Leonera (Leonera, Argentina / Coréia do Sul / Brasil /
Espanha, 2008) – Nota 7,5
Direção – Pablo Trapero
Elenco – Martina Gusman, Elli Medeiros, Rodrigo Santoro,
Laura Garcia, Leonardo Sauma.
Para piorar a situação, Julia está grávida e por este motivo é
colocada numa área do presídio onde vivem apenas mulheres com filhos, pois a
lei argentina permite que as presas fiquem com seus filhos até os quatro anos
de idade. Enquanto espera o julgamento, Julia vai se adaptando ao local, onde
faz amizade com Marta (Laura Garcia), que a ajuda na gravidez, mais ainda após
o nascimento do filho e com quem cria uma relação de carinho que termina na
cama. Julia sofre ainda com o complicado relacionamento com a mãe (Elli Medeiros).
O cinema do diretor Pablo Trapero sempre procura mostrar o lado obscuro da sociedade
argentina, seja a corrupção policial de “O Outro Lado da Lei”, a fraude em seguros do
ótimo “Abutres” e a comunidade pobre dominada pela tráfico em “Elefante Branco”.
Aqui o alvo é a triste realidade das mulheres grávidas nas prisões.
O “Leonera”
do título significa o local onde ficam os leões, no caso do filme são as
leoas (presas) que mesmo trancafiadas precisam cuidar de suas crias.
O grande
destaque é a atuação de Martina Gusman, esposa do diretor Trapero na vida real,
que acerta ao criar a atormentada jovem Julia, que acaba se apegando ao filho
como única esperança de uma nova vida e que por ele se transforma numa
verdadeira leoa em algumas sequências.
A pequena participação de Rodrigo
Santoro também é importante, seu personagem é crucial para o destino de Julia, mas sua escalação no papel de um argentino se explica apenas por ter Walter Salles como um dos
produtores.
É um filme triste, melancólico, lento em algumas passagens, mas que
vale pela força da interpretação da personagem principal e pela história de
luta pela liberdade.
2 comentários:
fiquei muito impressionada com esse filme. quanta maldade, abuso, quanta violência contra a mulher. beijos, pedrita
Pedrita - Histórias em prisões são sempre cruéis, com cenas de violência e abuso. Independe de ser uma prisão feminina ou masculina, o inferno é semelhante.
Bjos
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