domingo, 26 de maio de 2019

Jornada Pela Justiça & Minha Casa Rosa


Jornada Pela Justiça (The Wronged Man, EUA, 2010) – Nota 6,5
Direção – Tom McLoughlin
Elenco – Julia Ormond, Mahershala Ali, Lisa Arrindell Anderson, Bruce McKinnon, Omar J. Dorsey.

Janet (Julia Ormond) trabalha como secretária de um advogado (Bruce McKinnon) especializado em lidar com casos de erro judiciário. Quando o advogado morre de forma repentina, Janet vai trabalhar em outro escritório, mas precisa também avisar os antigos clientes. 

Um dos casos é de Calvin Willis (Mahershala Ali), que está condenado a prisão perpétua, porém seu julgamento deixou várias dúvidas, além é claro do sujeito se declarar inocente. Mesmo sendo apenas uma secretaria, Janet decide ajudar Calvin. 

Baseado numa história real, este longa foca numa incansável luta por justiça. O roteiro explora as falhas de investigação, o preconceito de algumas pessoas envolvidas no caso e o sofrimento do condenado e de sua família. 

Pela trama seguir em um longo período, algumas situações são mostradas de forma rápida, sem grandes detalhes. 

Não espere surpresas, sendo uma história real fica fácil saber como termina. 

Minha Casa Rosa (Little Pink House, Canadá / EUA, 2017) – Nota 6,5
Direção – Courtney Balaker
Elenco – Catherine Keener, Jeanne Tripplehorn, Callum Keith Rennie, Garry Chalk, Aaron Douglas, Miranda Frigon.

New London, Connecticut, 1997. Após se separar do segundo marido, a paramédica Susette Kelo (Catherine Keener) compra uma pequena casa na beira do lago da cidade. Pouco tempo depois, o governador do Estado (Aaron Douglas) faz um acordo com a indústria farmacêutica Pfizer para a construção de uma fábrica na cidade. 

É criada uma empresa comandada pela reitora da universidade local (Jeanne Tripplehorn) para comprar as casas das pessoas na região. Susette se nega a vender sua casa e inicia uma longa disputa judicial. 

Este longa foca em uma história real de luta pelos direitos individuais e principalmente coloca em discussão até que ponto um governo tem o direito de desapropriar casas em nome do avanço de uma cidade. 

O fato que dá início a história lembra muito o que ocorreu no Brasil há poucos anos por causa da Copa do Mundo e da Olimpíada, quando o governo desapropriou imóveis pagando valores muito abaixo do mercado. As obras torraram milhões e as melhorias para a população não aconteceram. 

Analisando o filme como cinema, o roteiro deixa um pouco a desejar por ter comprimido uma história longa em pouco mais de uma hora e meia. Vários fatos passam rapidamente pela tela, sem aprofundamento ou com pouca explicação. 

É um filme que vale a sessão para conhecer o ocorrido, mesmo com as falhas.

4 comentários:

Luli Ap. disse...

Olá Hugo
Anotei as duas indicações, faz tempo que não assisto nada com a Julia Ormond de quem gosto muito e sou fã do Mahershala Ali.
Minha casa rosa deve ser uma boa obra, achei o plot interessante e é sempre uma importante denúncia dos "grandes" que submetem as pessoas comuns a sua vontade acarretando prejuízos financeiros e lutas judiciais.
Ótima semana pra vocês aí
Bjs Luli
https://cafecomleituranarede.blogspot.com.br

Hugo disse...

Luli - São dois bons filmes sobre luta por justiça.

Bjs

Liliane de Paula disse...

Hugo, Jornada pela Justiça já vi e foi muito bom rever a atriz Julio Ormond.
Lembro da luta dela para provar a inocência do condenado.
Vi o filme achando que ele fosse realmente culpado.
Muito bom.

"Minha casa Rosa" só o nome já me faz ter vontade de assistir.
E gosto muito da Catherine Keener.

O problema da desapropriações tem um enfoque diferente do nosso.
Por aqui, na maioria das vezes as casas desapropriadas foram de áreas invadidas.
Existe até um comércio para invasões.

Hugo disse...

Liliane - Os dois filmes são medianos, mas com boas histórias.

Aqui em SP as desapropriações foram além das áreas invadidas.