sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Um Divã Para Dois & Kinsey


Um Divã Para Dois (Hope Springs, EUA, 2012) – Nota 6,5
Direção – David Frankel
Elenco – Meryl Streep, Tommy Lee Jones, Steve Carell, Jean Smart, Becky Ann Baker, Elisabeth Shue, Mimi Rogers.

Kay (Meryl Streep) e Arnold (Tommy Lee Jones) estão casados há trinta e um anos. Os filhos saíram de casa e eles levam uma aparente vida tranquila, até que Kay começa a questionar a falta de interesse do marido, tanto em conversar, como no apetite sexual. Ela praticamente obriga Arnold a tirar uma semana de férias e viajar para a pequena Hope Springs, local onde o famoso terapeuta Dr. Feld (Steve Carell) atende casais em crise. As sessões com o doutor revelam frustrações dos dois lados, colocando o casamento em perigo.

A proposta do roteiro em desnudar uma relação desgastada pelo tempo de convivência é interessante. Com certeza, muitos casais verão nos protagonistas reflexos de suas próprias vidas. Vários diálogos durante as sessões abordam os problemas sexuais do casal de forma crua.

Ao mesmo tempo que a proposta é boa, o filme peca por ser um pouco cansativo e previsível, inclusive na escolha do final. O personagem de Steve Carell também se mostra comum demais. Suas abordagens com o casal são básicas, com opiniões que qualquer pessoa poderia dar. É um filme indicado para quem gosta de discussões sobre relacionamentos.&nbsp

Kinsey – Vamos Falar de Sexo (Kinsey, EUA / Alemanha, 2004) – Nota 7
Direção – Bill Condon
Elenco – Liam Neeson, Laura Linney, Chris O’Donnell, Peter Sarsgaard, Timothy Hutton, John Lithgow, Tim Curry, Oliver Platt, Dylan Baker, William Sadler, Julianne Nicholson, Veronica Cartwright, John McMartin.

Criado em uma família religiosa com um pai que era pastor (John Lithgow), o tímido Alfred Kinsey (Liam Neeson) passa a ser interessar pelo estudo do sexo ao conhecer sua futura esposa Clara (Laura Linney) na universidade durante os anos quarenta. Sua curiosidade o leva a coletar dados de pessoas sobre todo o tipo de atividade sexual, resultando no controverso livro "Sexual Behavior in the Human Male" lançado em 1948.

O roteiro escrito pelo diretor Bill Condon detalha a vida do polêmico Alfred Kinsey, que para muitos foi considerado um sujeito corajoso que abriu a discussão para um assunto que era tabu, enquanto outros o viam como um charlatão que falsificou dados e que teria utilizado a pesquisa para encobrir a realização de seus desejos sexuais. Seus detratores o acusaram até mesmo de pedofilia, pois os dados das pesquisas citavam também experiências com adolescentes.&nbsp

O filme fica em cima do muro. Kinsey é descrito como um sujeito estranho, que não demonstra suas emoções e que trata o sexo como algo banal, encorajando seus pupilos e assistentes a experimentarem novidades e depois coletarem seus dados. O próprio Kinsey se fez de cobaia, inclusive em uma relação homossexual. As interpretações sóbrias de Liam Neeson e Laura Linney são os destaques do elenco. É um filme interessante, mesmo não mostrando toda a verdade sobre a vida de Kinsey. 

2 comentários:

Liliane de Paula disse...

Um divã para dois já vi e gostei muito.
Acho que o filme tem um tema muito interessante.
Só não gostei de Steve Carrol.

Kinsey já vi faz um tempo e não lembro de nada.
Mas não me deu impressão de que fosse um charlatão.

Vi Tenório Cavalcante e não gostei.
Muito difícil me encantar com filme nacional.
Deu a impressão que Tenório Cavalcante foi muito mais do que o mostrado, no filme.

Ontem vi "Amores Inversos" com Nick Nolte, Guy Peace e Kristin Wig.
Gostei muito.
Um tema interessante com belas locações.

Hugo disse...

Liliane - Eu considero "Kinsey" um filme melhor, mesmo com o protagonista tendo uma personalidade complicado e até duvidosa na realidade.