Direção – Spike Lee
Elenco – John David Washington, Adam Driver, Topher Grace, Laura
Harrier, Corey Hawkins, Michael Buscemi, Frederick Weller, Ryan Eggold, Robert
John Burke, Isiah Whitlock Jr, Alec Baldwin, Nicholas Turturro, Harry
Belafonte.
Colorado Springs, 1978. Ron Stallworth (John David
Washington) é o primeiro policial negro da cidade. Mesmo sendo um novato, Ron
decide responder um anúncio de jornal feito pela Ku Klux Klan. Ele entra em
contato pelo telefone e se faz passar por um branco racista que deseja
participar do grupo.
Não tendo como mostrar sua verdadeira face, Ron consegue
convencer o chefe de polícia a abrir uma investigação e enviar em seu lugar o
policial Flip Zimmerman (Adam Driver) para se infiltrar no grupo. Enquanto Ron
continua conversando com os membros da Klan pelo telefone, Flip se torna amigo dos sujeitos, passando a vigiá-los de perto.
O diretor Spike Lee escolheu uma
bizarra história real registrada em livro pelo verdadeiro Ron Stallworth para
criar um longa sarcástico e panfletário. A decisão de desenvolver uma narrativa
beirando a comédia funciona ao transformar os “soldados” da Klan em idiotas
e fazendo de bobo até mesmo o famoso líder do grupo chamado David Duke (Topher
Grace).
Os problemas surgem por causa da ideologia defendida por Spike Lee, que
ameniza as atitudes do grupo de jovens negros ligados aos “Panteras Negras”, além de criar um romance forçado entre o protagonista e a líder dos
estudantes (Laura Harrier).
A coisa desanda na parte final quando Spike Lee insere algumas cenas reais para manipular o
público. Estas cenas são realmente terríveis e abomináveis, porém o objetivo do diretor é político. De uma forma panfletária e em defesa de sua ideologia, ele explora os atos de alguns malucos para atacar o atual governo americano.
Finalizando, o polêmico tema do racismo foi levada às
telas de forma muito mais realista e verdadeira em obras como o recente
“Detroit em Rebelião” e os clássicos “Mississippi em Chamas” e “No Calor do
Noite”.
5 comentários:
Eu gostei. Apesar do humor me impactou.
Marília - Eu achei um filme superestimado.
Eu adorei também. Melhor trabalho do Lee em muito tempo. Depois de algumas derrapadas como o remake de Oldboy um filme comercial encomendado que não bate com suas edeologias. Gosto quando ele tem algo a dizer e faz um cinema assim que almeja mostrar as agruras do racismo, um tema que ele domina pra falar. As imagens finais, na minha visão, não tiveram essa intenção que você diz. Sim o filme é político e muito necessário para dias atuais. Acredito que não haja outra forma de sê-lo. Pode não ter o melhor casal em cena (se formos comparar com "Febre da Selva"), mas todas as cenas bem humoradas do judeu e do negro infiltrados no Klan, ajudam a trazer o público para a história.
Abraço.
Acabei de ler o comentário de Isabela Boscov da Revista Veja sobre esse filme.
E chama atenção para o filme não ter aquele ódio racista que os filmes de Spike Lee, sempre tem (eu acho).
Acho que só vi 02 bons filmes de Spike Lee.
"Faça a coisa certa" é o que mais lembro
Rodrigo - Abordar a história como comédia foi uma interessante sacada, porém a questão política deixa a desejar. Ele ataca apenas um lado, como se o outro lado fosse inocente.
Liliane - Gosto de alguns filmes do diretor e outros eu considero exagerados nesta questão política.
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