sábado, 25 de setembro de 2021

Clemência, Os Últimos Passos de um Homem & A Última Chance

 


Clemência (Clemency, EUA, 2019) – Nota 6
Direção – Chinonye Chukwu
Elenco – Alfre Woodard, Aldis Hodge, Richard Schiff, Wendell Pierce, Michael O’Neill, Danielle Brooks, Richard Gunn.

Bernardine Williams (Alfre Woodard) é a diretora de um presídio em que vários detentos estão no corredor da morte. Ela demonstra força, mas esconde seu sofrimento que resvala em seu casamento.

Quando é marcada a execução do detento Anthony Woods (Aldis Hodges), um sujeito que alega ser inocente, Bernardine fica ainda mais abalada por não ter como provar a alegação do sujeito ou mudar a situação. 

O roteiro escrito pela diretora Chinonye Chukwu defende a ideia de que a execução é algo cruel demais, mesmo para um criminoso que tenha cometido algo tão cruel quanto. Esta escolha leva a protagonista a sofrer por ser obrigada a cumprir seu dever, mesmo tendo dúvidas se acredita neste tipo de pena. 

Por mais polêmico que seja, o filme é no máximo mediano, muito pela narrativa lenta que cansa o espectador sem se aprofundar no debate, apenas criando uma série de sequências de lamentações, muitas com o atormentado personagem de Aldis Hodge.

Os Últimos Passos de um Homem (Dead Man Walking, EUA, 1995) – Nota 7
Direção – Tim Robbins
Elenco – Susan Sarandon, Sean Penn, Robert Prosky, Raymond J. Barry, Celia Weston, Lois Smith, Scott Wilson, Margo Martindale, R. Lee Ermey.

A freira Helen Prejean (Susan Sarandon) recebe uma carta do detento Matthew Poncelet (Sean Penn), que está no corredor da morte por conta de um crime terrível. A freira decide visitar o assassino e aos poucos cria uma relação de empatia, ao mesmo tempo em que o fato desagrada os familiares da vítima. Quanto mais próximo chega a data da execução, maior é a angústia de Helen e Matthew. 

Dirigido pelo ator Tim Robbins, que na época vivia com a atriz Susan Sarandon na vida real, este longa pode ser visto de duas formas. Analisando como cinema, o filme entrega uma narrativa dolorosa sobre remorso e medo da morte, levando até o angustiante clímax da execução. 

Por outro lado, a história que é baseada em um livro da verdadeira freira Helen Prejean, defende o perdão mesmo para crimes hediondos, o que no mundo atual é uma enorme ingenuidade. 

É um tema polêmico e um bom filme.

A Última Chance (Last Dance, EUA, 1996) – Nota 5,5
Direção – Bruce Beresford
Elenco – Sharon Stone, Rob Morrow, Randy Quaid, Peter Gallagher, Jack Thompson, Jayne Brook, Skeet Ulrich, Don Harvey.

Rick Hayes (Rob Morrow) é um advogado novato que consegue um emprego no comitê de clemência com ajuda de seu irmão (Peter Gallagher). O primeiro trabalho de Ricky é analisar o caso de Cindy (Sharon Stone), que está no corredor da morte por causa de um duplo assassinato. Mesmo parecendo um caso sem solução, aos poucos o jovem advogado passa a acreditar que pode conseguir o perdão para Cindy. 

Produzido quando Sharon Stone estava no auge da carreira, este é o típico filme com o objetivo de fazer uma estrela ser respeitada como atriz dramática. A tentativa falhou, tanto pela interpretação fraca da atriz e de Rob Morrow, como pela história previsível que jamais decola. 

O filme também foi ofuscado pelo similar e superior “Os Último Passos de um Homem” que foi produzido um ano antes. Por sinal, nos anos noventa era algo comum produções com temas semelhantes sendo lançadas em paralelo.

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