domingo, 3 de setembro de 2023

Gaiola Mental & O Sistema

 


Gaiola Mental (Mindcage, EUA, 2022) – Nota 5
Direção – Mauro Borrelli
Elenco – Martin Lawrence, Melissa Roxburgh, John Malkovich, Robert Knepper.

Quando o corpo de uma prostituta é encontrado crucificado em uma igreja, o detetive Jake Doyle (Martin Lawrence) tem certeza que é obra de um imitador do psicopata conhecido como “O Artista” (John Malkovich), que está preso. Enquanto Doyle prefere uma investigação normal, sua nova parceira Mary (Melissa Roxburgh) decide utilizar o prisioneiro para ajudar a desvendar as pistas deixadas pelo novo criminoso. 

Esta mistura de suspense, policial e pitadas de terror tem uma premissa interessante que claramente copia o clássico “O Silêncio dos Inocentes”, porém conforme a trama se desenvolve o filme desanda completamente. O roteiro tem furos, falta ação e a explicação para os crimes é de um absurdo gigantesco. 

Além disso, o comediante Martin Lawrence é um péssimo ator dramático, em momento algum ele convence como o detetive obcecado. Por outro lado, John Malkovich parece ser divertir interpretando o psicopata, algo comum para o ator acostumado a papéis estranhos.

O Sistema (The System, EUA, 2022) – Nota 4,5
Direção – Dallas Jackson
Elenco – Tyrese Gibson, Terrence Howard, Jeremy Piven, Lil Yachty, Ric Reitz, Marrese Crump, Laura Aleman.

Terry Savage (Tyrese Gibson) é um soldado das forças especiais que para conseguir dinheiro para pagar o tratamento de saúde da filha decide assaltar um esconderijo de traficantes e termina preso. Ele recebe a proposta de ter a pena perdoada caso aceite ir para um penitenciária privada investigar as ações de um diretor corrupto. 

Este longa de ação com a cara dos anos oitenta e noventa lembra bastante “Garantia de Morte” com Jean Claude Van Damme, porém por incrível que parece o resultado é pior. O roteiro clichê tem uma série enorme de furos, desde a sequência inicial em que aparecem policiais vindo do nada para prender o protagonista, até o final totalmente ingênuo. 

A tentativa rasteira de fazer crítica social é outra bola fora. Nem mesmo as sequências de violência funcionam, com lutas falsas e socos que passam longe do lutadores. Os personagens são caricatos, com um Tyrese Gibson bravo do início ao fim, Terrence Howard como o tutor com frases filosóficas de boteco e um exagerado Jeremy Piven interpretando o diretor corrupto e cínico.

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