sábado, 6 de janeiro de 2024

Mogli: O Menino Lobo & O Livro da Selva

 


Mogli: O Menino Lobo (Jungle Book, EUA / Inglaterra, 1942) – Nota 7,5
Direção – Zoltan Korda
Elenco – Sabu, Joseph Calleia, John Qualen, Frank Puglia, Rosemary DeCamp, Ralph Byrd.

Em uma vila no interior da Índia, o garotinho Natu ao aprender a andar se desgarra dos pais ao entrar na floresta. O menino termina em um covil do lobos, que de forma surpreendente o adotam como se fosse um filhote. 

Anos depois ao chegar na juventude, o garoto (Sabu) ronda a vila e termina sendo visto pelos moradores, inclusive por sua mãe verdadeira. A dificuldade em ser novamente aceito e a descoberta de uma fortuna escondida na selva levam a um conflito. 

Este clássico baseado em um conto de Rudyard Kipling, que inclusive escreveu o roteiro, continua sendo uma boa aventura, com ótimo ritmo e até mesmo com cenários interessantes, que na época com certeza eram impactantes. 

A reconstituição da floresta em cenários com seus perigos, incluindo animais de verdade como tigres e outros mecânicos como as cobras, além de lagos, árvores e cipós, são muito bem explorados pelo diretor Zoltan Korda. 

Por sinal, o filme é uma produção dos três irmãos Korda. Zoltan, Alexander e Vincent produziram outros longas importantes como “O Ladrão de Bagdá”, que também tinha o indiano Sabu como protagonista. Sabu foi astro de aventuras deste estilo nos anos quarenta e cinquenta, infelizmente tendo falecido com apenas trinta e nove anos.

O Livro da Selva (The Jungle Book, EUA, 1994) – Nota 6,5
Direção – Stephen Sommers
Elenco – Jason Scott Lee, Lena Headey, Cary Elwes, Sam Neill, John Cleese, Jason Flemyng.

Um ataque de tigre a uma vila no interior da Índia resulta em um caos que leva uma pequena criança a se perder na floresta. Anos depois, já adulto (Jason Scott Lee) e criado por lobos, ele reencontra as pessoas de sua vila, mas terá de enfrentar diversos desafios, principalmente quando é descoberto um esconderijo repleto de riquezas. 

Esta versão da obra de Rudyard Kipling foca muito mais na ação e na aventura do que na história. O ritmo é ágil e as sequências de ação funcionam, assim como a produção caprichada com a cara dos anos noventa, muito pela direção do especialista Stephen Sommers, responsável pela divertida versão de “A Múmia” com Brendan Fraser. 

É curioso ver o havaiano Jason Scott Lee vivendo um indiano, ele que também interpretou Bruce Lee nos cinemas. Mesmo sendo inferior ao clássico de 1942, vale conferir esta versão para comparar e também se divertir.

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