ataca a vila dos Ewoks e desta vez os irmãos Cindel e Mace é que fogem para a floresta e armam um plano para derrotar os vilões com a ajuda de outros pequeninos que fugiram também. Desta vez sem o mesmo fôlego e com a impressão de que filme foi feito com pressa para aproveitar o sucesso do anterior, o resultado acaba sendo fraco.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia & Eu Matei Lúcio Flávio


Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia (Brasil, 1977) – Nota 8,5
Direção – Hector Babenco
Elenco – Reginaldo Farias, Ana Maria Magalhães, Milton Gonçalves, Paulo Cesar Pereio, Ivan Cândido, Lady Francisco, Stepan Nercessian, Érico Vidal, Grande Otelo, José Dumont.

Eu Matei Lúcio Flávio (Brasil, 1979) – Nota 7
Direção – Antônio Calmon
Elenco – Jece Valadão, Monique Lafond, Anselmo Vasconcelos, Vera Gimenez, Otávio Augusto, Fábio Sabag, Nildo Parente, Paulo Ramos, Maria Lúcia Dahl.

Estes dois bons filmes policiais brasileiros da década de setenta ao mesmo tempo se contradizem e se completam. Os dois falam sobre o famoso bandido carioca da época Lúcio Flávio, sendo que o filme de Hector Babenco é uma biografia dos últimos dias antes dele ser preso e o longa de Antônio Calmon tem como personagem principal o policial Mariel Mariscotte, que participou de uma espécie de Esquadrão da Morte e se gabava de ter assassinado Lúcio Flávio, que aqui é mostrado apenas como um bandido qualquer.

O filme de Babenco é hoje um clássico do cinema brasileiro que conta a história do famoso bandido carioca Lúcio Flávio (Reginaldo Farias), que na década de setenta cometeu muitos crimes no Rio de Janeiro e em virtude de seu envolvimento com policiais corruptos, como Dr. Moretti (Paulo César Peréio), acabou sendo perseguido obstinadamente pelo honesto delegado Bechara (Ivan Cândido) e tendo sido capturado algumas vezes ainda conseguiu escapar espetacularmente, até que na última vez em que foi detido resolveu entregar o nome de vários policiais que ele sabia serem corruptos, o que decretou seu assassinato dentro da cadeia.

Ótimo filme policial com todos os ingredientes do gênero, com boa ação, ótimo elenco que tem ainda gente como Milton Gonçalves e Grande Otelo, porém que ficou com a fama por parte da crítica de ter sido um filme que tentou transformar o bandido Lúcio Flávio em herói. Mesmo assim é um filme obrigatório.

Já o filme dirigido por Antônio Calmon é quase uma resposta ao clássico “Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia” de Hector Babenco feito dois anos antes. Aqui ele conta a história do policial corrupto Mariel Mariscotte de Mattos (Jece Valadão), personagem real que nos anos setenta quando o Rio de Janeiro começava a ser dominado pelos traficantes ganhou fama por resolver casos e matar bandidos, até que entrou para um grupo de extermínio chamado “Homens de Ouro” e acabou indo parar na cadeia onde encontrou e matou o famoso bandido Lúcio Flávio (Paulo Ramos).

O resultado é um bom filme policial, que mostra o lado reacionário da policia e do estado numa época em que vivíamos sob a ditadura e por outro lado também tenta desmistificar o bandido/herói Lúcio Flávio. Destaque para a violência e para Jece Valadão no papel principal, além do ótimo Anselmo Vasconcelos, mais conhecido por papéis em comédias na tv, como um capanga de Mariel extremamente violento.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Feliz Natal

Feliz Natal (Brasil, 2008) – Nota 7,5
Direção – Selton Mello
Elenco – Leonardo Medeiros, Darlene Glória, Paulo Guarnieri, Graziela Moretto, Lúcio Mauro, Emiliano Queiroz, Fabrício Reis, Thelmo Fernandes.

A estréia do ator Selton Mello na direção tem como personagem principal Caio (o ótimo Leonardo Medeiros), que morando no interior e trabalhando em um ferro-velho resolve visitar a família na noite de natal, após alguns anos afastado.

Assim que Caio chega na casa percebemos logo que algo está errado naquela família, a mãe (Darlene Glória) é uma alcoólatra em tempo integral, o pai (Lúcio Mauro) está separado vivendo com uma jovem e nutrindo um grande ódio pelo filho Caio e pela ex-esposa, tratando bem apenas o outro irmão, Théo (Paulo Guarnieri) que vive um casamento fracassado com Fabiana (Graziela Moretto) e praticamente não dá atenção aos filhos. Esse quadro triste aos poucos vai se acentuando, ao mostrar que o filho Caio se afastou após uma tragédia e parece querer reparar um passado que não pode ser mudado.

A direção de Selton Mello filma grande parte da produção em close, trocando os diálogos pelas expressões dos personagens, que por sinal acabam dizendo mais do que palavras. Esta interessante escolha cansa um pouco em alguns momentos, mas o resultado final deste pesado drama é satisfatório.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Estranhos Invasores & Invasores de Marte

Estranhos Invasores (Strange Invaders, EUA, 1983) – Nota 6
Direção – Michael Laughlin
Elenco – Paul LeMat, Nancy Allen, Diana Scarwid, Michael Lerner, Louise Fletcher, Kenneth Tobey, June Lockhart, Wallace Shawn, Fiona Lewis, Dey Young, Jack Kehler.

Invasores de Marte (Invaders from Mars, EUA, 1986) – Nota 4
Direção – Tobe Hooper
Elenco – Karen Black, Hunter Carson, Timothy Bottoms, Louise Fletcher, Laraine Newman, James Karen, Bud Cort, Eric Pierpoint.

Estas duas produções dos anos oitenta bebem na fonte dos filmes de ficção dos anos cinquenta, onde invasores alienígenas eram os grandes vilões do gênero e algumas vezes até eram usados como instrumentos de propaganda do governo americano para mostrar como a América poderia ser invadida, sendo que na época os inimigos eram os comunistas, ou seja, uma grande paranóia.

O filme "Estranhos Invasores" começa em 1958 quando alienígenas invadem uma pequena cidade do interior dos EUA e substituem os humanos por clones. Depois de trinta anos um professsor (Paul LeMat) retorna a cidadezinha para procurar sua ex-esposa (June Lockhart) que desapareceu. Por um acaso ele descobre que a cidade foi tomada pelos invasores e procura ajuda com uma repórter sensacionalista (Nancy Allen de “Robocop”) que no início não acredita, mas depois acaba ajudando o professor.

Esta ficção alterna altos e baixos, com um ótimo clima de paranóia e ao mesmo tempo algumas cenas descartáveis. O diretor deu o papel de líder dos invasores ao veterano Kenneth Tobey como uma homenagem, já que ele trabalhou em vários filmes de ficção, inclusive tendo estrelado o clássico “O Monstro do Ártico”, filme em que John Carpenter se baseou para fazer “O Enigma do Outro Mundo”.

O longa "Invasores de Marte" também se passa numa pequena cidade dos EUA, onde cai uma espécie de estrela cadente seguida de uma explosão e na manhã seguinte o garoto David (Hunter Carson) percebe que seu pai (Timothy Bottoms) está agindo de forma estranha, além de ter um furo na nuca. Mesmo desconfiado ele vai para a escola e lá acontece o mesmo com sua severa professora (Louise Fletcher). O garoto consegue ajuda da enfermeira da escola (Karen Black, sua mãe na vida real) para fugir, mas os dois acabam sendo perseguidos pelos humanos, que na realidade foram possuídos pelos marcianos.

Esta refilmagem de um longa de mesmo nome dirigido por William Cameron Menzies, foi mais uma bola fora do diretor Tobe Hooper que fez fama com “O Massacre da Serra Elétrica” e “Poltergeist”, teve a chance e o dinheiro para fazer um grande filme em “Força Sinistra” mas não conseguiu e após este longa nunca mais acertou a mão. Este “Invasores de Morte” tem bons nomes no elenco, mas com péssimas atuações, além de gente do porte de Stan Winston e John Dykstra na parte técnica, mas nem mesmo isso pode salvar o filme.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Essa Pequena é uma Parada

Filme Assistido nº 179
Essa Pequena é uma Parada (What’s Up, Doc?, EUA, 1972) – Nota 8,5
Direção – Peter Bogdanovich
Elenco – Barbra Streisand, Ryan O’Neal, Kenneth Mars, Madeline Kahn, Austin Pendleton, Randy Quaid, M. Emmet Walsh, Michael Murphy, John Hillerman.

O diretor Peter Bogdanovich havia feito o grande drama “A Última Sessão de Cinema” e logo em seguida nos brindou com esta comédia maluca, homenagem aos filmes do gênero dos anos trinta, utilizando a célebre frase do personagem Pernalonga “Whats Up Doc?” como título (nos desenhos animados foi traduzida como “O que é que há velhinho?”).

A história começa com o músico Howard Bannister (Ryan O’Neal no auge da carreira) viajando com a noiva (a engraçada e falecida Madeline Kahn) para San Francisco onde pretende conseguir uma bolsa de estudos, porém a confusão começa quando chega ao hotel e cruza o caminho com a atrapalhada Judy Maxwell (Barbra Streisand) que acaba causando um troca de malas envolvendo jóias e documentos secretos.

O resultado é uma das grandes comédias dos anos setenta, com direito a muita correria, cenas estilo pastelão e com destaque para uma maluca perseguição de carros pelas ladeiras de San Francisco, que acaba lembrando um desenho animado. O elenco é ótimo, com Ryan O’Neal fazendo o cara tímido e Barbra Streisand a garota maluquinha.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

O Espião Trapalhão & Os Espiões que Entraram Numa Fria


Filme Assistido nº 177
O Espião Trapalhão (Hopscotch, EUA, 1980) – Nota 7
Direção – Ronald Neame
Elenco – Walter Matthau, Glenda Jackson, Ned Beatty, Herbert Lom, Sam Waterston.

Filme Assistido nº 178
Os Espiões que Entraram Numa Fria (Spies Like Us, EUA, 1985) – Nota 6
Direção – John Landis
Elenco – Chevy Chase, Dan Aykroyd, Steve Forrest, Donna Dixon, Bruce Davison, Bernie Casey, William Prince, Frank Oz.

Estas duas comédias tem como tema principal a sátira aos filmes de espionagem, uma delas dirigida por um craque do gênero como John Landis, mas mesmo assim com resultados apenas medianos.

Em "O Espião Trapalhão" um veterano agente da CIA (Walter Matthau) é obrigado a se aposentar por motivos políticos e querendo vingança resolver armar um plano para enganar americanos e russos. Usando vários disfarces, o ótimo Walter Matthau é o dono do filme que brinca com a Guerra Fria e tira sarro dos filmes de espionagem.

O longa "Os Espiões que Entraram Numa Fria" se passa no meio da Guerra Fria, quando os EUA detectam que a União Soviética vai lançar um míssil nuclear e para impedir isso manda a campo quatro agentes, dois especialistas e dois idiotas para serem usados como iscas (Chevy Chase e Dan Aykroyd) para atrapalhar os russos. Os mentores desta trama estão vigiando tudo de uma base subterrânea.

Esta é mais uma comédia que tenta usar a Guerra Fria como tema, mas apesar dos nomes de peso envolvidos, inclusive o diretor John Landis (de “Clube dos Cafajestes” e “Os Irmãos Cara de Pau”), o resultado é fraco, tendo algumas cenas engraçadas mas perdendo o rumo na parte final quando o filme tenta se levar a sério.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Queime Depois de Ler

Queime Depois de Ler (Burn After Reading, EUA, 2008) – Nota 8,5
Direção – Joel & Ethan Cohen
Elenco – George Clooney, Frances McDormand, John Malkovich, Tilda Swinton, Brad Pitt, Richard Jenkins, Elizabeth Marvel, Davir Rasche, J. K. Simmons, Olek Krupa.

Os irmãos Cohen novamente nos brindam com uma comédia simples mas engraçadíssima, que começa um pouco devagar, apresentado personagens estranhos e aos poucos vai amarrando a trama de um modo inacreditável e nos fazendo rir pelo absurdo das situações.

A história começa quando o esquentado agente da CIA Osbourne Cox (John Malkovich) é colocado de lado na organização e acaba se demitindo. Com raiva da situação ele resolve escrever suas memórias, porém por uma obra do acaso o cd com seu livro cai nas mãos de dois funcionários de um academia, Linda Litzke (Frances McDormand) que deseja a todo custo fazer algumas cirurgias plásticas e o bobalhão personal trainer Chad (Brad Pitt), que juntos resolvem extorquir grana do ex-agente. Misture isso com o personagem do ex-policial Harry (George Clooney), caso mas metido a garanhão e amante da dondoca mulher de Osbourne, Katie (Tilda Swinton), mais medroso gerente da academia Ted (Richard Jenkins) que é apaixonado por Linda e teremos um emaranhado de confusões estapafúrdias, a marca dos irmãos Cohen.

Impagáveis também são os diálogos entre o chefe de Osbourne (David Rasche) e seu superior (J. K. Simmons), onde o primeiro tenta explicar o inexplicável e o outro sem entender nada tenta dar um parecer sobre a absurda situação. Diversão de primeira com risos garantidos.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

A Espada de Gideon

Filme Assistido nº 176
A Espada de Gideon (Sword of Gideon, EUA, 1986) – Nota 7
Direção – Michael Anderson
Elenco – Steven Bauer, Robert Joy, Michael York, Lino Ventura, Rod Steiger, Colleen Dewhurst, Leslie Hope.

Baseado no mesmo livro que deu origem a “Munique” de Spielberg, esta minissérie feita para a TV conta a história real da vingança que o Serviço Secreto de Israel, o Mossad, planejou para assassinar todos os terroristas envolvidos no atentado que matou onze atletas de Israel nas Olimpíadas de Munique em 1972.

Os agentes incumbindos desta missão extra-oficial foram liderados por Avner (Steven Bauer, o parceiro de Al Pacino em “Scarface”) e tiveram a benção da poderosa primeira-ministra de Israel na época, Golda Meir (Colleen Dewhurst), porém se algo desse errado o governo de Israel negaria a participação.

O filme é eficiente no suspense e nas cenas de ação, tendo ainda ótimos coajuvantes como o inglês Michael York, o italiano Lino Ventura e o americano Rod Steiger, além da boa direção de Michael Anderson, que fez o clássico “A Volta ao Mundo em Oitenta dias”.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Escândalo, Pavor e Chamas & Joelma 23º Andar

Escândalo, Pavor e Chamas (The Triangle Factory Fire Scandal, EUA, 1979) – Nota 6,5
Direção – Mel Stuart
Elenco – Tovah Feldshuh, David Dukes, Lauren Front, Janet Margolin, Stacey Melkin, Ted Wass, Stephanie Zimbalist.

Joelma, 23º Andar (Brasil, 1980) – Nota 5
Direção – Clery Cunha
Elenco – Beth Goulart, Liana Duval, Carlos Marques, Ed Carlos, Marly de Fátima, Jesse James.

Estes dois filmes foram baseados em incêndios ocorridos em épocas bem distintas, o primeiro no início do século XX nos EUA e o segundo na década de setenta em São Paulo capital, tendo as duas tragédias deixado um grande saldo de vítimas e marcas tão fortes que fizeram cada um em seu tempo que os governantes tomassem atitudes para melhorar a segurança em locais de trabalho e edíficios.

Este "Escândalo, Pavor e Chamas" é um interessante drama feito para a TV, baseado na história real de um incêndio numa tecelagem em Nova Iorque em 1911 que matou mais de uma centena de trabalhadoras. O filme é contada a partir de um dia antes da tragédia, mostrando a vida de quatro mulheres que trabalham no local.

O filme não loi lançado em DVD e por ser tão pouco conhecido sequer consegui localizar o cartaz para postar. Assisti este filme há alguns anos, em virtude dele ter passado por diversas vezes na TV aberta.

Baseado no livro “Somos Seis” psicografado por Chico Xavier, "Joelma 23º Andar" foi o primeiro filme com tema espírita feito no Brasil, que utiliza o incêndio real do Edíficio Joelma em São Paulo no início da década de setenta como ponto principal. A história tem Lucimar (Beth Goulart) e seu irmão Alfredo (Carlos Marques) como funcionários de um escritório no edíficio, porém quando o incêndio acontece apenas Alfredo sobrevive. Como resultado a mãe dos dois, Lucinda (Liana Duval), não aceita a morte da filha e vai procurar o médium Chico Xavier, no papel dele mesmo, para tentar entrar em contato com o espírito da jovem. Como curiosidade, é o único filme feito sobre a tragédia e vale ser assistido para quem quer saber mais sobre ocorrido e sobre a doutrina espírita.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Turistas

Turistas (Turistas, EUA, 2006) – Nota 6,5
Direção – John Stockwell
Elenco – Josh Duhamel, Melissa George, Olivia Wilde, Desmond Askew, Beau Garrett, Max Brown, Agles Steib, Miguel Lunardi.

Nós brasileiros temos o hábito de não aceitar qualquer coisa possa denegrir a imagem do país no exterior, mesmo que o fato seja verdadeiro. Críticas de jornalistas estrangeiros ao nosso futebol ou a política, qualquer tipo de violência ocorrida aqui mostrada lá fora ou até mesmo um episódio dos Simpsons tirando sarro do país (como fazem há quase vinte com os EUA e o resto do mundo) são motivos para que os patriotas de plantão caiam de pau.

Isto aconteceu com este suspense “Turistas”, película filmada toda no Brasil que mostra um grupo de estrangeiros mochileiros que sofrem um acidente de ônibus e resolvem parar em uma praia para aproveitar o dia enquanto esperam outro ônibus para continuar a viagem e nesse local são roubados e seqüestrados por uma quadrilha de traficantes de órgãos humanos.

Como suspense o filme é razoável, lembra um pouco o australiano “Wolf Creek”, entre tantos outros filmes onde jovens são perseguidos por psicopatas, neste caso o líder da quadrilha é um médico, por outro lado tendo o Brasil, vide Rio de Janeiro como cenário acabou irritando muita gente, mas apesar dos exageros da trama, o filme mostra fatos que infelizmente acontecem por aqui, como a prostituta que se faz de apaixonada para ganhar uns dólares, os picaretas que querem fazer amizade com os estrangeiros para rouba-los e até o problema mundial do tráfico de órgãos. No geral é um filme para quem gosta do gênero suspense e terror mesmo sem grande qualidade e que não tem preconceito quanto a nacionalidade dos vilões no cinema.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Ligeiramente Grávidos

Ligeiramente Grávidos (Knocked Up, EUA, 2007) – Nota 8
Direção – Judd Apatow
Elenco – Seth Rogen, Katherine Heigl, Paul Rudd, Leslie Mann, Jason Segel, Jay Baruchel , Jonah Hill, Martin Starr, Joanna Kerns, Harold Ramis, Alan Tudyk, Bill Hader, Charlyne Yi.

Em uma balada Ben Stone (Seth Rogen) e Alison Scott (Katherine Heigl de “Grey’s Anatomy”) se conhecem, enchem a cara e acabam na cama. A história fica por aí, até que poucos meses depois Alison se descobre grávida e vai procurar Ben para contar a novidade. Este é apenas o início de uma relação confusa, engraçada e parecida com a realidade, nesta produção dirigida pelo craque em comédias Judd Apatow e com direito a participação de seus colaboradores fiéis, sendo o principal deles o ator Seth Rogen com quem trabalhou em “O Virgem de 40 Anos” e “Superbad”.

O filme se apóia na dificuldade do casal principal em lidar com a gravidez e com uma relação que começou por acaso, onde a bela Alison é certinha e trabalhadora e Ben (como na maioria dos papéis de Seth Rogen) vive ainda como um adolescente.

As partes mais engraçada são os diálogos escrachados e politicamente incorretos, em grande parte saindo da boca dos coadjuvantes, um pouco nas discussões e nas atitudes do casal Debbie e Pete, interpretados por Leslie Mann e Paul Rudd (que estavam também em o “Virgem de 40 Anos”) que mostram uma relação desgastada pelo tempo e pelos filhos de um modo engraçado e as vezes até estúpido, mas principalmente os diálogos entre os amigos de Ben, que por sinal moram todos juntos como adolescentes e tentam lançar um site sobre celebridades nuas mas sem nunca terminar o trabalho.

Os amigos são o metido a garanhão Jason Segel (Jason), o moleque nerd e medroso Jay (Jay Baruchel), o barbudo Martin (Martin Starr) que em virtude de uma aposta deixou barba e cabelo crescerem e se transforma no alvo de uma saraivada de piadas, que em sua maioria saem da boca do engraçadíssimo gordinho Jonah (Jonah Hill). Por sinal, Jonah Hill em poucos filmes já mostrou ter uma veia cômica de primeira, especialista em tiradas engraçadas e sem pudor, se transformou em um dos pilares da trupe de Apatow e até agora teve seu melhor papel no ótimo “Superbad”.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Uma Equipe Muito Especial & Armas e Amores








Uma Equipe Muito Especial (A League of Their Own, EUA, 1992) – Nota 7
Direção – Penny Marshall
Elenco – Tom Hanks, Geena Davis, Madonna, Lori Petty, Jon Lovitz, Bill Pullman, David Strathairn, Garry Marshall, Rosie O’Donnell, Tracy Reiner, Bitty Schram, Don Davis, Ann Cusack.

Armas e Amores (Swing Shift, EUA, 1984) - Nota 6
Direção – Jonathan Demme
Elenco – Goldie Hawn, Kurt Russell, Christine Lahti, Ed Harris, Fred Ward, Sudie Pond, Holly Hunter, Charles Napier, Roger Corman.

Durante a 2º Guerra Mundial grande parte dos homens adultos foram para o front, o que causou um grande falta de mão-de-obra nas fábricas e nos esportes, com isso muitas mulheres sairam de casa e tomaram os lugares dos maridos. Este fato é o tema principal destes dois bons filmes.

O filme "Uma Equipe Muito Especial" mostra quando um industrial (Garry Marshall) tem a idéia de montar um liga de baseball feminina e um dos times que acaba sendo formado tem duas irmãs (Geena Davis e Lori Petti) sendo treinadas por um ex-astro do esporte (Tom Hanks), hoje um alcoólatra que pouca se importa com o jogo, principalmente em se tratando de mulheres, e que aceitou o emprego apenas pelo dinheiro.

O filme que começa como uma comédia ligeira, se torna sério quando resolve tocar na questão do preconceito, que junto com os problemas financeiros da época podem ser fatores para o cancelamento da liga. Diversão passageira, misto de comédia e drama, por sinal uma especialidade da diretora Penny Marshal, que se apoia no ótimo elenco que consegue ser engraçado nas várias cenas de jogos e ao mesmo sério no dramas das jogadoras. Destaque para Tom Hanks no papel do treinador bêbado, obeso e relaxado.

Já "Armas e Amores" se passa em uma fábrica onde a dona de casa Kay (Goldie Hawn) e a dançarina Hazel (Christine Lahti), juntas com outra mulheres que nada conhecem sobre o assunto, resolvem trabalhar como operárias para substituir os maridos que estão na Guerra.

Confusões, dramas, infidelidade e histórias de amor se cruzam neste trabalho apenas mediano do bom diretor Jonathan Demme ("O Silêncio dos Inocentes"). Destaque para o elenco, principalmente para o casal Goldie Hawn ainda uma estrela no auge da carreira e Kurt Russell.